quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Livro: Eles não quiseram o Hospital
Pessoal, compartilho com vocês o link do meu livro-reportagem, que foi feito como Projeto Experimental do curso de Jornalismo da Puc-Campinas - meu TCC.
Fiquei orgulhosa desse filhinho, mas preciso abrir o jogo: ele tem defeitos - e não são poucos.
Foi feito em pouco mais de dois meses - é muito pouco tempo.
Foi a primeira vez né? E eu achei difícil escrever! Não encontrava sinônimos. Foi um grande desafio.
Esta é a primeira versão do livro e portanto há esses e mais alguns defeitos.
Eu espero que a essência fique em quem leia. É um livro que me emocionei ao produzir e que permanece em mim. As pessoas nele, estão em mim. Marcaram sabe?
O assunto destaca o papel de cuidadores de doentes em estágio terminal. Foi difícil estar com eles e não poder mudar aquelas histórias. Sim, teve momentos que me revoltei comigo mesmo, por que fazer isso?
Todos nós vamos passar pela morte, vamos passar pela perda de alguém que amamos. Eu já passei.
Leia o livro aqui.
domingo, 14 de outubro de 2012
O rádio de hoje não é como o de antigamente
Ouvindo a conversa de um senhor de 1925 e duas senhoras de mais de 60 anos.
-Vocês não sabem da ultima! - Diz o senhor - Meu pai subiu ali na rua perto do Correios, que tinha a fabrica de rádio "Zingaro". Comprou um. Todo feliz chegou em casa e acredita que "radinho" não funcionou? Foi aquela tristeza!
-Nossa, imagino - responde uma das senhoras. - Quando compramos o primeiro radio a pilha, parava todo mundo na frente, quietinhos ouvindo...
-Tempo bom... - Completa o simpático senhor de 87 anos, orgulhoso por ter ainda a CNH no bolso, que só vence em 2013!
Carência
Sentada ao meu lado, uma senhorinha de uns 80 anos:
-Bonita a missa né?
-Sim é, sim...
Continua a conversa, ela conta da família, pergunta de mim e finaliza:
-Você pode me ligar? Me liga... Eu fico tão sozinha...
domingo, 6 de maio de 2012
É...
E vou contar que me deu medo.
Confessar que há horas que sinto preguiça.
Que nem sempre tenho certeza de que fiz o melhor...
Sim, eu me arrependo.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
É diferente...
Dois olhos.
Uma boca...
Mas, me disseram que ao meu redor tinha mais gente.
Só uma voz...
Próxima ao meu ouvido.
Depois, me contaram que era uma festa.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Bituca
Não tive dúvidas de que ela queria algo.
Precisava de alguma coisa. Talvez, de alguém.
Gritava, gemia.
Fazia frio. Mais cedo, inclusive, Campinas registrou a temperatura mais baixa do ano de 2012. Assim, informou o Cepagri: Às 6h40 do Dia do Trabalho, 13.1 graus na cidade.
Ela pode ter passado frio. Mas, receio de que tenha sentido.
Passou por mim, no centro do município. Deserto, dado o feriado. Ninguém na rua. Nem na calçada.
Eu e ela.
Procurava. E achou o que queria, o que precisava.
Uma bituca de cigarro. Amassado e bem na bituca. Pisado, entre a calçada e a Av. Benjamin Constant. Viu, pegou, levou à boca. Necessitava. Tentou fumar.
Parou de gritar, não ouvi mais gemer.
Se foi, com a bituca.
domingo, 22 de abril de 2012
O familiar do doente com câncer
Mais um trecho do livro-reportagem que configurará meu TCC. (Assim espero)
Quando não dá pra fazer mais nada. Ou sendo mais otimista, quando pouco se pode fazer. Pouco pra quem faz, sempre muito para quem recebe. Todavia, quem faz, faz tudo: O possível e o impossível, afirmam eles.
Ninguém quer estar nesta situação. No entanto é inevitável. Talvez, não imprevisível, mas em grande parte dos casos, inaceitável.
É muito choro. Nas lágrimas tentam boiar a esperança. Olhos que já não refletem o externo, pois este já não se vê. Um olhar pra dentro. Pra onde dói. Só para aquele que sofre. Sofre com algo que destrói.
A maior destruição aliás, é a que o câncer de próstata causa. Não se sabe se em sofrimento - os outros têm também tal mérito - mas ao menos em incidência, assim está registrado no INCA. Neste Instituto, alguém usou a proporção após um estudo detalhado. A conclusão é que, de a cada cem mil homens, 62 famílias sofrem. Sentem o desamparo. Sofrem. Sentem a impotência de não poder fazer algo. Sofrem...
Ainda na ideia de proporção, nem metade deixará o sofrimento.
Em pesquisas, pelo menos, se projeta um futuro. Quem está sobre uma maca, está fadado a viver o presente, quem sabe lembrar-se do passado.
Um futuro que alcança 2015, quando estima-se, 15 milhões de pessoas terão o diagnóstico do câncer. Lá, serão nove milhões de família chorando. Seis milhões comemorarão um futuro mais longo, uma qualidade de vida melhor.
Nove milhões frente à morte. Um clichê que ninguém se acostuma: A única certeza deste mundo. Sabe-se, sem aceitar, sem compreender.
Difícil pra quem está prestes. A mesma dificuldade para aquele que está próximo. Não do fim. Mas daquele já passou do início e da metade.
Sofre quem tem, quem vê, quem está, quem sabe do diagnóstico.
É aquele que abre mão da rotina de trabalho e família, não por conta de estar debilitado, mas sim, por amar - amar demais, geralmente.
Quando não dá pra fazer mais nada. Ou sendo mais otimista, quando pouco se pode fazer. Pouco pra quem faz, sempre muito para quem recebe. Todavia, quem faz, faz tudo: O possível e o impossível, afirmam eles.
Ninguém quer estar nesta situação. No entanto é inevitável. Talvez, não imprevisível, mas em grande parte dos casos, inaceitável.
É muito choro. Nas lágrimas tentam boiar a esperança. Olhos que já não refletem o externo, pois este já não se vê. Um olhar pra dentro. Pra onde dói. Só para aquele que sofre. Sofre com algo que destrói.
A maior destruição aliás, é a que o câncer de próstata causa. Não se sabe se em sofrimento - os outros têm também tal mérito - mas ao menos em incidência, assim está registrado no INCA. Neste Instituto, alguém usou a proporção após um estudo detalhado. A conclusão é que, de a cada cem mil homens, 62 famílias sofrem. Sentem o desamparo. Sofrem. Sentem a impotência de não poder fazer algo. Sofrem...
Ainda na ideia de proporção, nem metade deixará o sofrimento.
Em pesquisas, pelo menos, se projeta um futuro. Quem está sobre uma maca, está fadado a viver o presente, quem sabe lembrar-se do passado.
Um futuro que alcança 2015, quando estima-se, 15 milhões de pessoas terão o diagnóstico do câncer. Lá, serão nove milhões de família chorando. Seis milhões comemorarão um futuro mais longo, uma qualidade de vida melhor.
Nove milhões frente à morte. Um clichê que ninguém se acostuma: A única certeza deste mundo. Sabe-se, sem aceitar, sem compreender.
Difícil pra quem está prestes. A mesma dificuldade para aquele que está próximo. Não do fim. Mas daquele já passou do início e da metade.
Sofre quem tem, quem vê, quem está, quem sabe do diagnóstico.
É aquele que abre mão da rotina de trabalho e família, não por conta de estar debilitado, mas sim, por amar - amar demais, geralmente.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Coisas da minha cabeça
Nem sempre o choro expressa tristeza. Ás vezes, é o desespero de estar de frente com algo novo. Novo que pode ser bom.
O sono não é cansaço mental ou físco. É uma necessidade biológica, que muitos traduzem na fadiga - o estresse de estar sempre acelerado demais.
A falta dele, pode ser o receio de não dar tempo de fazer tudo que se quer. E então, nem se dorme.
Ação, todos sabem, não vem do consciente.
O problema talvez seja, que poucos saibam traduzir o inconsciente.
O sono não é cansaço mental ou físco. É uma necessidade biológica, que muitos traduzem na fadiga - o estresse de estar sempre acelerado demais.
A falta dele, pode ser o receio de não dar tempo de fazer tudo que se quer. E então, nem se dorme.
Ação, todos sabem, não vem do consciente.
O problema talvez seja, que poucos saibam traduzir o inconsciente.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Meu Santo Expedito...
Lembro deste trecho - na verdade nem sei se é bem assim.
"Meu Santo Expedito, das causas justas e urgente, socorrei-me nesta hora de aflição de desespero".
Foram muitas horas aflitas, sem calma, sem conforto.
A calma veio com a oração, o conforto com a fé no santo.
Aflição que se amenizava.
Pedia quando quem estava ao meu lado já não tinha mais forças e chorava.
Hoje, ela sorri.
Voltei a rezar quando uma outra - que amo tanto quanto a primeira - já não tinha forças de se alimentar.
A fé foi tanta, que a solda não precisou ser colocada. Ela comeu um prato de sopa - lembro-me como se fosse hoje.
Precisei pedir quando as finanças lá em casa não ia tão bem.
Quando a saúde de quem amo estava fragilizada.
A situação com dinheiro está melhor.
A saúde sendo cuidada.
Durante a oração tem um trecho assim:
"E levarei o seu nome a todos que tem fé".
Levo, compartilho minhas experiências, meus testemunhos. Com muito orgulho e propriedade. Hoje, devotos estão em festa. Estamos.
Muito obrigada, meu Santo Expedito.
"Serei grata, pelo resto de minha vida"
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Um tipo de mulher
Shorts bem curto. Blusa decotada, pra realçar o silicone: seu sonho é ser "paniquete".
Cabelo bem escorrido e preto, pra chamar atenção ao andar pelas ruas.
Da boca saem palavras indelicadas, objetivas, explícitas e direta ao ponto.
Algumas, prefiro não reproduzir, mas ouvi a mensagem: "Pega eu?" - E o tom não era de brincadeira, mas sim total intimidação.
Fala da sua elasticidade, sugerindo algo que possa ser interessante com alguém flexível.
Pede alto coisas que até para falar no ouvido exigiria uma grande intimidade com receptor e coragem do interlocutor.
Não chega, se joga.
É espaçosa. Talvez porque lhe falte espaço - os outros tampa-os para não tê-la por perto.
Precisa gritar, senão ninguém a ouve. Afinal, não tem o que falar.
Só descrevo, embora pareça que julgo.
Apenas me choca tal postura. Intriga-me este tipo de posicionamento.
Não existe certo ou errado. Bem ou mal.
Mas,
- Respeito é bom, há quem goste.
Cabelo bem escorrido e preto, pra chamar atenção ao andar pelas ruas.
Da boca saem palavras indelicadas, objetivas, explícitas e direta ao ponto.
Algumas, prefiro não reproduzir, mas ouvi a mensagem: "Pega eu?" - E o tom não era de brincadeira, mas sim total intimidação.
Fala da sua elasticidade, sugerindo algo que possa ser interessante com alguém flexível.
Pede alto coisas que até para falar no ouvido exigiria uma grande intimidade com receptor e coragem do interlocutor.
Não chega, se joga.
É espaçosa. Talvez porque lhe falte espaço - os outros tampa-os para não tê-la por perto.
Precisa gritar, senão ninguém a ouve. Afinal, não tem o que falar.
Só descrevo, embora pareça que julgo.
Apenas me choca tal postura. Intriga-me este tipo de posicionamento.
Não existe certo ou errado. Bem ou mal.
Mas,
- Respeito é bom, há quem goste.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Inesperado (?)
Mais um trecho da experiência que está sendo, a aventura de se escrever um livro.
"Culpa de não ter ajudado. Aliás, sequer visto. Foi muito rápido.
Rápido, como muitos dizem que a vida passa.
Sem tempo para mais nada, quando a morte já se anuncia.
Antes, ela estava bem. Aliás, mais do que se é esperado para quem acredita que um diagnóstico de câncer, nada mais é, que o irreversível."
"Culpa de não ter ajudado. Aliás, sequer visto. Foi muito rápido.
Rápido, como muitos dizem que a vida passa.
Sem tempo para mais nada, quando a morte já se anuncia.
Antes, ela estava bem. Aliás, mais do que se é esperado para quem acredita que um diagnóstico de câncer, nada mais é, que o irreversível."
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Um trecho do livro. Conto com vocês
Comecei a escrever o livro-reportagem que será o meu Trabalho de Conclusão de Curso, da faculdade de Jornalismo da Puc-Campinas. O assunto trata de doentes graves, aqueles que já são tratados, apenas, com cuidos paliativos - só para não sentir dor. Apenas isso, se pode fazer neste estágio. Apesar do tem, não são eles os protagonistas das histórias.
Coloco aqui um trecho - que talvez nem vá para a publicação - até para que me ajudem a escrever histórias, não dos pacientes, mas da família que os acompanham - Eles também sofrem!
Vou ficar muito feliz, se me ajuderem comentando, com críticas sugestões e se tiver algo legal, flaem pois ai sei que caminho seguir.
Espero poder construir este "livro" (desculpem-me a pretensão de assim chamá-lo) junto com vocês.
Segue um rascunho.
Grata.
Histórias que se encontraria no hospital: Sequer precisa chegar lá.
Fora mesmo do ambulatório, olhos negros fitam pelas ruas. Os dela são bem escuros e ainda não refletem brilho. Atende por Renata e já apagou 32 velas. Hoje, é ela quem está como a vela após os parabéns.
Sofre por algo que já foi – pra quem está de fora, faz tempo. Para ela, está sendo. Há quatro anos, Renata ficou sem comer a comida mais gostosa, sem receber os conselhos mais sábios, e até perdeu o colo mais confortável. Sua mãe se foi.
Aqueles olhos negros ameaçam inundar. A esperança tenta manter-se boiando. E não é fácil. Vestida de camiseta, na qual um desenho animado está estampado. Uma mulher, ainda com resquícios de criança. Quer ainda, o leite. Precisa do seio.
Recorda-se apenas das dores que seu exemplo de mulher sentiu e do visível abalo psicológico que não conseguiu superar.
A mãe não teve tempo sequer de passar pelos estágios que a Elisabeth Kubbler esquematiza em seu livro. Teve tempo apenas de não acreditar, de não aceitar. 180 dias foram poucos para barganhar e tentar recuperar a saúde. Cortou caminho e já caiu na fase depressiva - o quarto estágio de um doente - que só se pode cuidar paliativamente. Restou-lhe aceitar. A filha não tem certeza dessa afirmação. O que se sabe é que a TV foi desligada.
Difícil fica, para aquele que fica. Renata prova o trocadilho. A doença que não teve cura, transformou-se numa falta também incurável.
A mãe que ficou sem sua mãe mantém os cabelos presos e nada de maquiagem para realçar. O jeans é básico e o salto não combina com seu estilo. Talvez, não queira aparecer, vai ver não tenha – ainda – o que mostrar.
Está necessitada. De ajuda? Há dúvida se alguém pode ajudar. De uma palavra? Receio que ninguém conheça. Ouvidos? Talvez, alguém possa escutar.
Coloco aqui um trecho - que talvez nem vá para a publicação - até para que me ajudem a escrever histórias, não dos pacientes, mas da família que os acompanham - Eles também sofrem!
Vou ficar muito feliz, se me ajuderem comentando, com críticas sugestões e se tiver algo legal, flaem pois ai sei que caminho seguir.
Espero poder construir este "livro" (desculpem-me a pretensão de assim chamá-lo) junto com vocês.
Segue um rascunho.
Grata.
Histórias que se encontraria no hospital: Sequer precisa chegar lá.
Fora mesmo do ambulatório, olhos negros fitam pelas ruas. Os dela são bem escuros e ainda não refletem brilho. Atende por Renata e já apagou 32 velas. Hoje, é ela quem está como a vela após os parabéns.
Sofre por algo que já foi – pra quem está de fora, faz tempo. Para ela, está sendo. Há quatro anos, Renata ficou sem comer a comida mais gostosa, sem receber os conselhos mais sábios, e até perdeu o colo mais confortável. Sua mãe se foi.
Aqueles olhos negros ameaçam inundar. A esperança tenta manter-se boiando. E não é fácil. Vestida de camiseta, na qual um desenho animado está estampado. Uma mulher, ainda com resquícios de criança. Quer ainda, o leite. Precisa do seio.
Recorda-se apenas das dores que seu exemplo de mulher sentiu e do visível abalo psicológico que não conseguiu superar.
A mãe não teve tempo sequer de passar pelos estágios que a Elisabeth Kubbler esquematiza em seu livro. Teve tempo apenas de não acreditar, de não aceitar. 180 dias foram poucos para barganhar e tentar recuperar a saúde. Cortou caminho e já caiu na fase depressiva - o quarto estágio de um doente - que só se pode cuidar paliativamente. Restou-lhe aceitar. A filha não tem certeza dessa afirmação. O que se sabe é que a TV foi desligada.
Difícil fica, para aquele que fica. Renata prova o trocadilho. A doença que não teve cura, transformou-se numa falta também incurável.
A mãe que ficou sem sua mãe mantém os cabelos presos e nada de maquiagem para realçar. O jeans é básico e o salto não combina com seu estilo. Talvez, não queira aparecer, vai ver não tenha – ainda – o que mostrar.
Está necessitada. De ajuda? Há dúvida se alguém pode ajudar. De uma palavra? Receio que ninguém conheça. Ouvidos? Talvez, alguém possa escutar.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Segunda, terça, mas não posso falar da quarta.
Medo por ser desconhecido.
Insegurança por ninguém ter estado lá - ainda.
Dúvida pois sequer se sabe se está perto ou longe.
Frustração sabendo que tudo pode mudar.
Desespero já que assim passa, já pode estar nele.
Inquietação dada tanta ansiedade.
Receio de chegar lá pior do que quando estava no meio do caminho.
Assombra.
Tira o sono.
Sai do controle.
É o futuro...
Insegurança por ninguém ter estado lá - ainda.
Dúvida pois sequer se sabe se está perto ou longe.
Frustração sabendo que tudo pode mudar.
Desespero já que assim passa, já pode estar nele.
Inquietação dada tanta ansiedade.
Receio de chegar lá pior do que quando estava no meio do caminho.
Assombra.
Tira o sono.
Sai do controle.
É o futuro...
E vamos falar das eleições indiretas...
Há tempo não falo de política. Não por falta de assunto, mas talvez por escassez de novidades. É certo que todo dia sai uma: uma como tantas outras. O solo é fértil e brota - nada de flores.
Todo dia um: o de sempre.
Hoje, algo acontece pela primeira vez:
Eleições indiretas! E pra prefeito de Campinas!
Os escolhidos escolherão...
E pra ser sincera não tenho medo das escolhas, mas das opções.
Não espero que carupaças sejam vestidas. Só desabafo, enquanto campineira, que gosta da cidade que nasceu.
Todo dia um: o de sempre.
Hoje, algo acontece pela primeira vez:
Eleições indiretas! E pra prefeito de Campinas!
Os escolhidos escolherão...
E pra ser sincera não tenho medo das escolhas, mas das opções.
Não espero que carupaças sejam vestidas. Só desabafo, enquanto campineira, que gosta da cidade que nasceu.
domingo, 8 de abril de 2012
Páscoa
Sempre fui nas missas que antecedem a Páscoa.
Li a Bíblia para compreender o significado desta data.
A tristeza de antes, a alegria do Domingo.
As celebrações, a beleza da Igreja, a fé do cristão.
Este ano, não fui a missa: nem a de lava-pés, dos ramos, tampouco na via sacra da sexta-feira Santa.
Senti que fiz mais. Visitei quem precisava de uma visita, acompanhando um outro alguém que tinha muita vontade de visitar.
Jesus Cristo está onde mais de uma pessoa estiver.
Isso basta para senti-lo.
Estive. Ele também.
Li a Bíblia para compreender o significado desta data.
A tristeza de antes, a alegria do Domingo.
As celebrações, a beleza da Igreja, a fé do cristão.
Este ano, não fui a missa: nem a de lava-pés, dos ramos, tampouco na via sacra da sexta-feira Santa.
Senti que fiz mais. Visitei quem precisava de uma visita, acompanhando um outro alguém que tinha muita vontade de visitar.
Jesus Cristo está onde mais de uma pessoa estiver.
Isso basta para senti-lo.
Estive. Ele também.
sábado, 7 de abril de 2012
Renovação
A ideia é pensar no novo: Vida nova, como se bastaria a novidade para ser melhor.
Só queria pedir para que todos se lembre dos velhos - sem nenhuma pejoração nesta palavra.
O velho ensina. Ele só, já aprendeu.
Renovar com os valores antigos, que os mais jovens perderam.
Olhar pros olhos deles.
Decifrar aquele tempo. Famílias grandes que vieram, fugindo da guerra na Europa, buscando uma vida melhor.
Do ciclo café, da adaptação da terra depois.
Tem gente já quase centenária. Em minutos aprendemos tanto, imagine o tanto de minutos eles não tiveram pra compreender?
Aprendi com quem sabe.
Sabe pelos livros - pela vida!
Só queria pedir para que todos se lembre dos velhos - sem nenhuma pejoração nesta palavra.
O velho ensina. Ele só, já aprendeu.
Renovar com os valores antigos, que os mais jovens perderam.
Olhar pros olhos deles.
Decifrar aquele tempo. Famílias grandes que vieram, fugindo da guerra na Europa, buscando uma vida melhor.
Do ciclo café, da adaptação da terra depois.
Tem gente já quase centenária. Em minutos aprendemos tanto, imagine o tanto de minutos eles não tiveram pra compreender?
Aprendi com quem sabe.
Sabe pelos livros - pela vida!
quinta-feira, 5 de abril de 2012
No hospital
Quem precisava de ajuda, se colocou a minha disposição.
Aquele que não podia se sustentar de pé, se preocupou em me dar um lugar para sentar.
O que tinha motivos para lágrimas, sorria.
Os que tinham diagnóstico de que o tempo seria curto: não tinham pressa.
Aquele que não podia se sustentar de pé, se preocupou em me dar um lugar para sentar.
O que tinha motivos para lágrimas, sorria.
Os que tinham diagnóstico de que o tempo seria curto: não tinham pressa.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Morte
Na enfermaria clínica - onde o que resta fazer é dar conforto. Aliviar a dor.
Ouvi a palavra "trash" sair da boca do doutor.
A enfermeira falou de um futuro que se resumiria em "poucos dias".
O acompanhante revelou que o quadro clínico pode ser "nojento".
Sensíveis.
Humanos e conscientes.
Ouvi a palavra "trash" sair da boca do doutor.
A enfermeira falou de um futuro que se resumiria em "poucos dias".
O acompanhante revelou que o quadro clínico pode ser "nojento".
Sensíveis.
Humanos e conscientes.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Seríamos...
Porque em silêncio, eles pedem.
Internamente, gritam.
Nos chamam, a nos olhar.
Precisam, mas talvez tenham orgulho - Vergonha.
O silêncio não se ouve.
Apenas o externo é visível - infelizmente.
Olhares que se desviam.
Pode-se ajudar, no entanto intimida-se - e não é intencional.
As pessoas simplesmente se completam.
Só não compreenderam isto - ainda.
domingo, 1 de abril de 2012
Pouco
Feliz daquele que só espera: a presença.
Felicidade tem aquele de quem pouco exigem: o estar.
"Tudo que eu precisava fazer para alegrá-lo era chegar" (David Dosa).
Felicidade tem aquele de quem pouco exigem: o estar.
"Tudo que eu precisava fazer para alegrá-lo era chegar" (David Dosa).
sexta-feira, 30 de março de 2012
Páscoa para 45
Disseram que 50 crianças, vão ficar sem o ovo.
Com arrecadação, só tem chocolate pra 45 crianças.
Um custa 18,90 - eles merecem assim. Vezes as 95, falta 945 reais para o coelhinho visitar todos.
Uma quantia que gasta-se num dia de shopping.
Desaparece num almoço refinado com a família.
Não dá nem pra passagem.
É uma mísera porcentagem do reajuste que alguns votam.
Mas, faria 50 crianças felizes.
Com arrecadação, só tem chocolate pra 45 crianças.
Um custa 18,90 - eles merecem assim. Vezes as 95, falta 945 reais para o coelhinho visitar todos.
Uma quantia que gasta-se num dia de shopping.
Desaparece num almoço refinado com a família.
Não dá nem pra passagem.
É uma mísera porcentagem do reajuste que alguns votam.
Mas, faria 50 crianças felizes.
terça-feira, 27 de março de 2012
Quantos problemas, não?
As pessoas estão com muitos problemas.
Problemas que as próprias criam.
E ainda os que arrumam pra elas.
Vítimas das dificuldades.
Dificuldades que têm como vilões os próprios que sofrem.
Sofremos...
Criados, arrumados e encontrados.
Raramente resolvidos.
Por que?
Demora...
Espera-se.
Enquanto espera, sofre.
Uma espera que não se dá parada.
É enfrentando, lutando!
Muitos desistem.
Problemas que as próprias criam.
E ainda os que arrumam pra elas.
Vítimas das dificuldades.
Dificuldades que têm como vilões os próprios que sofrem.
Sofremos...
Criados, arrumados e encontrados.
Raramente resolvidos.
Por que?
Demora...
Espera-se.
Enquanto espera, sofre.
Uma espera que não se dá parada.
É enfrentando, lutando!
Muitos desistem.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Luar pra mim...
A Lua sempre só.
Só envolta de estrelas.
A maior no céu.
Sozinha.
As outras juntas superam.
Tem fases.
Cheia.
Nascendo...
Hoje estava lá.
Um pedaço.
Desta vez, acompanhada.
De uma estrela.
Linda. Ainda mais.
Vontade de só olhar.
Só pra elas.
Não só linda, mas também significativa.
Sou como a Lua.
Só envolta de estrelas.
A maior no céu.
Sozinha.
As outras juntas superam.
Tem fases.
Cheia.
Nascendo...
Hoje estava lá.
Um pedaço.
Desta vez, acompanhada.
De uma estrela.
Linda. Ainda mais.
Vontade de só olhar.
Só pra elas.
Não só linda, mas também significativa.
Sou como a Lua.
sexta-feira, 23 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Prepara-se: tudo tem que dar errado!
Uma espera com ansiedade.
A hora certa sempre tem que ser agora.
O melhor jeito, nos que definimos e dizemos que assim o é.
Não espera-se o mais adequado, olha-se só pra o desejo.
A oportunidade vem como barreira.
Segue-se um caminho. Perdê-lo significa tomar o rumo errado.
Um caminho longo em que não se vê a luz no fim.
No entanto, acredita-se que chegaremos lá.
Caminhanhamos...
Lá onde? Tudo muda.
Com quem? Uns se perdem, outros ficam...
Por que? Nós também mudamos.
Falta-nos um preparo, num mundo que nos pega sempre desprevinidos.
A hora certa sempre tem que ser agora.
O melhor jeito, nos que definimos e dizemos que assim o é.
Não espera-se o mais adequado, olha-se só pra o desejo.
A oportunidade vem como barreira.
Segue-se um caminho. Perdê-lo significa tomar o rumo errado.
Um caminho longo em que não se vê a luz no fim.
No entanto, acredita-se que chegaremos lá.
Caminhanhamos...
Lá onde? Tudo muda.
Com quem? Uns se perdem, outros ficam...
Por que? Nós também mudamos.
Falta-nos um preparo, num mundo que nos pega sempre desprevinidos.
terça-feira, 20 de março de 2012
Então diga...
Amar: o mais belo dos sentimentos.
Democrático, já que todos podem senti-lo.
Justo, pois qualquer um pode ser amado - uns mais que outros, é certo.
Não escolhe a hora, o lugar, tampouco a pessoa. Sequer precisa de motivo.
O amor...
Maior que a dor de amar é o incômodo de expressar que está amando.
Ama-se e não tenho coragem de revelar.
E é recíproco. O outro também pode ter receio de manifestar afeto.
Não falo dos "lances" de hoje em dia, da paquera jovial. Destaco o amor. O amor...
Não gostar de alguém é um direito.
Dizer "Eu te amo" um desafio.
Olhe!
Não adianta entender o que digo.
O que falo não necessariamnete é o que queria dizer.
Nem sempre é o que penso - e não, não é dissimulação.
Há vezes em que as palavras são insuficientes. Algumas outras não consigo transcrever. Outras, é melhor não falar. - Não pode;
Sabe, meu olhar diz muito mais.
Se olhassemos os dos outros viríamos que com eles também é assim.
Alegrei-me. Alguém olhou nos meus. Percebeu. Não ligou para o que eu disse. Simplesmente se atentou a dilatação da pupila. A contração, quando se dá.
O que falo não necessariamnete é o que queria dizer.
Nem sempre é o que penso - e não, não é dissimulação.
Há vezes em que as palavras são insuficientes. Algumas outras não consigo transcrever. Outras, é melhor não falar. - Não pode;
Sabe, meu olhar diz muito mais.
Se olhassemos os dos outros viríamos que com eles também é assim.
Alegrei-me. Alguém olhou nos meus. Percebeu. Não ligou para o que eu disse. Simplesmente se atentou a dilatação da pupila. A contração, quando se dá.
domingo, 18 de março de 2012
Se envolve política...
Tudo vai bem.
Tudo vai legal.
A ideia é boa.
As pessoas que a abraçam também são.
Fazem o bem.
E então entram interesses.
Precisam de dinheiro.
Dinheiro que nunca vem fácil.
Entram outras pessoas.
Com novos interesses.
Fazendo política.
Politicagem.
Estragam.
Não fazem o mal, talvez.
Fazem o bem. Um bem egoísta. Benefício próprio.
Nada mais vai bem.
Nada fica legal.
Tudo vai legal.
A ideia é boa.
As pessoas que a abraçam também são.
Fazem o bem.
E então entram interesses.
Precisam de dinheiro.
Dinheiro que nunca vem fácil.
Entram outras pessoas.
Com novos interesses.
Fazendo política.
Politicagem.
Estragam.
Não fazem o mal, talvez.
Fazem o bem. Um bem egoísta. Benefício próprio.
Nada mais vai bem.
Nada fica legal.
sábado, 17 de março de 2012
Se não fossem eles, nem saberíamos...
Olhos vidrados.
Pra que piscar?
Dirigiam-nos perguntas, questionamentos contextualizados.
Eufóricos uns respondiam. Em dúvida, outros se calavam.
Todos na espera do desfecho, que professor daria.
Uma aula onde os alunos foram incentivados a participar.
Unânimes atenderam ao convite.
Ninguém queria ir embora.
A angústia era: precisamos de mais tempo!
Aquele mestre tem muito a nos falar.
Intrigou, instigou. Com desafios, exemplos, histórias e propriedade.
Uma aula. A aula.
Sempre fui e continuarei sendo admiradora destes profissionais. Grata aos professores.
E o que vejo?
Professores de braços cruzados - porque algo está errado.
Desrespeito dentro de sala de aula - por conta da falta de valores dessa sociedade.
É uma pena ser logo com eles. Eles que tantam fazem por nós, desde lá no pré.
A gente aprende - quando aprende. Mas esquece de quem nos ensinou.
Sinto por eles. Sinto por mim - preciso deles.
Pra que piscar?
Dirigiam-nos perguntas, questionamentos contextualizados.
Eufóricos uns respondiam. Em dúvida, outros se calavam.
Todos na espera do desfecho, que professor daria.
Uma aula onde os alunos foram incentivados a participar.
Unânimes atenderam ao convite.
Ninguém queria ir embora.
A angústia era: precisamos de mais tempo!
Aquele mestre tem muito a nos falar.
Intrigou, instigou. Com desafios, exemplos, histórias e propriedade.
Uma aula. A aula.
Sempre fui e continuarei sendo admiradora destes profissionais. Grata aos professores.
E o que vejo?
Professores de braços cruzados - porque algo está errado.
Desrespeito dentro de sala de aula - por conta da falta de valores dessa sociedade.
É uma pena ser logo com eles. Eles que tantam fazem por nós, desde lá no pré.
A gente aprende - quando aprende. Mas esquece de quem nos ensinou.
Sinto por eles. Sinto por mim - preciso deles.
sexta-feira, 16 de março de 2012
O problema são nossas respostas
A Câmara de Vereadores de Campinas aprovou um projeto de lei que proibe pedintes em semáforos.
Não vou entrar no mérito legal, nem pretendo ser moralista.
O fato é que no sinal tem gente que pede pra comprar droga. Quem tente ganhar um trocado através de uma apresentação artística. Há também os quem nem pedem e simplesmente levam. Todavia, acredito que haja sim - uma minoria, talvez - quem pede pra comer, pra comprar o remédio.
Hoje, fui abordada por um. Debaixo de chuva me protegia com vidros fechados do carro. Ele não.
Fechei o vidro numa chuva fraca. Não fechei por conta das gotas, devo ter fechado pra ele.
Podia me molhar, mas vê-lo se molhando não me fez bem.
Senhor. Cansado. Sem camisa.
Movimentos lentos. Acostumado apenas a esticar a mão.
Sem camisa.
Por que sem camisa?
Estava doente. Uma bolsa plástica fazia parte de seu corpo.
O apelo a mais na hora de pedir?
Pode ser, mas não podia ser.
Fechados nos carros. Alheios. Enquanto outros, expostos, vulneráveis.
Nos protegemos desta vulnerabilidade e acabamos vítimas dela.
Generalizamos.
Ao generalizar pensamos em tirar de lá.
Tirar quem? Não importa.
Por que? Os automóveis querem passagem.
Como? De qualquer jeito, desde que saiam.
Pra onde? Longe de nós.
Sabe, o difícil das perguntas não é respondê-las. O dolorido é saber que resposta pode vir tão fria, insensível e egoísta.
Não vou entrar no mérito legal, nem pretendo ser moralista.
O fato é que no sinal tem gente que pede pra comprar droga. Quem tente ganhar um trocado através de uma apresentação artística. Há também os quem nem pedem e simplesmente levam. Todavia, acredito que haja sim - uma minoria, talvez - quem pede pra comer, pra comprar o remédio.
Hoje, fui abordada por um. Debaixo de chuva me protegia com vidros fechados do carro. Ele não.
Fechei o vidro numa chuva fraca. Não fechei por conta das gotas, devo ter fechado pra ele.
Podia me molhar, mas vê-lo se molhando não me fez bem.
Senhor. Cansado. Sem camisa.
Movimentos lentos. Acostumado apenas a esticar a mão.
Sem camisa.
Por que sem camisa?
Estava doente. Uma bolsa plástica fazia parte de seu corpo.
O apelo a mais na hora de pedir?
Pode ser, mas não podia ser.
Fechados nos carros. Alheios. Enquanto outros, expostos, vulneráveis.
Nos protegemos desta vulnerabilidade e acabamos vítimas dela.
Generalizamos.
Ao generalizar pensamos em tirar de lá.
Tirar quem? Não importa.
Por que? Os automóveis querem passagem.
Como? De qualquer jeito, desde que saiam.
Pra onde? Longe de nós.
Sabe, o difícil das perguntas não é respondê-las. O dolorido é saber que resposta pode vir tão fria, insensível e egoísta.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Sozinha e vice-versa
Sozinha, enquanto todos andavam juntos.
Os outros falvam, contavam, riam. Uns para os outros. Ninguém para ela.
Jovens no intervalo da faculdade. A professora de cabelos brancos só tinha voz dentro de sala - pelo menos só lá lhe davam atenção, ou fingiam que davam.
Cada um em seu grupo, tribo, segmento. Ela só. Sozinha com vontade de estar junto.
Não estava excluída, mas passava despercebida.
Não se intimidou. Tampouco se deteve ou se escondeu.
Entrava nas conversar. Puxava assunto. Interagia com qualquer grupo de mais de duas pessoas.
Falou do movimento na Universidade, do calor, das estrelas.
Sorria para desconhecidos. A reação de quem não a conhecia era de estranheza e surpresa.
A senhora agia naturalemente.
Somos apenas dentro de nosso espaço, com nossas pessoas. Somos fechados: Sozinhos estando com gente.
Não vemos ao redor. Perdemos a oportunidade de encontrar pessoas diferentes, conversas sobre novos assuntos, ideias diversificadas.
Sozinha, ela fez de tudo para estar com todos.
E esteve.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Vi no Reynaldo Gianecchini
segunda-feira, 12 de março de 2012
Na rua
Alguém passa e te fita.
Você retribui.
Mas ele passa...
Outro alguem passa e nem te olha.
Ninguém passa e te cumprimenta.
Carros também passam. Correm.
Você caminha.
Numa multidão está sozinho.
Junto de tanta gente que desconhece.
Passa por onde muitos já passaram. Muitos vão passar.
Nada fica...
Seguindo o ritmo da rua, tudo passa.
domingo, 11 de março de 2012
sábado, 10 de março de 2012
Um medo recíproco
Desde pequenos, a gente se comporta pra não ficar de castigo e estuda pra evitar a recuperação.
As normas são seguidas pra evitar ser demitido. Evita-se conversas, pois têm potencial para virar árduas discussões.
Vive-se perante a intimidação...
Não cumprimentamos o jovem vizinho por ele ser usuário de drogas. Desconfiamos do outro por parecer psicopata e nos olhar fixo demais.
Ignoramos o porteiro porque sequer sabemos de onde ele veio. Sequer vemos a faxineira do prédio.
Não damos esmolas por receio.
Os vidros estão sempre fechados.
A visita só entra em casa depois de atravessar vários portões.
Até o barulho provocado pelo vento nos assusta.
Desconfiamos até, daqueles que que mais amamos - afinal, até eles nos decepcionam, nos traem.
Não é da sombra que nasce a desconfiança. É de nosso corpo, de nossa própria mente. Nós mesmos não nos conhecemos em determinadas situações. A gente não se reconhece mais.
Os olhares evitam fitar outros olhos.
As mãos não se tocam - corre-se o risco de se agredirem.
É gente com medo de gente...
As normas são seguidas pra evitar ser demitido. Evita-se conversas, pois têm potencial para virar árduas discussões.
Vive-se perante a intimidação...
Não cumprimentamos o jovem vizinho por ele ser usuário de drogas. Desconfiamos do outro por parecer psicopata e nos olhar fixo demais.
Ignoramos o porteiro porque sequer sabemos de onde ele veio. Sequer vemos a faxineira do prédio.
Não damos esmolas por receio.
Os vidros estão sempre fechados.
A visita só entra em casa depois de atravessar vários portões.
Até o barulho provocado pelo vento nos assusta.
Desconfiamos até, daqueles que que mais amamos - afinal, até eles nos decepcionam, nos traem.
Não é da sombra que nasce a desconfiança. É de nosso corpo, de nossa própria mente. Nós mesmos não nos conhecemos em determinadas situações. A gente não se reconhece mais.
Os olhares evitam fitar outros olhos.
As mãos não se tocam - corre-se o risco de se agredirem.
É gente com medo de gente...
sexta-feira, 9 de março de 2012
Uma ideia. Uma vontade
Eu quero falar de algo que mal tenho forças pra ver.
Contar algo que jamais gostaria de passar.
Mostrar aquilo que dói só de saber.
Entender e ajudar que entendam sobre algo que não fazemos questão de imaginar.
Escrever uma história que foi. Está sendo. E que vai acabar.
No qual os coadjuvantes sejam os protogonistas.
Num começo que se estrutura pelo fim.
Contar algo que jamais gostaria de passar.
Mostrar aquilo que dói só de saber.
Entender e ajudar que entendam sobre algo que não fazemos questão de imaginar.
Escrever uma história que foi. Está sendo. E que vai acabar.
No qual os coadjuvantes sejam os protogonistas.
Num começo que se estrutura pelo fim.
No mesmo hospital...
Vi recém-nascidos saindo...
No colo, em cestinhas. Meninas de cor de rosa e lilás. Garotinhos de verde e azul.
Mães felizes, pais orgulhosos. Uma vida!
No mesmo corredor tinha macas. Sobre elas, gente. Gente com dor. Gente de idade. Gente esperando.
Estavam vivendo... Morrendo...
Ao lado a capela. Nela, uma mulher segurava terço. Dos olhos, as lágrimas.
Um ombro a confortava.
Uma morte...
quinta-feira, 8 de março de 2012
Essa mulher
Eu lembro dos olhos azuis, dos fios de cabelo brancos e das mãos enrugadas.
Não me esqueço da pele fina da perna e do ombro que foi se encurvando.
Recordo-me dos momentos em que fui cuidada por ela. Orgulho do dia que pude retribuir com meus cuidados.
Olhos de quem fita para sempre falar a verdade.
Cabelos que revelam a idade e denunciam a sabedoria: não o contrário.
Mãos de quem trabalhou e venceu.
Pele da delicadeza.
Curvou-se como mostra de humildade.
Fez e ensinou...
Espero ter aprendido.
Não me esqueço da pele fina da perna e do ombro que foi se encurvando.
Recordo-me dos momentos em que fui cuidada por ela. Orgulho do dia que pude retribuir com meus cuidados.
Olhos de quem fita para sempre falar a verdade.
Cabelos que revelam a idade e denunciam a sabedoria: não o contrário.
Mãos de quem trabalhou e venceu.
Pele da delicadeza.
Curvou-se como mostra de humildade.
Fez e ensinou...
Espero ter aprendido.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Pro Dia da Mulher
A fragilidade é o que dá valor a taça de cristal.
A lágrima é o que torna o momento emocionante.
É a delicadeza da rosa que permite que ela exale o perfume.
São com palavras doces que os momentos se eternizam.
É a emoção feminina que consegue dissolver a racionalidade do mundo.
Não é estar em altos cargos. É poder dar a luz a alguém.
Não é por igualdade. Não é o espaço do homem. Não é competir com eles.
Quer-se poder ser mulher.
Obs: Foram poucas as palavras neste post, pois muito já se falou do sexo feminino. Inspiração dos compositores e poetas.
O seio da família. O colo dos filhos. A sensibilidade que faltava. Falar de si é muito complicado. Quando se é mulher é ainda mais complexo. - Eu simplesmente diria: Parabéns, mulher! - O desafio é grande.
A lágrima é o que torna o momento emocionante.
É a delicadeza da rosa que permite que ela exale o perfume.
São com palavras doces que os momentos se eternizam.
É a emoção feminina que consegue dissolver a racionalidade do mundo.
Não é estar em altos cargos. É poder dar a luz a alguém.
Não é por igualdade. Não é o espaço do homem. Não é competir com eles.
Quer-se poder ser mulher.
Obs: Foram poucas as palavras neste post, pois muito já se falou do sexo feminino. Inspiração dos compositores e poetas.
O seio da família. O colo dos filhos. A sensibilidade que faltava. Falar de si é muito complicado. Quando se é mulher é ainda mais complexo. - Eu simplesmente diria: Parabéns, mulher! - O desafio é grande.
segunda-feira, 5 de março de 2012
"Eu, a mídia e o mundo contemporâneo"
Só pra deixar claro: Esse post não é uma crítica ao Jornalismo, mas sim uma vontade de fazer melhor.
O tema (o título deste post) me foi dado por um professor, um exercício em sala de aula, na faculdade de Jornalismo. Vamos lá!
Eu me apaixono, enquanto a mídia me faz desapaixonar: São assassinatos e assassinos. Tem marido matando mulher. Tem mulher morta pelo filho. Tem filha que tem a vida roubada pelo namorado. Tem família que chora. Têm solitários que reclamam. Pra alguns falta água. Pra outros, sequer teto.
A mídia sabe e me conta. Conta pra todos, revela, mas a gente logo esquece.
Esqueço porque me apaixono. Apaixono-me pelo mesmo mundo do noticiário. Pelas mesmas pessoas que saem nele.
Eu esqueço e a mídia também. O novo sobressai o velho sem que este complete um aniversário. Eu sigo esse ritmo: O contemporâneo em que ninguém tem tempo pra nada. Um atropelo mútuo. Somos desenfreados e estamos sempre com pé no acelerador.
Eu também tento me aventurar, no entanto sai no jornal, vejo na TV e me falam no rádio: Tem gente que bebe, dirige e mata. Tem quem suba o Everest e nunca volte. Há quem vislumbre o céu, mas tem como destino a terra.
Ainda ouso sorrir, quando nas manchetes vejo gente que chora. Mostram-me filas em locais em que não se pode esperar. Vejo crianças sem brinquedos. Trabalhadores sem emprego. Doente sem remédio. Estudante com nenhum livro.
Penso também em ganhar dinheiro, constituir e manter uma família. No entanto, é a mídia que me mostra que é difícil, todavia que pode ser muito fácil. São colarinhos brancos, gravatas e maletas. Os caminhos têm sempre desvios. Os destinos nunca são os dos papéis.
Já imaginei um mundo dos contos de fadas e se não fosse o âncora do jornal, o repórter da matéria, o produtor que pensou, o editor que deu o “ok”, talvez eu pudesse viver nele. Eu prefiro ouvir o “hard news”, ver o jornal do meio-dia, ler nem que seja a edição de ontem. Eu posso clicar na web. Mas também posso me fechar.
Interesso-me só por aquilo que é do meu interesse. Criamos mundos não é? “Cada um no seu mundinho”. Como diziam: “cada macaco no seu galho”. É, nós criamos, ou alguém criou e a mídia, toda poderosa, toda influente, aproveitou esta oportunidade. Eu vejo uma sociedade que lutou contra a segregação e hoje é segmentada nos assuntos tratados nos jornais e revistas. Sei que muita gente lutou por uma democracia, no entanto nos jornais o que vejo é uma minoria. De vez em quando dão espaço pro mais pobre falar, escrevem a matéria do jornal, publicam. Mas esquecem que o mais pobre, sequer sabe ler.
Já vi frieza em horas que exigem emoção. É a tal objetividade. No entanto, como ser objetivo num mundo tão complexo? Tem gente que tenta ouvir os dois lados, mas não percebe que se trata de círculo.
Cidadã que lê, ouve, vê e procura na Internet. Chega a hora que se transforma.
Viro jornalista. Já não leio, não vejo e prefiro não ouvir. Eu produzo. Produzo com a consciência de que não posso cair no industrial. Prezo pelo artesanato, num deadline que nem as fábricas da China seriam capazes de cumprir.
Todavia, esculpir é arte do jornalista. Apurar é escolher a aquarela. Checar é verificar os pincéis. Credibilidade vem na tela de pintura. O compromisso com leitor é a mão que faz o desenho. Pintar uma realidade: É isso que Jornalismo faz -Uns com traços grotescos, outros ficam no abstrato.
Jornalismo é pintura que causa reações e por isso se deve ter todo cuidado ao pintar com preto. Porém, nem tudo pode ser branco, porque a alienação deve ser combatida.
Não sei como é para o pintor. Mas no quadro diário do jornalismo não é fácil encontrar a melhor nuance. Fazer as sombras é para os mestres. Não se perder no tom exige conhecimento.
Vejo muitos quadros. Alguns até iguais. Poucos são feitos por artistas.
Vejo telas sujas e feias. E me avisam que é essa realidade.
Visto-me de artista ou mera jornalista e comprovo que o mundo é mesmo assim. Eles não me enganam. Eu não tento enganar quem me lê. Eu retrato o que vejo, o que me contam. O problema é que eu, eles e até os melhores pintores, esquecem que a mesma “Monalisa” poderia ser vista de perfil: o direito e o esquerdo. Retratada de costas. Da cintura pra baixo...
A realidade de hoje é essa. A imprensa tem a possibilidade. O jornalista tem a técnica. Às vezes sinto falta da sensibilidade. Não é chorar: é enxergar além do que se pode ver.
domingo, 4 de março de 2012
Comigo é assim
Daí você tem medo e ele te assusta.
Sente-se insegura e o que faz é dar-lhe dúvidas.
Você é indecisa e não o vê tomando uma decisão.
Você precisa ouvir o que ele não sabe falar.
Por medo, insegurança. Mera indecisão.
Sente-se insegura e o que faz é dar-lhe dúvidas.
Você é indecisa e não o vê tomando uma decisão.
Você precisa ouvir o que ele não sabe falar.
Por medo, insegurança. Mera indecisão.
sexta-feira, 2 de março de 2012
O amor, segundo Gikovate
Tive a oportunidade de conversar e o ouvir as sábias análises do Dr. Flávio Gikovate.
Cada palavra veio na hora certa. Para a pessoa certa. E do jeito certo.
Foram "tapas na cara" sem dor.
Acordou-me, mas eu não estava dormindo.
Falou de amor com quem se quer sabe o que significa.
Não sabe, no entanto tinha certeza que sabia. Amar é respeitar a individualidade de cada um! Porém são tantas emoções contrárias a tal ideia: O ciúme, a possessividade, egoísmo.
É comum ouvir de um casal: "Somos um". É o grande erro dos enamorados. Ceder é difícil. Ainda mais complicado é respeitar que somos diferentes.
A gente sabe que os opostos se atraem. Todovia, não compreendemos os extremos de cada um. Apaixonar-se por alguém interessante é abrir mão de um tanto de outras pessoas tão interessantes quanto - ou até mais.
Escolher é sempre difícil. E talvez o problema - assim penso eu - é que hoje as escolhas não são definitivas. Nós podemos errar. Errar de novo e insistir no erro. Um sequência de sofrimento próprio e dos envolvidos.
A gente erra por não aprender com erro. Sem aprendizagem nunca vamos encontrar o certo.
Gikovate falou das pessoas que casam duas, três, quatro, cinco... vezes! Ele acredita que há dois perfis neste caso: 1) A pessoa sempre casa com mesmo tipo de pessoa e por isso o fim é sempre o mesmo: sepração. 2) Ela gosta mesmo de trocar.
O primeiro deve ter mais jeito. É só alguém falar pra ele - mas hoje em dia alguém ainda ouve o outro alguém?
E as solteiras - como eu. Umas desemperadas - vai chegando a idade... A grande pergunta é por que está tão difícil um relacionamento sério. - principalmente para as mulheres.
O psiquiatra mais uma vez nos traz a realidade. O número de homens e mulheres interessantes não é compatível. Nas universidades de 100, 60 são mulheres e 40 homens. E ai, o que fazemos com as 20 mulheres que sobram? - 20 na melhor das hipóteses, bem lembrou uma moça da plateia, já que há ainda os homossexuais.
Essa é a lógica. Uma lógica que também entra no capitalismo. 40 homens disputados por 60 mulheres. Lei da demanda e da procura.
Mulheres que sonham casar... Homens que sempre adiam.
Na briga, vence as que não pressionam. Vence o compromisso descompromissado: "Vamos ver no que vai dar".
Não é nada democrático. É a minoria que comanda, simplesmente por que estar sozinho para muitos é insustentável - muitos autores, inclusive, reforçarm essa ideia. Gikovate vai contrário a tudo isso. É prático, não dá conselhos.
Abre os olhos.
Não é otimista, apenas apresenta a realidade.
O otimismo depende da gente. A interpretação é para nós.
Sofrer num amor, ou ser feliz na individualidade? Pra ele podemos viver sozinhos. Sozinhos mesmo estando juntos - um belo segredo.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Mudança
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Na aula: Confusão
"Se você acha que está no caminho certo, você está errado.
Se está confuso, então você está certo."
Foi mais ou menos isso que ouvi.
Foi confortante. E intrigante.
A confusão é a dúvida que vem com várias opções.
Opções que vem incertas e despertam a insegurança
Pisando em cascas de ovos, mas de repente te falam que essa pode ser a base do seu caminho.
Você desconfia de tamanho absurdo.
Porém não deixa de pensar nesta possibilidade.
Vai ver, conhecendo a fragilidade do alicerce, a construção da alvenaria se dá com todo cuidado, sem a pressa, com o conhecimento que se adquriu quando tudo eram ovos.
Quem sabe, a dúvida não e tempo que precisamos para escolher. Ou até para que surja uma outra oportunidade.
Sentir-se em seguro deve ser a condição para desenvolver mecanismos de segurança.
É porque se sabe dos riscos, que os cuidados são tomados.
Por conta dos erros, existe quem ensine.
Confusa? Muito.
Em meio a confusões? Sempre.
No caminho certo?
Na verdade não.
Cada dia vou por um. Um longo, um perigoso. Também os atalhos.
Aonde levam?
Em qualquer lugar. Basta querer.
Sempre, sempre há um retorno.
Se está confuso, então você está certo."
Foi mais ou menos isso que ouvi.
Foi confortante. E intrigante.
A confusão é a dúvida que vem com várias opções.
Opções que vem incertas e despertam a insegurança
Pisando em cascas de ovos, mas de repente te falam que essa pode ser a base do seu caminho.
Você desconfia de tamanho absurdo.
Porém não deixa de pensar nesta possibilidade.
Vai ver, conhecendo a fragilidade do alicerce, a construção da alvenaria se dá com todo cuidado, sem a pressa, com o conhecimento que se adquriu quando tudo eram ovos.
Quem sabe, a dúvida não e tempo que precisamos para escolher. Ou até para que surja uma outra oportunidade.
Sentir-se em seguro deve ser a condição para desenvolver mecanismos de segurança.
É porque se sabe dos riscos, que os cuidados são tomados.
Por conta dos erros, existe quem ensine.
Confusa? Muito.
Em meio a confusões? Sempre.
No caminho certo?
Na verdade não.
Cada dia vou por um. Um longo, um perigoso. Também os atalhos.
Aonde levam?
Em qualquer lugar. Basta querer.
Sempre, sempre há um retorno.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
29 de fevereiro: "Casa Comigo?"
Descobri que 29 de fevereiro, além de ser uma data "rara", já foi também o "dia das mulheres pedirem os homens em casamento".
Se ainda o fosse...
Mulheres ajoelhadas perante ao homem, após tanta submissão.
Comprando uma jóia pra eles, depois de uma remuneração inferior.
Dizendo palavras bonitas. Não copidas, mas do coração.
A gente decidindo. Tomando a iniciativa.
Meninas, moças e mulheres se preparando: pensando no melhor momento, a melhor forma. tenho certeza que seria lindo.
Talvez, eles nem chorassem. Quem sabe não respondessem de imediato. A racionalidade permite pesar os prós e os contras.
Não sei como seria. No entanto, acho linda a ideia de tentar.
Quem sabe um dia, eu tento.
Eles demoram tanto...
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Tudo no nada
Escrever é registrar.
Não posso. Ainda não compreendi o que está acontecendo.
Eu não explico porque ainda não entendi.
Talvez, sequer aceitei.
Vai ver, era o que queria ou o que precisava.
Mudou e eu mudei.
Rápido demais para qualquer adaptação.
Errei. Mas, o problema não é errar. Só o é quando o erro vem daquele que todos julgavam que acertaria.
Eu queria que tudo fosse apenas o suficiente.
Que o suficiente fosse simplesmente tudo.
Não posso. Ainda não compreendi o que está acontecendo.
Eu não explico porque ainda não entendi.
Talvez, sequer aceitei.
Vai ver, era o que queria ou o que precisava.
Mudou e eu mudei.
Rápido demais para qualquer adaptação.
Errei. Mas, o problema não é errar. Só o é quando o erro vem daquele que todos julgavam que acertaria.
Eu queria que tudo fosse apenas o suficiente.
Que o suficiente fosse simplesmente tudo.
Paquera
Eu já fui convidada pra um "encontro" e levei uma amiga.
Quando fui sozinha, já falei sem parar, temendo silêncio. Medo dos olhos falarem e a boca ceder.
Houve vezes que marquei e me arrependi. Mesmo assim fui: "como amigos".
Aliás, já evitei relacionamentos mais profundos pra "não estragar amizade" (isso é muito demagógico).
Teve caso que "estimulei" o convite: "Queria assistir tal filme" (geralmente eles caem).
Já inventei desculpas pra não ir, da mesma forma que desmarquei compromissos pra estar presente.
Confesso que já não me reconheci perante um potencial amor.
Também já vi tarde demais tais potencialidades.
Gostei de quem não devia e quem merecia, sequer reparei.
Eu já tentei fugir. Nem sempre com êxito.
Procurar, eu já o fiz. Achei, mas depois percebia que não sabia o que procurava.
Idealizei e me frustrei.
Nunca imaginei e me surpreendi.
Vai ver nunca me apaixonei.
Vai ver todos foram paixões.
Quem sabe o que amar?
Quem sabe o que amor?
Sabem o que é ser amado?
Quem sabe?
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Assalto
Foi ao meu lado. Com sol raiando.
Muitos carros nas ruas. Muitas pessoas nas calçadas.
Vi, mas não prestei atenção: Não enxerguei.
Ouvi, no entanto, não escutei o que disseram.
Subi no ônibus. Mais três pessoas fizeram o mesmo.
A última entrou chorando. Assustada. Desesperada.
Passei a catraca. Os outros também o fizeram.
-Fui assaltada!
Feito anúncio, silêncio no transporte coletivo. Um ou outro cochichava sobre o ocorrido.
Pela janela vimos o assaltante caminhando.
Caminhava atravassando as vias cheia de automóveis, andando pelas calçadas com muita gente, sob a luz do dia.
Vimos sem fazer nada.
O homem, o celular roubado e notávamos que aos poucos, a moça, dentro do ônibus se acalmava.
Cada um descia em seu ponto...
O itinerário manteve-se o mesmo...
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Graziele e Gabriela
Num dia feliz, com momento de profunda tristeza.
Com as pessoas mais importantes, que perderam a de maior importância.
O sorriso no rosto, logo o choro nos olhos.
Foram chamadas por Ele.
Anjos que faziam falta no céu. E que agora, fazem na Terra.
Se existem culpados?
Já não adianta.
Quer-se Justiça?
O que se quer já é irreversível.
Graziela: Pais sem a filha.
Filho que se protege atrás dos pais.
Gabriela: Fatalidade.
Pais que fariam de tudo pra evitar o inevitável.
Elas foram e eles ficaram.
O socorro foi tarde?
Não.
Aquela era a hora. A hora delas.
Permitam-me um desabafo:
Esses dias fiquei bem envolvida nos casos das meninas, tanto de Bertioga como a do Hopi Hari. Foi um envolvimento bem jornalístico sabe? Mas, enquanto "pessoa" precisava expor meus sentimentos às famílias, acho que todos ficamo sem palavras nesses casos. Confesso, que além da tristeza me vem uma certa revolta, talvez com ninguém, talvez com todo mundo.
Eu me chateio as vezes com a indiferença das pessoas e é sobre as pessoas que queria deixar umas palavrinhas, já que nem todos são como a gente esperava:
"Tive simplesmente saudades da minha ideia de si" (Fernando Pessoa).
Com as pessoas mais importantes, que perderam a de maior importância.
O sorriso no rosto, logo o choro nos olhos.
Foram chamadas por Ele.
Anjos que faziam falta no céu. E que agora, fazem na Terra.
Se existem culpados?
Já não adianta.
Quer-se Justiça?
O que se quer já é irreversível.
Graziela: Pais sem a filha.
Filho que se protege atrás dos pais.
Gabriela: Fatalidade.
Pais que fariam de tudo pra evitar o inevitável.
Elas foram e eles ficaram.
O socorro foi tarde?
Não.
Aquela era a hora. A hora delas.
Permitam-me um desabafo:
Esses dias fiquei bem envolvida nos casos das meninas, tanto de Bertioga como a do Hopi Hari. Foi um envolvimento bem jornalístico sabe? Mas, enquanto "pessoa" precisava expor meus sentimentos às famílias, acho que todos ficamo sem palavras nesses casos. Confesso, que além da tristeza me vem uma certa revolta, talvez com ninguém, talvez com todo mundo.
Eu me chateio as vezes com a indiferença das pessoas e é sobre as pessoas que queria deixar umas palavrinhas, já que nem todos são como a gente esperava:
"Tive simplesmente saudades da minha ideia de si" (Fernando Pessoa).
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Acontece
No papel, o escrito. Saindo dele, pouco se é cumprido.
O ideal imagiando se contrasta com real, que as vezes frusta.
O sonho sonhado, transforma-se em pesadelo em alguns casos.
A ideia é da mente. A ação sai do corpo.
Abstrato que se choca com concreto.
O planjamento que nunca vale na hora de executar o plano.
Somos supreendidos.
As vezes supresas boas, outras nem tanto.
Não saiu como queríamos. Saiu pior, mas pode vir ainda melhor.
Não dizem que a vida é um teatro?
Que não permite ensaio. No entanto, a gente testa e esquece do ao vivo.
Vem sem roteiro. Porém, sempre queremos programar.
Que um dia fecha a cortina. Todavia. nos esquecemos e ela fecha cedo demais.
Saldo do Carnaval
Só me incomoda a obrigação de ter de pular.
De ter de vestir a fantasia, quando no resto do ano, muitos vivem de máscaras (desculpe-me o clichê).
Fico pertubada com a exigência de termos que ser foliões e nos comportarmos como tal: Beber e farrear e outras "cositas" mais...
Gosto do carnaval. Já pulei muito, mas o ano que resolvi não sair atrás do trio, senti-me uma extraterrestre. Ou pelo menos todos me viam como tal.
Adoro ver o sorriso das pessoas na avenida. A alegria de fato contagia.
Mas quis ver através da TV.
Foram bons os dias de folia.
Confesso que não cai no samba, nem me rendi a febre sertaneja durante os dias.
Mas... Mas aproveitei. Do meu jeito. Como pude. Como quis.
PS: Posso contar um segredo? Eu era uma. Depois do carnaval já não era mesma.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Uma cena: na missa
Apareceu, num momento em que não seria destaque. Não deveria. Vai ninguém o reparou.
Era de idade, denunciavam os cabelos: brancos e escassos.
Pra mim, deu as costas.
Fitava o altar.
Estava frágil, mostravam os ombros caídos e a movimentação limitada.
Não demorou para a ajoerlha-se diante de Deus e da Virgem Maria.
Ajoelhado, esforçou-se sem muito equilíbrio para subir quatro ou cinco degraus.
Aproximou-se mais do Divino.
Na igreja, o padre seguia a missa.
Os fiéis rezavam. Orações em silêncio. Pedidos individuais.
Aproximou-se o quanto pôde do Pai. Sem dúvida conversar. Ele precisava Dele.
Depois do contato, o senhor voltou pelo centro da igreja, no caminho inverso aos que as noivas fazem quando estão prestes a realizar o grande sonho.
Pude ver-lhe a face, logo que passou por mim.
As rugas comprovaram a idade.
O choro elucidou o quanto aquele senhor precisava de Deus.
Ele estava triste. Sabe-se lá o que passava em coração.
Enquanto isso, o padre seguia o roteiro, os devotos oravam pra si e os seus.
Eu parei e observei...
Era de idade, denunciavam os cabelos: brancos e escassos.
Pra mim, deu as costas.
Fitava o altar.
Estava frágil, mostravam os ombros caídos e a movimentação limitada.
Não demorou para a ajoerlha-se diante de Deus e da Virgem Maria.
Ajoelhado, esforçou-se sem muito equilíbrio para subir quatro ou cinco degraus.
Aproximou-se mais do Divino.
Na igreja, o padre seguia a missa.
Os fiéis rezavam. Orações em silêncio. Pedidos individuais.
Aproximou-se o quanto pôde do Pai. Sem dúvida conversar. Ele precisava Dele.
Depois do contato, o senhor voltou pelo centro da igreja, no caminho inverso aos que as noivas fazem quando estão prestes a realizar o grande sonho.
Pude ver-lhe a face, logo que passou por mim.
As rugas comprovaram a idade.
O choro elucidou o quanto aquele senhor precisava de Deus.
Ele estava triste. Sabe-se lá o que passava em coração.
Enquanto isso, o padre seguia o roteiro, os devotos oravam pra si e os seus.
Eu parei e observei...
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Que não fosse só Ficha Limpa
Mais fácil que isso. Ainda mais simples. Talvez até, mais eficiente. Poderíamos ter, simplesmente, políticos com a consciência limpa.
E é assim....
Escrevo, mas nem sempre sou clara e objetiva com as palavras.
Sinto, no entanto não são raros os casos que não consigo expressar.
Há vezes que grito. Muitas vezes não me ouvem.
Acontece até de eu explicar. Tem gente que não me compreende.
Eu tento. Em muitos casos não consigo.
Mesmo quando não consigo, geralmente continuo tentando.
Tem gente que eu gosto e não me corresponde.
Uns gostam de mim e peco pela falta de reciprocidade.
Sempre quero acertar.
Desculpem-me. Eu também cometo erros.
Sinto, no entanto não são raros os casos que não consigo expressar.
Há vezes que grito. Muitas vezes não me ouvem.
Acontece até de eu explicar. Tem gente que não me compreende.
Eu tento. Em muitos casos não consigo.
Mesmo quando não consigo, geralmente continuo tentando.
Tem gente que eu gosto e não me corresponde.
Uns gostam de mim e peco pela falta de reciprocidade.
Sempre quero acertar.
Desculpem-me. Eu também cometo erros.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Sociedade: De pernas pro ar!
Foi a frase: "A saúde está doente" que me fez pensar o quanto o certo pode estar errado.
Sem entrar no mérito de valores, o fato é que algo está acontecendo. Algo estranho, ouso dizer.
"A Educação está burra!" - Também já ouvi por ai...
Parei. Pensei e conclui: não é só isso...
A senssação de segurança já foi roubada.
A política saiu da polis e é discutida às portas fechadas.
O artista hoje, sequer precisava fazer arte.
O cantor nem precisa saber cantar.
Dancar - também no conotativo - já não é exclusividade dos dançarinos.
O público vai sendo apropriado.
O privado? Escancaram!
Reféns da liberdade.
Uma evolução de reinvenções.
Paralisdos dentro de veículos que chegam a 350 km/h.
Muitos amigos na lista de contatos. Carentes de um abraço.
Na teoria somos práticos.
Na prática nos distanciamos da teoria.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Campinas: O dominó e jogo de cartas
O que reflete.
No que reflete.
O que pode vir refletir.
Nem sempre o que vemos de concreto é o que mais implica. Há vezes em que a reação no abstrato é o que realmente importa.
A crise começou - ou será que terminou? - na política.
Pelo menos, estourou no universo das gravatas e colarinhos.
Política, envolvendo políticos.
Não só eles...
Refletiu em outros setores, ou talvez, vice-versa.
Tem político que foi preso.
Tem cidadão que morreu na fila de espera.
"É insustentável!"
Assim me definiram o Sistema Público de Saúde de Campinas.
Insustentável manter médicos sem recursos. Hospitais sem estrutura. Pacientes sem atendimento.
O efeito é dominó.
Desde que a primeira peça foi tocada paira a sucessão de sentimentos: insegurança, desamparo, desilução e decepção.
Uma sucessão que se tornou cíclica...
A esperança é que tudo melhore daqui para frente.
O ano é eleitoral...
Mais uma vez vamos tentar de novo. Tentar não errar, desta vez.
Reconstruir e legitimar.
Ter confiança.
Entraremos num novo jogo. Sair do dominó.
Só não podemos entrar na construção de uma castelo... Um castelo de cartas: Marcadas e leves...
O vento leva... Sempre leva!
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Testemunho: Problema, para que com fé encontre a solução
Fui à missa.
Hoje, com motivo mais que especial: Agradecer! Pela boa notícia. Pelo alívio.Pelos amigos. Pela festa.
Era só agradecer... Só!
A missa começou com os cântigos. Cantei junto... Feliz, confesso.
Não demorou muito. Aliás, não demorou nada.
Dentro. Sim! Dentro da Igreja me foi apresentado um "nózinho'.
A Mãe que desata estava bem na minha frente. O "problema" me foi revelado sob os olhares dela.
Dos meus olhos saíram algumas lágrimas, mas ela estava ali, olhando por mim, acalentando, protegendo e tenho certeza que me dizia: "Vou desatar mais esse, Gláucia. Tenha fé, estamos juntas!" Eu sei que "Maria, passa na frente", mas o choro veio, não de desespero, não de profunda tristeza, no entanto, veio... Veio como um desabafo, com a insegurança. Junto com problema, veio sim o espaço para a solução. O conforto de que há "males que vem para o bem".
Trouxe uma nova esperança. Talvez, com uma caminho mais difícil, mais longo, com obstáculos. Todavia, uma trilha que vai dar num belo lugar.
Estava sob olhos de Maria. Sob às mãos do Pai. Caminharão comigo... Com minha família, que neste momento me abraçava.
Senti a tristeza de deixar o passado. Ao mesmo tempo que me orgulhei do que passou. Orgulho-me.
Fui feliz lá.
Serei feliz com lembrança de lá.
No presente, o medo e a insegurança da mudança. O futuro? O futuro sinto que será protegido. Sinto e senti o manto de Maria Desatadora dos Nós.
Proteção do Céu na Terra.
Os nós na mão de nossa Mãe.
O meu nó na mãozina dela. ]
Roga por nós. Apara-nos. Se faz presente. Presente, nos momentos que mais precisamos.
Neste domingo, tenho um coração um tanto quanto partido. Porém, sei que é a fé que vai restaurá-lo.
Assim seja!
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Carnaval: Samba no pé. Braços cruzados.
A questão não é Carnaval, mas sim a farra.
Paralisar e cruzar os braços: Talvez, parar de sambar conforme a música, seria o suficiente.
Se o palanque não entrasse no clima de trio elétrico...
Se as máscaras não caíssem a cada dois anos...
Se o enredo fosse outro...
Se o cenário também.
Lispector em uma de suas lindas e certeiras reflexões escreveu:
"Carnaval era meu, meu. No entanto, na realidade, eu dele pouco participava."
O Brasil é dos brasileiros.
Mas, poucos são os convidados.
As notícias:
Polícias Civil, Militar e bombeiros decretam greve no Rio de Janeiro
Governo da BA não faz nova proposta, e parte da PM mantém greve
Do outro lado:
Autoridades de Salvador garantem carnaval com ou sem greve
O reflexo:
Carnaval de Salvador tem redução de até 30% na venda de abadás
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Quem não quis ser a moça do Wando
Pensei na mistura: luz, raio, estrela e luar.
Vislumbrei uma linda noite, que não seria nada, se não houvesse a contradição.
Raio que vem com a chuva, pedidndo espaço para as estrelas.
Contradição: a grande característica do amor.
Depois, vem a manhã de sol. Que acaba com as tormentas do contraditório.
Tormentas: a única certeza de um grande romance.
E quando se percebe o nunca e o não, traduz a negação de quem tem medo de amar, mas depois que se permite, faz de tudo para ser pra sempre.
O beijo é na boca e lugar no importa. Pode sim, ser no chão.
Escancara a pressa. A vontade de estar junto.
A calcinha é sensualidade,que não perdia o romantismo nas mãos de Wando, que vinha sempre com uma rosa. Vermelha, embalada por suas serestas. É o fogo e a paixão.
Cantor, artista e o amante das mulheres. Assim foi Wando. Assim serálembrado, embora não se resuma ao "iaia, ioio".
Gostei, achei válida e enriquecedora a homenagem prestada no Senado. Suplicy foi feliz em sua colocação:
Senadores homenageiam Wando e exaltam sua postura política
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Machuca, viu?
Eu já ouvi dizer que há palavras que machucam mais que qualquer tipo de agressão física.
Quando vindas de quem a gente ama, de quem jamais esperaríamos, de fato ela fere e supera a dor do corpo.
Palavras quando não escritas se perdem ao vento.
No entanto, o vento sopra e às vezes atinge, antes da perda, o coração daquele que ouve.
Nada justifica grosserias.
Não vislumbro algo digno de palavras baixas.
Da mesma forma que não acredito. Não acredito, que há quem possa e consiga proferir palavras assim árduas.
É da boca que elas saem...
Dessa mesma boca poderiam sair frases de conforto, de incentivo, de mera bajulação.
Dela poderia surgir apenas um sorriso.
Afinal, o que realmente importa, na maioria dos casos, a gente não resume em palavras.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Que não seja esse o desfecho
"Numa cidade grande, há inteligências numerosas e variadas." (Salústio).
É. Há.
Só falta as pessoas descobrirem, que "Não existe verdadeira inteligência sem bondade." (Ludwig van Beethoven).
Sabe por quê? Porque "A bondade é o único investimento que nunca vai à falência." Henry Thoreau).
Aliás, o que vem antes da falência?
Dizem que primeiro abrem-se "buracos". "Embargam" algumas metas, dada a inviabilidade de tais. Nos altos cargos, começa a "dança das cadeiras" numa tentativa, as vezes frustrante, de recuperar os tempos de outrora. Então "suspendem" alguns planos e "transferem" algumas responsabilidades para outros órgãos competentes.
Tudo pra evitar falir, embora haja a gravidade e o risco do inevitável.
Qualquer semelhança, tem que ser mera coincidência.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Alucinação
Escuro.
Madrugada.
Alguns indo trabalhar.
Outros voltando do trabalho.
Estrelas no céu. E a correria já começa sobre o asfalto.
Logo, ruas cheias de carro. Carros cheio de gente: Gente atrasada, estressada...
Antes disso tudo, apenas algumas luzes nos postes e a insegurança de estar numa grande cidade.
No meio do nada, no meio de tudo sem nada, sai um rapaz: Jovem, alto. Sem camisa. Rodando com a mão a própria camisa. Alucinado se arrisca no meio da rua. Grita, pula, se bate.
Grita de desespero. Um grito fora de si.
Revela uma ferida da sociedade.
Sociedade de alienados que se confortam na alucinação.
Onde drogas, bebidas e solidão são as únicas companhias.
Medo sentem os lúcidos. Quanto pavor não sentem os alucinados?
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Queria...
Não queria corajosos, porque esses se satisfazem com uma aventura.
Alegria? Não, busco a felicidade.
Muitos beijos? Sim, mas com o mesmo sabor.
Ir ao cinema de mãos dadas, para assistir ao filme.
Dizer que amo para quem sinto e para todos que quiserem ouvir.
Apostar no êxito do relacionamento e não esperar, deixar fluir para ver se dá certo.
Fingir para outros que somos amigos?
Esconder o quê? Por quê? De quem?
Seria bom saber o que passa no coração do alguém.
É querer demais?
Tudo bem. Contentaria-me se soubesse as reais intenções.
Queria segurança...
Um colo.
Atenção.
Alguém capaz de enxergar o que sou e não o que pareço.
Capaz de ver meus defeitos e não se desiludir, e sim me ajudar a ser melhor.
Não que concorde comigo, no entanto espero que me compreenda.
Não precisa aceitar, mas é necessário que respeite.
Eu? Tentarei exercer a reciprocidade.
Tentarei.
Todavia, só junto de alguém, consegue-se alcançar projetos tão difíceis.
Junto de alguém.
Junto...
Alegria? Não, busco a felicidade.
Muitos beijos? Sim, mas com o mesmo sabor.
Ir ao cinema de mãos dadas, para assistir ao filme.
Dizer que amo para quem sinto e para todos que quiserem ouvir.
Apostar no êxito do relacionamento e não esperar, deixar fluir para ver se dá certo.
Fingir para outros que somos amigos?
Esconder o quê? Por quê? De quem?
Seria bom saber o que passa no coração do alguém.
É querer demais?
Tudo bem. Contentaria-me se soubesse as reais intenções.
Queria segurança...
Um colo.
Atenção.
Alguém capaz de enxergar o que sou e não o que pareço.
Capaz de ver meus defeitos e não se desiludir, e sim me ajudar a ser melhor.
Não que concorde comigo, no entanto espero que me compreenda.
Não precisa aceitar, mas é necessário que respeite.
Eu? Tentarei exercer a reciprocidade.
Tentarei.
Todavia, só junto de alguém, consegue-se alcançar projetos tão difíceis.
Junto de alguém.
Junto...
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Música: Um novo Milagre para a ele que nos ajudou a conquistar tantos
Um música que esteve e continua na "boca do povo".
Uma melodia que conforta. Uma letra escrita à punho, ditada pela alma.
Palavras expressas de dentro do coração.
Muita gente se emocionou ao cantar, ao recitar as palavras.
Todos quiseram subir o mais alto, só para ver nosso Pai.
Muita gente precisando Dele.
Muitos largaram tudo para seguí-Lo.
Ele, por sua vez, entrou na casa de muita gente. Mexeu com as estruturas, curando muitas feridas.
Muitos aprenderam a ter Sanidade e hoje O amam. Somente a Ele.
Muitos milagres foram feitos.
Regis Danese rezou com a gente. Nos ajudou a ter as palavras para rezar.
Hoje, ele precisa de nossas orações.
Juntos, rezamos com mesmo fervor que ele nos embalou em sua canção: "Faz um Milagre em Mim"
Somos todos, gratos ao Regis pelas palavras cantadas. Como retribuição e carinho que ele conquistou, nos unimos para rezar e pedir esse novo milagre, na família do cantor.
A notícia: Regis Danese tem sua filha Brenda diagnosticada com leucemia
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Campinas: Eleições suspensas! E a gente?
Já derrubaram prefeito.
Prenderam o vice.
Empossaram-o depois da cadeia.
Afastaram pra não atrapalhar as investiações.
O da Câmara estava quase na posse, quando a Justiça determina:
Volta o afastado.
Cassam depois de um tempo.
Enfim, o da Câmara vira do Executivo.
Campinas tem prefeito interino.
Hora de organizar as eleições.
Quem será o governante no mandato-tampão?
Começam os trâmites.
Responsável? A Câmara de Campinas.
Vai ser indireta!
Data definida: 22 de março.
Queremos diretas!
E agora, indiretas ou diretas?
Vai pro TRE.
Partidos se articulando.
Gente querendo mudar tudo.
TRE acata o pedido desses.
"A competência é do Tribunal", apita o juiz!
Fim de jogo?
Longe de terminar...
"Suspenderam as eleições", grita a torcida.
Tempo pros jogadores.
Vem aí mais um tempo, num jogo de campineiros contra campineiros, em que vencedor pode não ser Campinas.
A gente?
Espera! Uns assistem de camarote, outros eufóricos na arquibancada. Muitos já desligaram a TV.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Tarde demais
"Nunca é cedo para uma gentileza,
porque nunca se sabe quando
poderá ser tarde demais."
(Ralph Waldo Emerson)
Dá medo de não ter feito tudo que estava ao nosso alcance.
Não ter abraçado forte o suficiente.
Não ter gritado que amava para que todos soubessem e a pessoa jamais se esquecesse.
Receio de ter se distraido e não prestado atenção em tudo que disse.
Não ter conseguido aprender em plenitude, tudo que nos ensinou.
Seria doloroso saber que não se deu o valor: o valor incalculável. Impagável, daquela pessoa.
Ver que o tempo foi pouco.
A intensidade pequena.
O que você fez ficou aquém do seu potencial.
Perceber, só depois... Quando não mais adianta.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
As polêmicas sacolinhas plásticas e lógica capitalista nada reciclável
Na teoria tudo vai bem, dado o caráter idealista de tal. Basta, no entanto, partir para o prático que todas as instruções são mudadas. Invertidas, até.
A conversa geralmente é boa e convincente. Todavia, é só ir para a ação que têm-se um novo rumo, diferente do proposto em palavras.
A bandeira que levantam vem sempre com caráter de solidaridade, sustentabilidade e democracia. Porém, após hasteada, as cores se confundem com a força do vento.
No palaque somos "nós". Fora dele prevalece o "eu" e os "meus".
Sob a máscara do cuidado com meio ambiente tiraram as sacolinhas plásticas dos mercados. Quer dizer, tiraram aquelas que também usavam máscaras: "de graça".
Entrou na Avenida novas sacolinhas, umas retornáveis (está na moda usar palavras assim "sustentáveis"), e também as que se decompõem mais rapidamente na natureza (assim, nos convecem).
Claro que vale sambar conforme a música, ainda mais quando a ideia é proteger as plantinhas, as águas e os animais. Porém, vem cá: Carnaval com serpentina, confete, espuma, papel de prata, muito, muito plástico nas fantasias e as grandes vilãs são as sacolinhas?
Nao é possível, tem algo por trás disso ai.
Tem e sempre tem, quando o assunto é custo-benefício. Quando existe relação consumidor-empresário.
A lógica é sempre a mesma, com objetivo capitalista: lucro.
Usaram o verde da árvore, para ganhar o do dólar.
Tiraram as sacolinhas "gratuitas" (o preço já estava embutido nas mercadorias), para pagarmos ainda mais por elas.
O problema para mim, confesso, não é tanto o "pagar" (tudo custa nesse mundo, a gente vai se acostumando). O que me deixa indignada é que tentam me enganar. Nos enganar...
Elogio
Falam que você é bonito e sem querer acabam exigindo que esteja belo amanhã. De preferência, ainda mais que hoje.
Também comentam sobre sua inteligência e isso faz com que você, em hipótese alguma, possa cometer um erro gramatical, por exemplo.
Elogiam o fato de você ter bom humor, ser engraçado e acabam te abrigando a ter sempre uma piada na ponta da língua.
Comentam da sua energia positiva e no dia que você acorda baixo astral, simplesmente não te conhecem e o pior não aceitam seu momento natural.
E quando falam que você é especial? Bom, ai pesa. Pesa muito. O que significa ser especial? O que fazer para continuar correspondendo ao elogio?
Nossa, tem gente que ousa dizer que você é perfeito. Nessa hora dá vontade de desistir, só pra não frustar aquele que despejou tamanho exagero.
Dizem que você é diferente e então você precisa manter tal diferenciação perante essa sociedade padronizada. Olha, isso não é nada fácil dada as influências midiológicas.
Elogios são sempre bem-vindos. Quem não quer receber uma palavra bonita, um reconhecimento do esforço?
O problema é quando se é prssionado a manter tal postura. Quanto mais a pessoa recebe elogio, mais risco ela corre. Corre-se o risco de decepcionar aqueles que tanto a admiram e portanto, tanto lhe são importantes.
Ninguém é belo o suficiente para não acordar um dia com os olhos inchados e com olheiras.
Não há inteligência que não precise consultar um dicionário de vez em quando.
Tampouco não existe estado de espírito que não se abale dadas as negatividades deste mundo.
Perfeição: a grande utopia do homem.
Tentar se diferenciar: Um grande passo para quem tem pernas curtas e acaba se encaixando aos grupos e tribos desse nosso mundinho. Ser diferente pode ser muito arriscado e a rejeição, acaba sendo a consequência.
Elogios são bem-vindos, no entanto, se vêm descompromissados e sem expectativas.
Elogios são bons porque servem também como incentivo.
Porém, se um dia errarmos, por favor, lembre da beleza de outrora e da que se mantém interiormente; não esqueça da inteligência que nunca vamos perder mas sempre teremos o que aprender; lembrar da perfeição que "tentamos", da energia positiva que se equilibra, e portanto para o equilíbrio vem com momentos negativos.
Ah, não esqueçam da diferença, de preferência daquela que a pessoa fez em sua vida.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Desabamento no Rio de Janeiro
Fumaça.
Choro.
Desespero.
Desamparo.
Ausência.
Bombeiros que correm.
Sirenes...
Socorro.
Orações.
Gritos.
Salvem!
Rezem!
Ajudem!
Milagre.
Todos esperam por ele.
Tem gente procurando culpados.
Outros que só queriam encontrar vítimas.
Alguns viam só escombros.
No entanto, tinha gente que sentia a ausência de alguém.
Gente que enxerga a tragédia.
Porém, ao redor tem pessoas que veem com os olhos da esperança.
Atualização: Chega a 6 o número de corpos resgatados em desabamento no Rio
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Pensamentos confusos
Nem tudo são sorrisos, no entanto mantê-los passa a ser uma obrigação.
Não é sempre que o humor é bom ao acordar, porém se estamos com mau, todos se afastam sem sequer perguntar se existe algum problema.
O sol não nos recebe todos os dias ao amanhecer...
A chuva é quem as vezes nos acorda.
Nem tudo que se cobre é velado por branco.
Em algumas situações, a ausência é presente na cor preta.
Pode haver um momento em que não são os pais que ensinam.
Os filhos também compartilham a nova apredizagem.
A flor que florece é a mesma que murcha.
A faca que reparte o pão também pode ferir.
Da boca que sai belas palavras são emetidas ainda grosserias.
Dos olhos que mostram a alma, saem as lágrimas da dor.
O fogo esquenta e queima.
Frio que refresca, além de congelar.
Enfeites que adornam e em excesso, poluem.
Músicas que embalam ou fazem lembrar de algo que já não é mais.
Pessoas incompreendidas que também não sabem comprender.
Gente que não sabe amar por falta de amor.
Junto com todos, estando sozinho em si mesmo.
Evitando os loucos, pois teme-se a própria loucura.
Quer ser ouvido sem saber ouvir.
Vontade de falar, mas incapaz de saber o que dizer.
Palavras soltas, mas que se interpretadas podem ter algum sentido.
Têm?
Não é sempre que o humor é bom ao acordar, porém se estamos com mau, todos se afastam sem sequer perguntar se existe algum problema.
O sol não nos recebe todos os dias ao amanhecer...
A chuva é quem as vezes nos acorda.
Nem tudo que se cobre é velado por branco.
Em algumas situações, a ausência é presente na cor preta.
Pode haver um momento em que não são os pais que ensinam.
Os filhos também compartilham a nova apredizagem.
A flor que florece é a mesma que murcha.
A faca que reparte o pão também pode ferir.
Da boca que sai belas palavras são emetidas ainda grosserias.
Dos olhos que mostram a alma, saem as lágrimas da dor.
O fogo esquenta e queima.
Frio que refresca, além de congelar.
Enfeites que adornam e em excesso, poluem.
Músicas que embalam ou fazem lembrar de algo que já não é mais.
Pessoas incompreendidas que também não sabem comprender.
Gente que não sabe amar por falta de amor.
Junto com todos, estando sozinho em si mesmo.
Evitando os loucos, pois teme-se a própria loucura.
Quer ser ouvido sem saber ouvir.
Vontade de falar, mas incapaz de saber o que dizer.
Palavras soltas, mas que se interpretadas podem ter algum sentido.
Têm?
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A pergunta mais difícil: Sim ou não?
A vontade é a força que puxa. Junta com ela vem algo que retrai. Aquilo que compete acaba empurrando pra longe.
O sussurro convida. Uma voz mais forte e mais alta expulsa.
Atração pela pele, pelo cheiro, pelos olhos. Repudio como reação.
Querer, mas ter a certeza de que não pode.
Gostar, no entanto com medo de alimentar o vício.
Fugir e voltar.
Aproximar-se para tentar acabar.
Acabar se tudo pode ter um recomeço?
Pensar demais e não usufruir.
Ou usufruir e depois sentir a ausência do pensamento?
Parar para tentar de novo.
Um novo com receio de que seja igual velho.
Idealizar o que pode ser frustrante.
Escrever sem coragem de falar...
O sussurro convida. Uma voz mais forte e mais alta expulsa.
Atração pela pele, pelo cheiro, pelos olhos. Repudio como reação.
Querer, mas ter a certeza de que não pode.
Gostar, no entanto com medo de alimentar o vício.
Fugir e voltar.
Aproximar-se para tentar acabar.
Acabar se tudo pode ter um recomeço?
Pensar demais e não usufruir.
Ou usufruir e depois sentir a ausência do pensamento?
Parar para tentar de novo.
Um novo com receio de que seja igual velho.
Idealizar o que pode ser frustrante.
Escrever sem coragem de falar...
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
BBB: Eu não assinei e nem assino!
Estou acompanhando toda polêmica envolvendo o suposto estupro no Big Brother Brasil 12. Aliás, todos estamos. Já acompanhei algumas análises das imagens, ouvi e li opinões, além é claro, de estar acompanhando o inquérito.
Pouco falei a este respeito, simplesmente porque não acho digno de audiência.
Desculpe-me, talvez, a frieza ao lidar com o caso, mas criar polêmica em cima de polêmica só vale quando se tem algo a acrescentar.
O fato é que não vou falar e nem asinar esse tal abaixo-assinado a favor de tirar o BBB 12 do ar.
Por quê?
Muito, muito simples. Assim como é simples a solução para o "problema".
Pressão popular, apelo judicial poderiam soar como censura. Sempre vai haver alguém vendo por este lado.
Somos cegos, eu sei. A censura existe, também sei. No entanto, estamos falando de peixes grandes, se é que me entendem...
Eu opto por simplificar e fazer o que tem que ser feito:
Se não aprovo, não assisto! Não parece óbvio, objetivo e lúcido?
Sim, claro! E ainda com efeito: Se todo esse povo que assina não assiste, a audiência cai. Ah, e sem Ibope, o programa sai do ar: por livre espontânea necessidade.
O único detalhe é que depois de toda polêmica, o programa dos "brothers" bateu recorde de audiência.
E pensar, que seria tão fácil....
Ps: Se ainda assim achar necessário assinar, segue a Petição Pública.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Amor: simples assim
Eu me apaixono fácil. Com a mesma rapidez, desapaixono.
Amo as pequenas coisas (como aconselham), mas confesso que meu coração também tem lugar para as maiores.
Amor...
Um poeta já disse: "Amo como ama o amor..."
Minha grande frustração é não ter a mesma sorte desse autor.
Não falei com o amor para saber como se ama.
Mesmo sem saber, permito-me sentir.
Ele vem com um olhar, um simples gesto ou aperto no coração.
Assim como senti agora, neste momento.
Sequer precisei sair de casa.
Olhos escuros que me olhavam, numa alegria que era denunciada pelo rabo abanando.
Perdo-me se frustro o leitor neste texto, no entanto, revelo que amor me veio nesta noite, através da minha cachorrinha, a Capitu.
Não escrevo mais nada porque o amor não se resume, não se descreve.
Eu sequer sei como é amor. Apenas sinto... Apenas me permitem sentir.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Vermelho: Talvez se fosse dessa cor...
Um poema bonito, mas que me intrigou foi o de Oscar Bottaro: "Fonte de Vida".
Fiquei instigada em desvendar esse tal "romance vermelho".
Vermelho de amor me parece muito óbvio quando se trata de um poesia: esse texto que permite tantas interpretações e gera tantas reações.
Eu já vi romances brancos: Aqueles puros, de criança. A história do primeiro amor.
Também considero os romances azuis, aqueles serenos, sem turbulências... Celestiais.
Já vi romance verde, que vem com um espírtio de renovação, esperança e reciclegem, nesse tal mundo sustentável.
Romance amarelo é aquele que irradia luz, sabe? Que se percebe de longe o brilho da paixão.
Deve ter também o romance cor-de-rosa, ao estilo conto-de-fadas.
Da mesma forma, o romance preto, não de luto, mas sim, intenso. Não de ausência de cores. Talvez um romance cladestino, aliado das trevas.
Romances de várias cores... Talvez comecem num tom e terminem em outra tonalidade.
Romances vermelhos...
Parecem óbvios demais. Intensos demais. Improváveis, num mundo carente de amor.
Romances vermelhos... Como os botões de rosa...
Vermelhos... Simplesmente assim.
Avermelhados apenas para instigar...
domingo, 15 de janeiro de 2012
Obrigada e me desculpe se...
Sensibilidade.
Fico sensível ao ver, sentir, perceber...
Agir.
Queria fazer, ajudar, mudar: Simplesmente melhorar....
Muita gente vem falar comigo, pelo e-mail, redes socias, telefone e cartinhas. São amigos, parentes e ouvintes.
Sinto-me privelegiada: Pelas palavras, pela confiança.
Ao mesmo tempo, sinto a responsabilidade de ter aquela confissão, de receber aquele segredo, de por algum motivo ser alguém em quem um outro alguém é capaz de confiar.
Amigos já me contaram problemas que passam dentro de casa.
Eu ouço.
Na família, também sei dos problemas e as vezes até me chamam para um conselho.
Eu falo...
Ouvintes na rádio pedem oração e pelos mais diversos meios de comunicação, se abrem comigo. Isso bem cedinho, logo que acordam.
Contam-me da perda de um ente, do câncer do esposo. Da mulher que foi embora. Dos filhos que não voltaram mais. Pedem oração.
Também falam comigo quando o motivo é de comemoração: O neto que vai nascer, a filha que está completando mais um aninho de vida. Ah, e tem também as bodas: 50 anos de união, até me emociona.
É engraçado, mas essas conversas, me fazem sentir parte da história dessas pessoas, e por sua vez, elas ajudam a escrever a minha: surgem como personagens que me ensinam, me encorajam e me dão exemplos.
Pena que nem sempre posso fazer muito...
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Sexta-feira 13: Vamos ver assim...
Sexta-feira 13: Dia de não dar sorte ao azar.
Um bom dia para não ver o lado aberto do balde: por onde escorreria a água.
Para não notar que a mão que afaga é mesma que machuca.
Que o olhar que fita é o mesmo que desvia.
O sorriso que abre é o mesmo que cerra os dentes. Vejamos apenas o sorrir.
Prestar atenção que os imprevistos são os que nos permitem mudar o rumo.
Que nas dificuldades surgem as oportunidades.
Nas piores situações conhecemos os melhores amigos.
Afinal, já disse Albert Einsten: "O azar não existe; Deus não joga dados."
Também não foi ele que fez a tal Teoria da Relatividade?
Vale pensar...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Debaixo da chuva
Chuva que molha e lava.
Gota que corre e acumula.
O pingo que atinge e não machuca, apenas refresca.
Chuva que une: embaixo do guarda-chuva.
Gota que corre e acumula.
O pingo que atinge e não machuca, apenas refresca.
Chuva que une: embaixo do guarda-chuva.
BBB 12: É o que queremos
Ninguém quer que outro alguém se meta onde não foi chamado.
Depende.
Privacidade: Queremos que respeite a nossa.
Só não há necessidade de respeitar a dos outros.
Entre quatro paredes, tudo vale. De lá, nada sai.
A não ser uma foto, um vídeo pra jogar na rede. Só na rede!
Guardamos para nós, o que só diz respeito a gente mesmo.
No entanto, poucas coisas só cabem a si próprio.
Há quem se esconda, num mundo em que as câmeras nos perseguem.
Tem também quem persegue o melhor ângulo sob elas.
Tem quem fala em intimidade e a guarda como um bem precioso.
Há que a expõe dá mesma forma.
Tem gente que se sacia em fazer o bem, não importa a quem.
Outros só o fazem se este for publicado como prova de sua bondade.
Não basta fazer para si e os seus. Tem que mostrar. Aparecer: Para os amigos, os vizinhos, claro, para o mundo.
O privado é público.
A residência é praça do centro da cidade.
Vida particular? Impossível. Todos veem, dão palpites.
A sociedade é individual, mas nesta individualidade o que prevalece é o coletivo.
Esconde-se querendo mostrar. O velho charme...
Dissimula querendo escancarar.
A ânsia de estar sob o holofote. Uma luz que julga e molda à sociedade.
Quer-se ser aceito. Aceito por terceiros.
Não quer reconhecimento, deseja-se sucesso.
Não queremos amigos, desejamos apenas quem falem da gente (Ah, e podem até falar mal, desde que falem...).
Big Brother Brasil: 12 anos. Mais de uma década tentando aparecer. Ainda mais!
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
E se fosse inocente?
"É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente."
(Voltaire)
A sábia frase não é de hoje, mas o erro é praticado até os dias atuais.
Queremos fazer "Justiça com as próprias mãos". Justificável, claro. A Justiça do Direito prevê impunidade. É marcada por falhas e privilégios aos infratores.
Assim, paira a sensação de injustiça. E a gente só quer ser justo.
O problema é que não cabe a nós julgar, muito menos condenar. A gente acusa e logo, o suspeito se torna alvo. Alvo da mídia. É nele que a sociedade mira.
De suspeito à assassino. Rapidamente.
Condenado pelo povo, cabe à população dar a pena.
Batem raivosos. Certos de que estão fazendo o que é correto.
Linchamento. É a Justiça em forma de sangue. Sangue derramado em nome de um bem maior.
O problema é quando o sangue é de inocente.
O remorso não bate quando vemos que não fomos assim tão justos?
A gente não crê na Justiça concreta.
Acabamos caindo na tentação de acreditar na sensibilidade abstrata da nossa percepção.
Um perigo!
Link: Homem linchado no Campo Grande pode ser inocente
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Pensando...
Arrepende-se caso não tenha feito.
Arrepedimento que vem depois que fez.
Tarde para tentar de novo.
De novo? Não faria de jeito algum.
Medo?
Talvez do excesso de coragem.
Frágil?
Como uma taça de cristal.
Pequeno?
Depende.
Somos do tamanho de nossos sonhos...
Arrepedimento que vem depois que fez.
Tarde para tentar de novo.
De novo? Não faria de jeito algum.
Medo?
Talvez do excesso de coragem.
Frágil?
Como uma taça de cristal.
Pequeno?
Depende.
Somos do tamanho de nossos sonhos...
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Campinas: Nos deixaram pra depois...
Adiar, no dicionário: Mudar um compromisso para mais tarde.
Mais tarde, mas que não seja tarde. Assim espera-se.
Em Campinas, o último adiamento foi sobre a decisão da reabertura, ou não do Centro de Convivência. O prefeito interino de Campinas, Pedro Serafim, deixa pra depois a conclusão sobre a falta de segurança e riscos de incêndio no local. Esperar pode ser a melhor solução para evitar problemas. Esperar demais pode ser um problema.
Bom, já adiaram o reajuste do ônibus. E não por solidariedade com aquele que terá que desembolsar R$0,15 a mais. Coincidência ou não, o sistema ficou fora do ar... E isso foi se arrastando... Foi bom pro usuário ter mais uns dias de R$2,85? Talvez... Tirando, claro, todo transtorno e incerteza de que depende do transporte público municipal...
Ah, também já adiaram sonhos. Sonho de quem queria apenas seu cantinho, um lugar para morar e ser feliz. Sonhos embargados junto com as obras da MRV e Goldfarb.
Adiaram o sonho de ir mais rápido. Aliás, estão sempre adiando esse tal leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV).
O problema é deixar para depois o que precisaríamos fazer hoje. Em alguns casos ontem.
Adiam uma cidade. Atrasam uma metrópole. Jogam lá na frente as necessidades de um povo.
E pensar que essa mesma cidade já teve o slogan "Primeiro os que mais precisam".
Hoje, quase tudo e quase todos estão ficando em segundo, terceiro, quarto plano.
Uma tristeza para Campinas, um descaso com seus moradores.
Ainda bem que, o que nos dá esperança, é o "antes tarde do que nunca".
No entanto, há quem diga que certa vez, o pinto Pablo Picasso falou:
"Apenas adie até amanhã aquilo que você quiser morrer e deixar sem fazer."
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Férias: Bom pra...
Lembrar que a vida não se resume a viver.
É mais que isso. É sentir, tocar, ver...
Também serve para prestar atenção, não nas coisas, mas em suas essências.
É bom ainda, para desacelerar. Quando passamos rápido demais, só vemos vultos. Parar pode trazer boas surpresas.
É uma delícia para ficar sem fazer nada. Simplesmente nada...
É mais que isso. É sentir, tocar, ver...
Também serve para prestar atenção, não nas coisas, mas em suas essências.
É bom ainda, para desacelerar. Quando passamos rápido demais, só vemos vultos. Parar pode trazer boas surpresas.
É uma delícia para ficar sem fazer nada. Simplesmente nada...
Assinar:
Postagens (Atom)