sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

É pior que isso


Fiquei uns trinta minutos aguardando atendimento na farmácia.
Absurdo a demora. Cansativa a espera. Como pode? Que descaso com consumidor.

Se fosse só espera...
Depois fui lembrar que no posto de saúde não tem remédio. Sempre falta.
Falta. E tem quem não tem condições de comprar.

Se o problema fosse só esperar... O difícil é esperar quando medicamento já acabou.

2011 em uma semana


Aproveitei a última semana do Ano para agradecer.

Segunda:
Hoje, agradeço pelo carinho de cada um dos ouvintes da Rádio Central - as palavras amigas, palavras de incentivo, gestos, presentes e reconhecimento. Obrigada por tudo em 2011.

Terça:
Hoje é a vez de agradecer a Deus pelos pais que tenho.

Sou muito, muito grata a minha mãe, que tem tudo que essa palavra significa. Ela me conforta, me guia, me aconselha e o melhor, me ouve. É mãe e amiga! Neste ano, em especial esteve na "luta" comigo. Se não fosse ela, não teria feito metade do que consegui conquistar neste ano.
Quanto ao papai, tenho que agradecer dentro de casa, enquanto família e mais que isso, sou grata por ter me "ensinado" uma profissão, agradeço pela oportunidade que me deu e me dá. Sou muito agradecida pelos incentivos, correções e exigência. Além do mais, é amigo: me faz rir e dividi comigo esses momentos de alegria, com a humildade de compartilhar os momentos difíceis.
Muito obrigada!

Quarta:
Hoje não estou tão bem...Aliás, em 2011 várias vezes acordei assim... Nessas vezes contei com os amigos: os antigos, aqueles que de cara me identifiquei além dos que conheci pela web.
Hoje meu muito obrigada vai a eles. As vezes não são muitos, mas fazem tanto!

Quinta:
Hoje, mais uma vez agradeço. Meu muito obrigada a todas as pessoas que contribuem para minha vida profissional. A todos que me ajudam, me ensinam, me incentivam ou simplesmente acreditam em mim.
Agradecimento especial aos meus professores, aos profissionais da CBN, aos modelos a serem seguidos por toda mídia. Obrigada ao pessoal da Rádio Central, ao meu pai (esse me ensina e de quebra ainda herdei o sangue).
É tanta gente pra dizer: Muito, muito obrigada!

Sexta:
Última sexta-feira do ano! Aliás, quanto não esperamos as sexta-feiras? Quanto não aproveitamos uma sexta a noite?
A cada dia de 2011, uma oportunidade: de recomeçar ou apostar no que está dando certo.
Cada renascer do sol é motivo para agradecermos. Hoje, agradeço a Deus, simplesmente pela vida, a possibilidade de amar e ser feliz.
Em 2011 tenho que, especialmente agradecer pelo consolo nas horas difíceis e o incentivo na horas em que tudo estava dando certo. Este ano me apeguei a Nossa Senhora. N. S. do Carmo (madrinha de bastismo), Santa Edwiges (que me acompanhou na comunhão e crisma), à N. S. Desatadora dos Nós, que a cada domingo me traz luz e sabedoria para começar uma nova semana. N. S. Aparecida, nossa padroeira. Obrigada pela ajuda nas horas difíceis: nessas Santo Expedito foi meu colo.
Que Deus continue nos abençoando. Em 2012, que Ele nos dê saúde. O resto a gente corre atrás.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

De novo...


R$3,05 a tarifa de ônibus?
Bem vindo 2012! Deem boas vindas, campineiros...

A gente só queria que as coisas melhorassem e não aumentassem.
Por que tudo custa?
Por que é tudo tão caro?

Direito de ir e vir?
Se puder pagar...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Insônia


Nada me tira o sono.
Nem o café: meu vício.
A soneca da tarde não atrapalha meus sonhos.
Preocupações não são capazes de abalar minha preguiça. Há, inclusive, preocupações que me fazem ter ainda mais sono, afinal enquanto durmo, esqueço.

No entanto, nesta noite não consegui dormir. O motivo? Ele. Queria falar com ele. Nem que fosse para colocar um ponto final, de uma vez por todas.
Sinto e por isso não consigo descrever. Sentimento, a gente não explica, afinal, sequer entendemos.

Roubou meu sono. Espero que só tenha levado isso de mim.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tudo passa...


Precisamos de poucos motivos: Uma data já é o suficiente para estarmos mais passíveis às conversas.
Basta a paz que vem de dentro, para estarmos de bem com os outros.
Nada melhor que o tempo para apagar aquilo que machucou dias atrás.
O impulso de falar sem pensar, logo é compensado pelo pensamento que não fala, apenas reflete.
Ser lembrado após ter sido magoado e magoar é uma prova de que o coração não guarda ressentimentos.
Deixar as coisas passarem e os dias amenizarem a decepção é melhor forma de ser feliz.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Um balanço do Natal...

Claro que o grande significado do Natal é nascimento de Jesus.
O grande presente, sem dúvida, é Ele, que nasceu na manjedoura e morreu por nós, na cruz.
Os principais símbolos estão no presépio.
Quem estava lá viu a luz do Menino: As estrelas, a Lua, os Reis Magos, os animais. Maria e José.
Tudo isso, ou só isso, no deserto, afinal estar um com o outro já era o suficiente.

Todavia hoje, coloco em questão todas as afirmações de outrora.
O que mais significa não´vem do coração, nem da alma. É sempre algo produzido, modificado industrialmente. Significar dissolveu-se junto com os valores.
Ainda nestes tempos, o grande presente não é o que vale mais e sim, simplesmente, aquele que custa mais.
A simbologia, da mesma forma, não está mais na representação, mas sim na visibilidade que o símbolo nos dará perante os outros.
As visitas nem sempre são bem vindas. Não por maldade, mas por medo, por preconceito. Pasmem! Não as recebemos porque são desconhecidas.
Hoje, se tudo acontecer onde não há nada, perde a graça: As fotos não vão ficar bonitas, não teremos motivos suficientes para estarmos felizes. Ultimamente, um não basta para o outro, aliás, pelo contrário, às vezes é arduamente complicado "suportar' alguém.

Apesar de tudo, o voto de que Jesus renasça nos corações das pessoas, se renova a cada ano.
Um renascimento que traz a alegria daqueilo que chega, junto com a humildade de quem nasce nu. Vem também o valor daquilo que é abstrato. Renova a importância de se ter um amigo.
Renascer para olhar de jeito novo. Olhar para as pessoas, não para o que elas vestem.
Nascer mais uma vez para ser capaz de amar, partilhar e ter fé.

Nascer de novo para ser melhor. Ainda melhor, em alguns casos.

Feliz Natal!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Vai ver, é isso...


Não vejo problema em Campinas ter tido três prefeitos nos últimos meses de 2011.
O complicado é quando o Executivo não "tem" ou não "pertence" à cidade. Ressalta-se aqui, uma questão emocional, ou de simples comprometimento com povo.

Claro que o grave não é os vereadores terem reajuste de 126%. A questão é que o salário mínimo não acompanha, nem de longe, tal aumento.

Talvez, o errado não seja quem se corrompe (o poder dá nisso, não é o que dizem?), mas sim quem esquece e insiste em reeleger corruptos.

Quem sabe o errado não é a "cara de pau" de alguns políticos. Pode ser que faltem cidadãos dispostos a colocar a "cara à tapa".


A questão, vai ver, não são eles: Pode ser nós.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Também podia ter rejuste de 126%...


Podia ser maior nossa solidariedade.
Poderíamos ter mais tempo para ouvir os amigos.
Maior, poderia ser, nossa paciência.
Ter grande quantidade de sensibilidade.
Seria importante a abundância de amor.

Nos hospitais, o número de leitos podia aumentar.
O SUS deveria ter mais médicos.
As filas não deveriam ser maiores, mas a quantidade de atendentes bem que poderia aumentar.
Podia ter mais alimentos pra gente comprar. Só o preço, que poderia ser menor.
Na política não é aumento de cadeira que surte efeito, mas sim a capacidade de olhar mais. Olhar mais gente, mais lugares, outros interesses, outras necessidades.

A gente bem que podia aumentar as oportunidades. Aumentar as chances. Proporcionar mais segurança, mais conforto. Ampliar a dignidade.
Podia ter mais leis. Leis que fossem cumpridas. Leis que regessem os relacionamentos, permitindo mais respeito, mais harmonia.

As pessoas podiam ser mais educadas. Poderiam ter maior escolaridade e claro, mais qualidade de ensino.

Muitas coisas podiam ser mais fartas.
No entanto, as vezes, o exagero me preocupa.
Se tem o suficiente, não há necessidade de ter para esbanjar.

Como dizer para quem ganha R$ 545 por mês, que R$ 6.636,24 é pouco? Como justificar um reajuste de 126%? O que explica um salário de R$ 15.031,76?

É muito, muito...
Maior que isso? Só a cara de pau de algumas pessoas...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os nós...


De vez em quando a dor vem de dentro do coração.
Dor do sentimento.
A gente sofre por amor, sofre a perda de um ente. Também nos faz sofrer uma decepção. A ausência, a saudade.

Tem dor física que compromete nossa saúde. Aparece e exige cuidado. Nos fragiliza, alguns ficam debilatados. Alguns sonhos objetivos acabam tendo que ser adiados.
A gente sofre. A família também. Quem gosta da gente sente da forma que nós sentimos.
Pedimos saúde. O resto a gente corre atrás.

Também tem sofrimento quando falta. Quando falta o amor que já falamos. Quando não temos saúde e também na ausência de dinheiro.
São os problemas finaceiros. Não por ganância, mas sim por necessidade.

Sofremos quando o que planejamos não sai como queríamos.
Quando quem idealizamos não é aquilo que pensamos.
Também há sofrimento quando a luta é dura.
Quando a dúvida é presente.
Sofremos... E é difícil superar o sofrimento.

Nele, contamos com pessoas que nos ajudam na superação. também temos momentos que nos faz voltar a acreditar. Ter força para reverter. Momentos oportunos. Oportunidades de "virar o jogo".

Nos momentos difíceis surgem as grandes chances: Alguém já nos disse isso.
Nesses momentos nos apegamos. Nesses momentos eu digo: "Maria, passa na frente."

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Obrigada por isso. Obrigada por tantas outras coisas...


Há três anos fui pedir. Promessa feita. Objeto entregue.

Na ocasião, ia prestar vestibular. Queria que me abençoasse na escolha certa, me protegesse na hora da prova e me guiasse pelo caminho profissional.

Lembro de entrar na Sala das Promessas, da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, e ver aquela grande quantidade de objetos deixados por pessoas de todos os cantos. Pedidos variados. Agradecimentos felizes, sofrimento que se traduz em fé.
Emociona ver o quanto as pessoas são devotas e mostram tal devoção. São CDs, imagens da santa, vestidos de noiva, roupas de criança, brinquedos, placas de testemunho. Violas, chapéus, objetos pessoais...

O meu deve estar lá. Antes da faculdade levei o livro que mais gostei quando li, naquela lista de "obrigatórios": "Dom Casmurro" de Machado de Assis. Na época, a situção estava bem complicada, e por isso a validade desse post.

A gente supera. Ela nos dá força e nas horas difíceis a gente sente seu manto azul.

Ontem, voltei à Basílica de nossa Mãe, na cidade de Aparecida. Voltei para agradecer. Agradecer muito. Agora, estou indo para o último ano da faculdade. A escolha foi acertada. E as oportunidades profissionais são abençoadas.

Este ano voltei e deixei mais um pedacinho de mim. Agora, inserida no mercado de trabalho, deixei na Sala das Promessas o primeiro bloco de anotações usado na Rádio CBN.

Orações renovadas. Bençãos recebidas. Tudo isso, ao lado de meus pais: As pessoas mais importantes da minha vida.

Ano que vem eu volto. Se Deus quiser tão grata como hoje. Tão feliz como perto Dela me sinto.


Mãezinha Aparecida, rogue por nós!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Veja como são as coisas...


Ele existe e nos mostra todos os dias, momentos e ocasiões o que significa Sua existência.

Nem todos os dias o sorriso estampa nossa face. Vez ou outra, uma lágrima, um rosto mais fosco, fechado... Faz parte.

As razões para sorrir logo aparecem.
Se uma pessoa nos decepciona, Deus se encarrega de colocar outras tantas em nosso caminho. Outras que nos motivam a abrir os lábios.

Estava triste, talvez decepcionada. Aliás, tudo culpa minha. Decepção só vem quando se cria expectativa.

Estava... Até que amigos desconhecidos deram-me importância. Amigos, que me conhecem pela voz, nunca sequer fitaram meus olhos... No entanto, acreditam em mim e inesplicavelmente têm um carinho que me emociona, me deixa honrada e me faz questionar: "Será que mereço"?

Ganhei presentes de natal de ouvintes, cartões natalinos que talvez meu melhor amigo fosse incapaz de escrever. Palavras lindas. Presentes que não valeram pelo objeto mas pela ação de presentear.

Também de presente ganhei uma visita. Um outro ouvinte, que conhecia pelas ligações que nos faz pedidindo música, resolveu me conhecer pessoalmente. Fiquei feliz de vê-lo. Ele também me disse que foi muito bom me ver. Viu meu sorriso, viu meu trabalho, sentiu... Ele é cego, porém enxerga... Talvez, inclusive, coisas que outras pessoas não conseguem ver.

Com toda minha humildade sou muito grata a Deus pelas oportunidades e pelas pessoas que, inesperadamente, aparecem na minha vida.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Corinthians é penta, doutor!


Corinthians: Campeão brasileiro pela quinta vez.
É penta. Assim como Brasil.
É verde e amarelo, embora preto e branco.
Não é meu time, mas é comemorado pela maior torcida de meu país.
Parabéns. Nada vem de graça.
O sorriso, a vibração da torcida compensou a vitória que não garantiu meu toime na Libertadores.
A festa deles, contagiou minha frustração pelo empate do Vasco.

Um dia é da caça, outro do caçador.
Um dia é Corinthians. Seis outros já foram do Tricolor.

E o doutor?
Ah, esse comemorou.
Lá de cima. Com visão privelegiada, eu diria.

Sócrates que tanto fez pelo Corinthians, foi presenteado pelos corintianos.

E que venham outros campeonatos... Já outras vitórias corintianas? Bom, não contam com minha torcida, mas...

Erro?


Egoista. Assim me senti.

Eu reconheço meus erros, mas me dói quando tentam me mostrar o quão errada eu fui. Não é orgulho. Não pode ser. É necessidade que reconheçam que não sou a única errada. Mas se assim o for eu assumo a culpa. Sei que todas são passíveis de perdão.

Não é que eu não quis. Eu não pude.
Não que eu tenha pensado só em mim. Eu senti apenas o meu coração bater naquele momento.

Errei e não foi a primeira vez. Não que eu tenha insistido no mesmo erro, eu apenas esqueci que já tinha errado. Quando lembrei era tarde. Aliás, nunca é tarde. A não ser que se tenha pressa.

Escrevo porque falar o que sinto é bem difícil. As palavras fluem bem quando são formadas racionalmente. Falar com o coração exige um pouco mais. Exige experiência, maturidade e uma pitada de racionalidade. Exige...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"Boa noite" pode ser melhor ou não. Vamos aguardar...


Nem tudo é para sempre.
Não são todos os finais felizes.
Eterno, só se for o amor.
Definitivo? Jamais. Tudo muda, tudo passa. Assim tem que ser. Sempre foi.

Incrível a proporção que saída de Fátima Bernardes, do Jornal Nacional, causou na imprensa. Polêmica em torno de outra polêmica. Ninguém vai sentir falta do "Boa noite" da esposa do Bonner, mas muita gente vai ficar intrigado com fato da nova âncora, Patrícia Poeta, ser mulher de um "chefão" da Globo.

Não vamos entrar nestes méritos. Não vamos. Mas, vamos tentar ver as qualidades das pessoas. Ou melhor, vamos dar a chance das pessoas nos supreenderem?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O ser humano...


Você confia?
Acredita?
Coloca à mão no fogo?
Dá para compartilhar um segredo?
Tem coragem de revelar uma falha?
Crê?
Abre mão?
Cede?
Prioriza?
Vale a pena?

O cão é o melhor amigo do homem?
Por que as pessoas nos decepcionam tanto?
Qual motivo de não sermos sinceros conosco mesmo? Por que mentir para o outro?
Quem te ensinou?

Seria mais fácil falar a verdade, afinal nem história teria que inventar.
É incrível como gostamos de complicar as coisas. Inacreditável como a mentira, mesmo tendo perna curta, chega tão longe... Longe... E atinge assim tão perto. Atinge bem no coração.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma conclusão: A culpa é dele!


Já tive uma situação financeira bem confortável. Tinha tudo que queria, inclusive, nem tudo que tinha, realmente queria. Tinha porque podia esbanjar.

Todos sabem que dinheiro na mão é vendaval e um belo dia ele voou para bem longe. Passei a ter, o que precisava.

Esses dias estava comparando esses dois períodos da minha vida.
Cheguei à conclusão: O problema é o dinheiro.

Quando ele estava presente em "abundância", os problemas familiares eram gritantemente evidentes.
Na ausência dele, restou aos meus familiares, a união. União para vencer a batalha. Juntos para ganhar o dinheiro, garantir o sustento.

-Mãe, você reparou como era conturbada nossa vida na "classe média alta"?
-É filha, hoje as coisas se tranquilizaram. Não temos problemas em casa.

Agora quando conquisto o que quero, não esbanjo, mas sim sinto-me vencedora pela conquista. Uma vitória em que ninguém perde. E ainda tem a vantagem: Hoje, as coisas não valem quanto custam, mas sim o quanto custaram para estar em minhas mãos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Arriscando na cultura...

Cultura:
Tem gente que diz que é um mundo paralelo.
Há quem diga que a parte encantada deste mundo.
O Jornalismo Cultural tem se destacado esses dias. SWU roubou a cena neste feriado.
Minha paixão é política. Mas, a oportunidade de conhecer outras áreas é sempre bem vinda.

Dia desses fiz uma matéria de esportes (esse terreno eu desconhecia totalmente).
No caso de cultura, tenho a experiência do rádio AM, todos os dias, nas madrugadas com programa sertanejo, pela Rádio Central em Campinas.

O quadro que tinha que fazer era cultural. Não é minha especialidade... Mas adorei a ideia. Uni o útil ao agradável. A cultura que seria um desafio, com sertanejo que faz parte de meu cotidiano.

Ah, o desafio também foi grande porque o programa é de TV... Eu que sou íntima apenas do rádio...
Bom, deu nisso.
À dupla Jackson e Alessandro: Meu muito obrigada e desejo de sucesso.
À minha amiga de reportagem Jéssica Momentel: Valeu por tudo!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E quando chega a hora...


Tem uma música que diz que "ela sabe que depois que cresce o filho vira passarinho e quer voar..."

Sabe, mas aceita?
E quem está pronto para voar, tem coragem de fazê-lo?
Qual melhor hora de levantar voo?

As partidas são sempre dolorosas...
No entanto, antes das asas, os filhos criam raízes.
Asas para voar. Raízes para voltar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Morte cerebral


Choramos, rimos. Somos capazes de olhar nos olhos. Fitar além da lente.
Amizades, relacionamentos. A família: o seio da mãe, a força do pai.
Também acredita-se em algo superior. Que pode ser Deus ou uma força suprema.
Crenças que vem porque ele bate sem machucar... Bem diferente de tantas outras batidas.
Pulsa, bombeia... Despara.

"Campinas está sem cérebro." Ouvi dizer.
Ainda assim, ela respira... Ainda assim, caminha. Talvez não como antes...
Agora, se faltar o coração...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Lanterna: Só no futebol?


Ilumina.
Acende e apaga!
Permite enxergar o caminho... Mas se falta pilha: Resta o breu.
Escuro...
Mas quando a luz é forte demais... Ofusca.
Ofusca até que está lá em cima.

Creio que nenhum brilho é tão radiante que não possa cessar. Da mesma forma que acredito que nada é tão opaco que não consigo incandescer.

O gancho é que o líder perder pro lanterna. No entanto, mais que falar da paixão nacional, a metáfora se realiza com sucesso.

Quanta gente não está na lanterna neste momento?
E quem é líder, o recado: Cuide-se!
No futebol, até nos 43 minutos do segundo tempo tudo pode mudar. Aliás, até na prorrogação deste tempo. Na vida também é assim, as coisas mudam... Mudam...

Temos que estar preparados para estas mudanças.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pena. Pena de você!


Não adianta mostrar minha fragilidade. Ela não te torna mais forte perante os outros.
Não queira me diminuir. Tente crescer.
Para que usar palavras baixas? Use palavras que estejam no nível que falo contigo. Assim podemos conversar...

Não grite com quem está ao seu lado. Senão, você afasta.
Não venha com pedras. É mais fácil conseguir o que deseja com um sorriso.
Tente sorrir. Não consegue?
Uma pena...

Só não tente tirar o sorriso da boca daqueles que tem motivos para mostrar os dentes.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Forbes: Pra pensar nas influências...


E a Dilma é a única brasileira na lista da "Forbes". Do Brasil apenas ela é influente segundo a pesquisa.

Não vou questionar a classificação. Afinal que influência ou que poder tenho eu?
Nenhum. Nenhum!

Pra mim, as grandes influências vieram lá de casa. Os modelos, do seio familiar. Meus hábitos aprendi com meus pais, meus avós, meus tios...

No fundo, no fundo, quando cresci, as influências também vieram da parte externa. A escola passou me influenciar, meus amigos também influenciam.
A TV tem esse poder, bem como toda mídia. A publicidade. Aquele me dirige à palavra pode tentar. A política usa essa ferramenta.

É, no fim caímos de fato na presidente, que faz política, que faz publicidade, que está na mídia... E preenche, destacando-se, os fatores considerados pela pesquisa: recursos financeiros que controla; influência em mais de uma esfera que exerce; e quão ativamente usa seu poder para mudar o mundo.

Ah, mudar o mundo? Hum...


Bom, só vale ressaltar que as influências nos chegam sem que a gente perceba. Quando vemos já estamos como aquele, que só queria nos influenciar.

Temos sim que tomar cuidado com as influências...

Afinal, não aprendemos e fomos influenciados a pensar que é só dizer com quem andamos para saber que somos?


(Não, não foram indiretas. É só pra pensar as influências que temos por ai, ok?)



A notícia: Dilma é 22ª em lista dos mais poderosos do mundo da 'Forbes'

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lula: Agora eu só falo quando...


Como óleo e água, não podemos misturar política com sentimento. Ideologia com dor. O hoje com o ontem.
Lula é também o senhor Luís.
Nunca votei na estrela. Mas isso, hoje é dispensável, afinal não é válido falar em votação num momento em que o que está em questão é o tratamento.
Não vale discutir saúde pública, quando o que a família precisa é de esperança.

Ele que nunca deixou de falar e mobilizar, hoje tem que poupar. Poupar sua voz. Aquela voz rouca, que todos tentam imitar. Aquela voz que foi aprovada pela maioria dos brasileiros.


Torço pela recuperação do ex-presidente, da mesma forma que ele, com certeza torceu e tentou fazer um país melhor.

Se ele fez um bom governo? Prefiro comentar quando ele se tornar um belo exemplo de superação.


Notícia: Após visita, Dilma diz que Lula falou baixo e poupou a voz

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Luciano não quer mais Zezé?


O anúncio do fim.
O desamparo de fãs.
Talvez um recomeço.
Ou uma demonstração de missão cumprida.

"É o amor" que faz com que as pessoas fiquem tanto tempo juntas. É o amor de irmãos que faz com que dupla tenha um brilho tão especial.
Trata-se de "Dois corações e uma história". História essa, de muito sucesso. Vários dos discos foram de diamante, cada qual com mais de 1 milhão de cópias vendidas.
São "Os filhos de Francisco" e também da Dona Helena.
Vai ver, o que falam "É da boca pora fora". Até porque são como o "Menino cantador". A música está na veia, o sertanejo deve estar no coração.

Ouvir que "Passou da conta" o relacionamento entre os irmão, pode ter sido um "Tapa na Cara" do fãs do Mirosmar e do Welson. Quem sabe um deles queira ser "Um novo cara".

O fato é que a discussão que começou no camarim, chegou ao púiblico. Luciano, no show desta quinta-feira (27/10), em Guaíra (Curitiba) disse: "Não era para eu estar aqui agora. Até o final do ano vou cumprir todos os meus compromissos. Mas o ano que vem o meu irmão vai continuar a carreira sozinho, e vocês vão ser com certeza a segunda voz que ele sempre mereceu e que merece para o resto da vida. Valeu de coração e obrigado”.
Ah, Luciano: "Pare!"

E o Zezé foi menos incisivo: "Depois de 20 anos de carreira, tudo, estou no palco sozinho, sem meu irmão. Já aconteceu isso uma vez, mas hoje pela segunda vez está acontecendo. Teve um probleminha no camarim. Meu irmão foi embora. Depois a gente resolve o resto, mas o importante hoje é que eu estou aqui e respeito muito a todos vocês”.

O que eu acho?
Que "A distância" vai fazer com que os ídolos nacionais repensem e as coisas não sejam assim levadas "A ferro e fogo". E ai, o que vão nos dizer?
"Agora, guenta nóis".


A notícia: Clique aqui.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Palavras não necessariamente significam que...


Honestidade: Não é simplesmente pensar no outro. É poder dormir sem a cabeça pesar.

Desabafo: Não é confiar naquele que te ouve, mas sim tirar o peso que sozinhos somos incapazes de carregar.

Amar: Não é doar-se. É também receber.

Solidariedade: Não é fazer para outro. É ter-se em excesso. Excesso este, que deve ser compartilhado.

Chorar: Não é fracasso. É reconhecer a fragilidade, que nos obriga a ser forte.

Fim: Não significa que acabou, mas sim que estamos prontos para um novo começo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um sorriso!


Relutamos tanto.
Nos intimidamos.
Poupamos a abertura lábios.
Quando a fazemos, é de forma discreta, sem mostrar o branco dos dentes.
Por que, se nada perdemos? Alías, a chance de termos a retribuição é grande.
É quando elucida-se a reciprocidade.

Mas mesmo assim, quantas "caras fechadas" não vemos por ai?

Será que a vida não nos dá motivos suficientes para sorrir?
E se dermos um sorriso suficientemente sincero para a vida acreditar?


Obs: "O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores." (Mário Quintana)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Você quer. Mas será que pode?

Querer e poder: Existe uma grande diferença entre essas.
Quero, mas não posso. Quando deixam, não tenho vontade.

O fato é: Quem estabelece o que pode?
O que faz ter o desejo?

Dizem que o proíbido é mais gostoso. E não é?

Quero, simplesmente porque não posso.
Deixam-me fazer, já que sabem que não quero.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Em Campinas...

Entra prefeito, sai prefeito.
Chega chefe municipal, logo após afastar o de outrora.

Liminar, recurso, pedido, votação. Juiz. Varas. Tribunais.

Os habeas corpus protegem. Juizes aceitam, negam. Advogados persistem.
Vereadores pressionam. Mas uma minoria insiste ir na contramão.

O constitucional vira anedota. O cidadão sente o desamparo.
A cidade cresce. Cresce, como uma criança sem o alicerce familiar.

Decepção? Inconformismo? Ação?
Não, apenas assistimos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Se fosse tudo poesia...

Pra que usar sentido literal, se uma simples palavra nos dá tantas possibilidades?
Por que ir direto ponto, quando é possível fantasiar, rodear e sugerir?
E se não vivermos, simplesmente imaginarmos?
Se não formos só o nome da certidão e ousarmos em pseudônimos?

E se fossemos todos poetas?
Um poema sempre está ligado a um estado de espírito.
O que falta para que tudo seja poesia? Qual estado faria com que todos fossem poetas?

Se tudo fosse poesia o mundo seria melhor?
Se fosse melhor, teria poesia?



20 de Outubro comemora-se o Dia do Poeta.


Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade: Os nomes que destaco nesta data.
Mas a definição de poeta, quem dá é Fernando Pessoa:
"O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor."

Tecnologia e Romantismo invadem show da dupla sertaneja Fernando e Sorocaba


Leiam e ouçam a entrevista.

Problema


O pior não é a falta de tempo para fazer as coisas, mas sim a incompatibilidade de horário para fazer com aqueles que gostamos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dia do Médico


No dia do médico não dá para questionar a saúde pública.
Nesse dia também não podemos falar da qualidade do atendimento do SUS.
Sobre as instalações dos hospitais, também não é válido discutir.
O fato é que, o que não sou capaz de expressar, alguém já teve essa capacidade.
Era isso o que eu queria dizer, mas o autor da frase o fez antes e com maestria:

"Não é o diploma médico, mas a qualidade humana, o decisivo." (Carl Gustav Jung)

Furo!


Orifício. Buraco. Rasgo.
Ponto aberto.
Trégua. Respiro.
Abertura. Pássivel de fechamento.
No jornal é o que vem primeiro.
E se os últimos um dia forem mesmo os primeiros?
A certeza ou imprecisão?
Antes ou mais?
Contentar-se depois?
Não. A adrenalina de furar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hoje em dia...


Superficialidade.
Descompromisso.
Lance.
Paixão?
Momento.
E depois?
Não tem.

Recomeçar como Santa Edwiges recomeçou


Ontem, dia de Santa Edwiges, o que era para ser um sermão consensual deu-me força.
Que ela é santa dos necessitados, pobres e endividados, eu já sabia.

Foi sob a proteção de Edwiges que fiz a primeira comunhão e foi ela quem olhou por mim quando reafirmei minha fé no Crisma.

Santa Edwiges não só abriu mão da riqueza. Ela, não apenas ajudou os pobres e aqueles que precisavam, passou por provações. E recomeçou. Depois de ter seis filhos, foi para convento. Vida nova. Nova via.

Recomeçar. Qual é momento certo?
Que fim merece um recomeço?
Começar de novo, por onde?
Mudar tudo?
Cometer os mesmos erros?
Arriscar ou permanecer na defensiva?
Sozinho ou acompanhado?
Com medo ou cheio de coragem?
E se for cedo?
Mas, pode ser tarde...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estamos começando pelo fim...


A raiz do problema talvez não esteja sob a terra.
O início da história pode não estar nas primeiras páginas.
O amor as vezes não começa pela amizade.
O primeiro nem sempre é o que começou antes.

Tentei encontrar o porque da superficialidade dos relacionamentos. Foi conversando que consegui um argumento convincente.
-Gláucia, estamos começando pelo fim.

Olhar. Pegar nas mãos. Tocar. Acariciar a face. Um beijo de ladinho para dar tchau. Conversa. Conversa. As flores. O jantar. O silêncio. O meio. O fim.

Nos dias "atuais", nós trocamos a ordem. Começando pelo fim, para que chegar a olhar?
Vamos logo aos "finalmentes".
Temos fim, mas sem o começo e meio, não se solidifica uma história.
Final feliz? Não. Sem os antecedentes, perde-se, inclusive, a referência de felicidade.
Tudo, simplesmente, acaba. Sem, no entanto, ter começado.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Foi assim, minha primeira vez...


Respira. Solta. Respira. Solta...
Aprendi a respirar esses dias. Respirar e perceber a respiração.
A correria é tanta que não só, não tive tempo de escrever, como também, não me lembro se cheguei a respirar.
Agora estou respirando e consigo aqui escrever o que guardei pra mim, com muita vontade de contar. Nem que fosse só para o papel. Só para a tela.

Tive minha primeira vez. Foi de madrugada. Quase tudo novo.
Depois que foi, na rua chovia... Uma chuva esperada... Uma chuva que não vinha. Caiu na minha primeira experiência. Veio lavar, ou regar essa vez. A vez que a gente nunca esquece.

Não, eu não estava sozinha.
Aliás, muita gente ao meu redor. Foi isso que fez ser tão especial.

Participei pela primeira vez de um momento histórico para política (minha paixão), instante que também se eternizará nos livros referente à Campinas (minha cidade). Minha figura era credenciada. Credenciamento de imprensa (esse que sempre foi e continua sendo meu sonho profissional: o Jornalismo).
Fui "testemunha ocular da história" (que orgulho!). Estive presente na votação que culminou no impeachment de Hélio de Oliveira Santos, então prefeito de Campinas.
Para mim não parecia verdade. Primeiro, o resultado favorável à cassação pareceu-me extraordinário demais para ser real, dada a sociedade em que vivemos, onde a impunidade e a história do foro privilegiado parecem simplesmente serem imbatíveis. Segundo, eu estava com o sonho de ser jornalista sendo lapidado....

Vi com esses olhos. E falei algumas palavras (duas ou três) que estiveram na transmissão especial da Rádio CBN.
Não foi simplesmente uma realização profissional, pois cheguei a sentir um gosto de cidadania. Não vou entrar no mérito se deveria ou não ser cassado, mas ver o povo (sim, era pouca gente, mas...) cantar o Hino Nacional deu uma nostalgia. Saudade de um tempo que nunca vivi e não tenho a certeza se alguém já vivenciou.
Foram horas aguardando. Horas. Demoraram para passar. Sono? Sim. Vontade de dormir? Nenhuma!
Os vereadores liam as centenas de páginas. Os jornalistas esperavam. Eu, enquanto estagiária tive oportunidade de conhecer colegas de trabalho, conversar, rir e me apoiar em alguém quando batia a preguiça.

Sai com olheiras sob os olhos. Dentro deles, luz! Eu estava feliz. Feliz por ter mais uma vez a certeza de que escolhi a profissão que me satisfaz. Sabe, parece que é isso que quero pra mim. Virem quantas madrugadas virarem. Leiam quantas páginas queiram ler.

Respirei, soltei. Agora pude registrar.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Campinas: O que esperar?


Desenvolve-se economicamente. Retrocede-se na parte ética e moral.

A Comissão é Processante: o processo está em andamento. Uns acompanham ansiosos. Outros nem tanto, já prevendo o final.
As expectativas são poucas, afinal a água, que seria nossa maior riqueza, tornou-se fonte. A fonte da fortuna deles.

Se há torcida? Também não. Não temos ânimo para tal. É difícil conviver assim. Se vivemos na legalidade não podemos adquirir o produto. Podendo pagar pela mercadoria, caímos na ilegalidade. O ilegal que sustenta. Sustenta famílias e também a marginalidade.
Na escala nacional também sentimos desamparo. Temos uma lei que passou por atualizações: um novo Código em que se prende para depois soltar.

Como crer num cenário em que a minoria decepciona a maioria e se quer se envergonha da situação?
Não dá mais para ter sonhos. Eles foram embargados.

Se há provas de tudo isso? "Desconheço".

quinta-feira, 30 de junho de 2011

É muito mais fácil fazer o mau. Já repararam?




É sempre mais fácil desviar, que encontrar o caminho certo.
Facilidade temos em destruir (as vezes basta um sopro), e dificuldade encontramos para construir (pode demorar anos).
Muito fácil gastar, o difícil é poupar dinheiro.
Machucar se faz com facilidade, mas curar, as vezes, não está sob nossa capacidade.
Já repararam como o texto de um drama nos convence, porém uma piada pode nos parecer patética demais? Sim, é muito mais fácil fazer chorar, do que rir.
Muito mais fácil desagradar do que ser agradável a todos.
Dizer eu te amo as vezes nos envergonha, no entanto demostrar indiferença não nos intimida.
Lembram da escola? Não era muito mais trabalhoso tirar a nota dez?
O vilão nunca cai na demagogia do mocinho.
Mentir machuca menos que falar a verdade, na grande maioria das vezes.
Como é fácil pisar, e como não gostamos de nos curvar.
Sujar não é muito mais fácil que manter limpo?
"Pegar" pode nos dar muito menos trabalho do que "conquistar".
O abandono é muito mais fácil que arriscar uma criação.
Descumprir não é tão difícil como manter-se "na linha".


A tristeza as vezes vem mais rápido que o sorriso. E pode até durar mais que a felicidade. Mas o que fica são os momentos felizes ou as pessoas que nos apoiaram nos momentos tristes. O que fica, no fundo, é o que foi de bom. Será que fica muito? Se optarmos pela facilidade, até nossas recordações estarão comprometidas. A gente se orgulha do passado difícil, aquilo que veio fácil tentamos esconder, já notaram isso?

Afirmar que encontrei, que construi, que poupei, curei, que fiz rir, que agradei, amei, me esforcei, fui bom pra mim para os outros, que fui honesto, que me redimi, que tornei límpio, e que consegui cumprir à risca, nos orgulha. Orgulho de ter vivido uma vida que valeu a pena, apesar da dificuldade. Uma vida difícil não é sinônimo de vida infeliz.
Há um provérbio chinês que nos diz: "Difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto."


Disse certa vez Vladimir Maiakóvski: "Não é difícil morrer nesta vida: Viver é muito mais difícil."

O que vocês preferem?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ficção ou Realidade?


Peço licença aos leitores, peço desculpas aos grandes críticos da arte. Neste post, faço minha primeira "Crítica de Arte", e por ser primeira peço compreensão e se possível ajuda de todos. Faço uma crítica da novela "Morde e Assopra" e ouso compará-la com momento político que Campinas passa em seu alto escalão. (Estou aberta a críticas, sugestões e elogios. Espero que "segunda", "terceira"... sejam melhores. Obrigada.)


Campinas passa por uma crise no alto escalão do Executivo da cidade. Empresários, Secretários e Diretores da empresa de fornecimento de água da cidade, a Sanasa, estão sendo investigados pelo Ministério Público, sobre supostas irregularidades em licitações entre a Prefeitura e a empresa . Para alguns a “Casa Caiu” na prefeitura de Campinas. Caiu para o prefeito, Hélio de Oliveira Santos, e para a primeira-dama, Rosely Nassim Jorge Santos.

Sem querer prever o final da novela, mas sabendo que todos os finais desta forma de entretenimento são previsíveis, na obra atual de Walcyr Carrasco, “Morde e Assopra”, a tendência é seguir este caminho. Uma primeira-dama que faz tudo por dinheiro, desde cortar a merenda das crianças, até oferecer propina para quem estivesse na licitação se assemelha às acusações que caem sobre Rosely e o final, na melhor das hipóteses só poderia ser esse. “Primeira-dama de Campinas está foragida” estampa as notícias da realidade. Assim, seria o final feliz da trama.

A atriz Elisabeth Savalla, interpreta a mulher do prefeito Isaias, (interpretado por Ary Fontoura) Minerva, uma sociality esnobe, com ar de superioridade e arrogância. A trama na casa do prefeito se resume a exageradas cenas caricatas, numa caricatura que se aproxima ao choro das novelas mexicanas, mas que, no entanto, veio a calhar com a realidade campineira.

Se a ficção copia a realidade, ou vice-versa não se tem um consenso, mas o fato é que a realidade de Campinas parece ficcional demais para ser verdade, e a ficção de Walcyr Carrasco á fantástica ao extremo para ter algo de real. No entanto, ambas afirmações se mostram incorretas. Em Campinas, o que era de pedra se desmoronou e na novela o que é fruto de imaginação, concretizou-se. Se não bastasse a semelhança física entre Minerva e Rosely (faces enrugadas, coberta por botox e mau humor estampado no rosto), ao que sugerem as investigações, a primeira-dama da novela e a da metrópole têm o mesmo instinto, a mesma força, a mesma coragem e a mesma ousadia. Talvez, tenham os mesmo objetivos.

Rosely é investigada no “Caso da Sanasa” como a “chefe” da quadrilha que fraudava licitações. O prefeito de Campinas diz que não sabe nada, nunca viu nada e confia piamente na inocência de sua mulher. Na novela, Minerva ainda não é investigada, mas a cumplicidade com seu marido assemelha-se ao que aparenta ser o relacionamento entre Hélio e Nassim. Minerva manda em Isaias. Em Campinas, Hélio parece ser mandado por Rosely. Ou tenta parecer que assim o é.

A novela que peca pelos clichês, utopias e efeitos ultrapassados, outrora usados em Jurasic Park, acertou no exagero, que na verdade nada tem de exagerado. Apelou para o riso, embasado numa crítica política. Criou uma história, que se tivesse começado depois, poderia ter sido inspirada no Executivo campineiro.

Walcyr Carrasco apostou na história, mas não quis arriscar na atriz. Elizabeth Savalla, uma das divas globais já foi Jezebel de Canto e Mello, em “Chocolate com Pimenta” (2003), Agnes em “Alma Gêmea” (2005), Rebeca em “Sete Pecados” (2007), e a popular Socorro de “Caras & Bocas’ (2009), todas do autor Carrasco. A começar pelos títulos das novelas, o Walcyr, embora de excelente texto literário, não inova e cai nas redundâncias e frases de senso comum, metáforas chulas e popularescas, que servem bem para o entretenimento da novela, mas deixam a desejar quando o assunto é arte.

Numa história em que se mistura robôs futurísticos, com dinossauros pré-históricos, a parte política se sobressai, já que permite a identificação entre o telespectador. O que se vê na ficção é o retrato da corrupção dos bastidores de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, e de qualquer outro lugar que exista dinheiro, oportunismo e politicagem.

Faz-se a crítica desta sociedade corrupta, porém, como o instrumento da mensagem não passa de um programa diversional, não há espaço e talvez nem interesse de despertar o senso crítico do expectador, que sentado no sofá, simplesmente ri das piadas, já manjadas, mas que servem para passar o tempo, e dar graça àquilo, que, com perdão do trocadilho, não passa da nossa desgraça. A política da novela reflete a política da sociedade, que por sua vez é reflexo de sua sociedade.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O problema não é esse...


Não é presente, não é gesto, tampouco uma palavra.
As vezes uma simples expressão, algo que nos toque: Não para que a gente sinta... Mas para que o coração palpite.
Não escrevo sobre amor, porque as palavras são poucas para tal.
No entanto, falo das relações ou do que restou delas.

A gente quer amigos, mas eles as vezes querem mais do que nossa amizade.
As vezes queremos uma flor, mas ela vem com espinhos.
Em outras ocasiões queremos carinho, porém não temos tempo de relaxar e nos dar o luxo de senti-lo.
Algumas vezes receber um olhar já nos alegra. Mas, já reparam como a gente está sempre desviando os olhos?
Queremos ajudar, mas o individualismo desta sociedade impede-nos. Não é orgulho. É falta de costume.
Ninguém pode nos oferecer aquilo que precisamos. Mas podem nos ajudar a suprir nossas necessidades.

O grande problema do mundo não é homem, mas se frustrar com as ações deles.
O que nos entristece não são as tragédias, mas o fato de não conseguirmos evitá-las.
Não é o que poderosos fazem que nos revolta. Ficamos indignados por não saber lidar com esse tal poder.
O egoísmo dói, mas o que machuca é a insensibilidade.
As dificuldades nos fortalecem, mas o medo de enfrentá-las nos desanima.

Não peço, nem espero muito das pessoas. Não por descrer nelas, mas simplesmente porque, o pouco que podem proporcionar já é suficiente.

Um sorriso: não é pedir muito, é

terça-feira, 5 de abril de 2011

Isso faz sentido?


O problema da folha em branco, se soluciona com uma ideia.
Sem ideia, como ter solução?

Queria escrever sobre algo, mas esse algo não sai.
Assuntos não faltam, mas a criatividade as vezes se torna escassa.

Não quero falar de problemas, pois ainda não sei como resolvê-los.
Não quero falar sobre mim, pois isso, a poucas pessoas interessa (sem a grosseria do termo).

Preciso simplesmente escrever, e quando necessitamos de simplicidade, a confusão é inevitável.
Ocupo esse espaço não pra dizer, mas desabafar. Não pra informar, mas para compartilhar.

Vocês já passaram por isso:
Ter vontade de algo e se quer desconfiar o que vem a ser esse algo?

A vida não é fácil, mas descofio que sejamos nós os complicadores dessa história.
A história é difícil, mas logo chega ao fim. É nossa única certeza.

Talvez alguns fatos tenham me abalado.
Porém, o que importam os abalos? Depois tudo não volta ao eixo?

Como concluir um texto que não começou?
Como me desculpar por tantas palavras que não têm sem sentido?

Alguém já passou por isso?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Filhos: Melhor não tê-los?


Como é importante a gente conversar com as pessoas, não é verdade?
A gente pode desabafar, compartilhar alegrias, sofrimentos. Aprender e ensinar.
É nas conversas mais simples e desinteressadas que ganhamos mais. É na sinceridade da confissão que crescemos enquanto pessoas.
Trocando ideias nada se divide, simplesmente multiplica-se.

Uma conversa sem pretensão ou expectativa acabou me fazendo refletir.
Falava com uma jovem senhora e o assunto era a tragédia no Japão. Como dói ver aquelas imagens, saber que tanta gente se foi e tantas não tem para onde ir
Falamos das vidas e também do que a natureza tem feito com elas.
Num momento paramos e pensamos: Antes também estávamos em fúria. Provocamos, sem piedade, o meio ambiente.

Claro, mudanças climáticas, no eixo da terra, as placas tectônicas fazem parte do ciclo natural. É pretencioso demais pensar que não passariamos por isso.
Sim, temos tecnologias, conhecimento e muita ciência. Mas a gente se esquece que a natureza não está subjulgada a nós. Pelo contrário somos meros integrantes dessa mãe.

A mulher que conversava pegou esse ponto de respeito á natureza e me disse que de certa forma ela fazia sua parte.
A senhora não tem filhos.
Confesso que na hora não entendi. Logo, veio a explicação.
Colocar filhos no mundo é colocar mais algumas horas no banho, mais energia elétrica dispensada, mais lixo para o planeta, e até depois de um tempo, mais um carro. Em outras palavras, um filho também seria sinônimo de mais emissão de gás carbônico.
Ela tinha toda, toda razão.
Quem em sã consciência quer ter um filho?
Os conscientes ambientais saberiam o dano que isso pode causar ao ambiente.
Os conscientes sociais não colocariam mais um ser pra sofrer. Sofrer para ser alguém na vida, e ainda engolir uns sapos desta sociedade.

Sempre tentei ter o máximo de consciência possível. Mas as vezes a utopia predomina o meu ser.
Quero ter filhos, mesmo sabendo que isso pode significar um ato agressivo de minha parte.
Confesso que prefiro ser inconsciente, pois assim posso ter esperança.

Descarto os impactos que uma nova vida pode gerar. Não por não valorizar o meio ambiente, mas pelo simples fato de que minha característica "sonhadora" e esperançosa acredita que essa nova vida pode sim ter uma atuação a mais na natureza. Utopista que sou, acredito que esse agir pode ser positivo.

Muita gente ainda vai nascer como simples poluidores. No entanto, quem sabe nessa remessa de gente não venha um. Apenas um com algo mais. Algo capaz de mudar nossa sociedade.
Quem sabe esse alguém nos traga a real consciência: Quem somos, à quem pertencemos e quais limites devemos respeitar. Para o nosso bem.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Uma fome que podemos saciar


Distraidamente. Essa é palavra.
Um passo depois do outro. Exatamente como me ensinaram. Só tome cuidado com a bolsa. Não se distraia tanto.
Andar pelas ruas do centro de Campinas não é passear. O fluxo de veículos, o cinza do asfalto e as luzes dos cruzamentos tornam o caminhar, uma simples alternação de pernas, de forma rápida já que o objetivo é chegar logo. Claro, estamos sempre atrasados.

O fato é que muitas coisas encontramos no caminho. Teve gente que encontrou pedras. Hoje, muitos encontram buracos.
O fato é que também encontramos coisas boas, mas a pressa ou a desatenção não nos faz ver. Enxergamos para não sermos atropelados. Desviamos para não passar por cima. Mas reparar, ninguém repara.

De bolsa e sacola, eu andava. Os carros corriam e o sinal de pedrestre sugeriu que eu aguardasse.
Distraida fui surpreendida. Abordada.
Ainda bem que ela assim o fez. Senão não seria vista. Olhos fechados. Tentando não enxergar a realidade. Ainda bem que tem gente que grita!

Uma senhora, de baixa estatura, traços de sofrimento, traje de pobreza. Pediu-me um trocado. Como muitos fazem durante nosso caminho.
Eu tinha a moeda, mas tirar da carteira me traz receio... Receio de coisas que me dizem. Medos que me colocam.
O fato é que não daria esmolas. Porém, trazia na minha mão um pacotinho de bolachas.
Sequilhos de milho, para ser específica.

Os olhos da senhora fitaram o que tinha entre meus dedos. E não tive dúvida. Era o olhar da vontade. Não de ter algo, mas a vontade de saciar a fome.
Dei os biscoitos.
Não senti o gosto do milho. Mas um outro sabor saciou a minha fome, que diferente da que ela sentia, não era de comida.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ainda não falaram tudo


"Você ainda não escreveu nada sobre as mulheres?" - Gritou minha mãe.
Não... Já falei tanto de nós... Vai ficar chato. É dificil falar de si mesmo.
Aliás, difícil não é. Mas se a gente ressalta as qualidades sentem falta da modéstia. Se tentamos reconhecer os defeitos, dizem que aquilo que outrora fez falta, agora é uma dissimulação.

Todo mundo já falou de nossas conquistas. Alguns lembraram-se de agradecer as opeárias de Nova Iorque.
Tem gente que ainda lembra do tempo em que se era mulher do homem, e não mulher após ser menina.

No ano passado, nessa mesma data, um post com mesmo assunto fluiu no blog (http://blogs.cbncampinas.com.br/estagiarios/Sao-so-garotos). Nele ressaltei a mulher contemporânea, que não perdeu a sensibilidade do passado, os dotes da submissão, nem o conforto do colo materno que chegou a carregar no ventre meninas e meninos. Não perdemos nosso lado delicado, nosso gosto pelos cortejos. Só ganhamos: Experiência e também soubemos criar e aproveitar as oportunidades.
Em 2010 ressaltei o papel de destaque das mulheres na eleição (http://blogs.cbncampinas.com.br/estagiarios/Mulheres:-de-todas-as-cores,-de-varias-idades...).

Depois pude escrever sobre vitória de uma delas. Na posse os holofotes não estavam só sobre a "presidenta". Mais gente roubava a cena. Claro, tinha que ser mulher. Marcela Temer lançou até moda. A das tranças. (http://blogs.cbncampinas.com.br/estagiarios/Mas,-quem-e-a-nova-presidente(a))

Depois, o ano virou, mas nós mulheres jamais saimos de pauta.. Uns falam da sensibilidade, do nosso olhar diferente sobre o mundo... Mas há quem diga que estamos cada vez mais parecidas com eles. (http://blogs.cbncampinas.com.br/estagiarios/Mulheres:-Presas-ou-predadoras).

Parece que já falei de tudo sobre nós. Se não falei, com certeza já falaram.
Escrever o que todos sabem me parece fútil demais.
Escancarar o que é visível surge como desnessário.
O problema é que as vezes o importante surge da futilidade, o vísivel a gente simplesmente enxerga, sem ver.
Outro dia li: "As coisas indispensáveis de nossa vida, geralmente, aprendemos com mulheres."

Pra mim, isso faz muito sentido.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O balanço do busão, orquestrado por palavras


"No balanço do busão no fungado da Sanfona.
O que atrapalha é o braço da poltrona"
Não lembro da letra na voz de Miltinho... Mas não me esqueço do Falamansa interpretando esse forró.

Foi nesse mesmo balanço, porém sem o embalo do instrumento que deixei de reclamar da lotação nos transporte público. Sequer me importei com o peso do meu material, e não me indignei (as vezes a gente tem que fechar os olhos) com os senhores que não tinham onde sentar.
Horário de pico. Muita gente indo pro trabalho. Muito estudante indo pra aula.

Quem está sentado, dorme. Os de pé, invejam.

As freadas não me incomodaram. O aperto não me sufocou.
Fixei o olhar na senhora a minha frente. Ela estava com os fones de ouvido, como a maioria. Sentada, a mulher lia um pequeno livro. Nele, pequenas reflexões.
De pé, eu tentava acompanhar a leitura.

Os olhos engoradaram e com um pouco de força consegui. Que delícia aquelas palavras.
Eram frases sobre as mulhres, proferidas por elas.
Não sou feminista, mas gosto da valorização da mulher, da mesma forma que reconheço o mérito dos homens.

O percurso do ônibus é longo. Demora...
Mas, pressa pra que quando se tem tanta coisa para ler?
Algumas vezes, a senhora era mais rápida e virava a página antes de eu concluir a última linha... Tudo bem, tudo bem...

Consegui ler que as mulheres não querem ser oprimidas, e também não serão opressoras.

E isso fez sentido: Queremos sim nosso lugar, mas ele não compromete o posto dos homens.
Sim, nós queremos igualdade, mas não homogenia.
Queremos ser reconhecidas, mas para isso ninguém perderá seu mérito.
A gente quis sair de casa, mas o lar continua com o aconchego materno.
Tivemos necessidade de ir além, mas a gente sabe o caminho pra voltar ao começo.
Temos uma representante na presidência, mas antes do título "presidenta" (como alguns preferem) era chamada de mãe.

São homens e mulheres no embalo do ônibus.
São trabalhores e trabalhadoras.
Se a gente só reclamar do sufoco não perceberemos o que nos cerca.
Já pararam pra pensar quanta coisa foi escrita?
Quantas delas nós já lemos? E se lemos, refletimos?
Um livro distrai.. E ameniza o custo dos R$2,85 de uma tarifa de ônibus.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mulheres: Presas ou predadoras?


Dizem que um dia é da caça, mas que outro, invariavelmente, será do caçador. Não só os papeis se invertem, como a situação já é outra.
Aliás, a sociedade é outra!

Buscando clareza às palavras, vamos esquecer as metáforas e colocar "nome aos bois".
Outrora eles, homens, caçavam. Nós, mulheres, nos conformavamos em ser o alvo do flerte.
Agora, nada de conformismo. Muito menos de esperar que acertem no ponto.

Fora da toca, nós já estavamos. Algumas mantinham-se na defensiva... Outras aproveitavam o "ar livre" para a troca de olhares, os primeiros lances desse jogo.

Mas hoje, tudo é diferente. Muitas já estão no campo dos "adversários" e partem para o ataque.

Atacam quando na verdade são boas na defesa. Lançam o dardo, mas ficam bem melhores entre os círculos da placa de tiro ao alvo. Querem ser como eles, porém não tem aquela música: "Homem é homem, menino é menino"? Pois é, eu acrescento: Mulher é mulher!

Confesso que não me vejo do lado de lá do campo... Mas admiro quem tem coragem de chutar ao gol.

Por que eles tem que nos escolher e não o inverso?
Uma boa pergunta!
Por que eles têm que vir até nós e não a gente ir até os rapazes?
Essa é fácil: oras, eles não estão de salto!

Que vantagem teríamos ao estar no ataque?
E eles ao serem defesa?
Quermos ser iguais?
Iguais em direitos... A própria fisiologia não nos permite igualar além de tal...

Sabe de uma coisa... Talvez, nessa "inversão" de papeis as "cantadas" saiam ganhando. Afinal, mulheres, vocês teriam coragem de dizer: "Seu pai é piloto? Nossa, você é um avião!"
Teriam?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Do verde pro branco, do amarelo para o preto. E agora, com que cor colorir?


Sou sim dessa geração. Da geração da camisa nove. Do verde mais verde, e do amarelo quase ouro.
Vi o Brasil ser penta. Vi Cafú erguer a taça. Ao lado do capitão, estava o "fenômeno". (Alguém tem a foto?)

Lembram dos gols? Era bola no pé...De lá, o destino sempre foi a rede. Pra expressar, só por grito. Grito de Goooooollll!!


No começo da carreira estava em forma. O cabelo sempre raspado. Sempre não, quase sempre... Lembram daquele exótico corte? Pra mim foi a la "Cascão", se é que me entedem.
Depois questionaram a falta de "forma". Estava acima do peso... Mas o pé... Esse continuava sabendo o caminho da glória.


Despediu-se no Corinthians, como ídolo dos brasileiros.
Quem honrou as cores de nossa pátria, terminou no preto e no branco, mesclando a falta e a união de todas as cores.

Falta... O que faltou nessa carreira?
Foram escândalos, muitas polêmicas. Filhos, mulheres e gols...
Falta de dores? Não, essas o atormentaram.
Falta de garra? Negativo, isso ele sempre teve.
Falta? Falta? Talvez tenha faltado tempo. Tempo de seu corpo acompanhar sua mente. A cabeça manda, o corpo já não obedece.

Missão cumprida?
Bem cumprida!

O que dizer ao Ronaldo?
Muito obrigada. Valeu por tudo. Parabéns. Força!
A gente só não consegue dizer "tchau"... Despedida? Não, é uma nova fase. Nova fase pra Ronaldo e também para o futebol nacional e internacional.

O que muda? Dos gramados esperamos vê-lo nas arquibancadas... Dos pés, nossos olhos se voltam ao olhar deste brasileiro. Da forma física passamos a valorizar os atos. De jogador, passa a ser um filho, um homem, um pai... O nosso ídolo!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O POVO DERRUBOU O GOVERNO!


"Estamos falando de uma população consciente de seu direito civil." (Mohamed Habib).


As coisas são gradativas.
Um sussurro, logo cochicha-se. Ousa-se falar. Quando se ouve, um grito. Não demora, mais gente grita.
Começam com um toque. Logo, fica forte... Vem a dor. Dá dor, a morte.
Transmitia-se. Ficou difícil transmitir... Foi cogitado. Cogitado proibir!
Primeiro viamos tudo, depois fecharam nossos olhos. Tentaram...

O que vale mais: Os longos 30 anos? Ou a intensidade de 18 dias?

Não renuncio. Fico. Fico ,nem que por simbologia... Eu fico!
Não, ele não ficaria...
Tudo é gradativo... E nada definitivo.
Renuncio e vou embora.
Embora do Egito. Ele fica, fica na história.
O povo também fica: Com vitória.

Hosni Murabak deixou-os.
Quando Sarney nos deixará?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Seria bem mais fácil, mas...


Se cruzasse a perna pra pessoa certa...
Jogasse o cabelo para o partido da vez.
Se explorasse o mais belo de mim...
Ou usasse a mais ousada das roupas.

Se entrasse no sitema,
Ou aprendesse o jogo...
Se esquecesse dos princípios...
Vivesse por mim. Exclusivamente.

Se desviasse, como desviam...
Devia ter a cara de pau que têm.
Ah, se convecesse, como convecem.

Se conseguisse não olhar o próximo...
Talvez assim me renderia. Renderia-me a tudo que persevera nesse país.
Posso não ser perseverante, mas honesta, isso me ensinaram a ser.


Inspiração: "Trabalho honesto também é produtor de riqueza num país que persevera na desonestidade e na corrupção." (Regina Villela).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Só não pode ter fila. Só não posso esperar...


Alguém me convida pra fazer algo hoje a noite?
Quero fazer alguma coisa... Qualquer coisa...
Ah, só não pode ter fila!

Sim, fiquei horas na fila hoje... Quando não é fila, é senha... E quando a gente pega a senha.. Ai, sentem-se. E esqueçam da vida.
Fila nos serviços. Pra entrar nos locais... Fora o trânsito. Parem de buzinar! Não percebem que todos os estacionamentos estão lotados?!

Reclamo de pé.. Talvez se estivesse sentada as críticas fossem menos árduas... Mas, o salto machuca.. E nós, mulheres, cismamos de parecer mais altas...

Como a gente reclama!
Sou só mais uma indignada com a demora nos órgãos públicos.
O fato é que a gente sempre faz isso: Reclamamos de "barriga cheia". E isso pode ser também, no sentido literal.

Vejam só: Não estava sentada, porém também não estava doente, como aqueles que aguardam horas para atendimento médico. Meus pés doíam.. Mas não corria o risco de um infarto.

Estava sozinha na fila, mas não abandonada, como aquelas que aguardam... Esperam um lar... Procuram ser filhos de alguém.

Tinha pressa, mas não a pressa de alguém que precisa de um órgão vital.

Estava atrasada, mas o atraso não refletiria na refeição do outro dia, como acontece com muitos pais de família. Eu poderia voltar "amanhã". O estômago não iria reclamar...

-Eu pago imposto! Quero ser atendida!

Ao sair, na calçada, um senhor, fora de filas, isento de impostos... Cidadão como eu. De "carne e osso", como nós... Só não mora como nós moramos. Deve pegar mais sereno nas noites.

Ao ver a cena, minha ira pelas horas "perdidas" na fila se tranformou em indignação...
Revoltei-me contra mim (com nossos representantes a revolta está virando deseperança): Como pude dar tanta importância para uma fila, enquanto gente lá fora também esperava.. Esperava... Não pra ser atendido, mas para ser visto, ser aceito, ter seus direitos reconhecidos... Ou simplesmente aguardava uma refeição digna.

Era quase meio-dia...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Quem é a "presidenta"?

Esqueceram. Só podem ter esquecido.
Não lembraram. Deve ser isso: problema de memória.
Não falaram disso. Preferiram aquilo.
Destacaram o que seria o plano de fundo. Tiraram a importância, do que devia ser ressaltado.
Não foi a chuva, pois logo fez sol. Deve ter sido a correria.
Muita gente. Nem tanta gente como ela.
Todos iguais. O que mudava era a gravata, talvez.
Quem lembra do discurso? Do penteado ninguém esquece. Se esquecer é só abrir o jornal.
Ela roubou a cena. Nem o "cara" conseguiu reverter a situação.
Na Internet, a outra (sem o caráter pejorativo de palavra) foi um dos assuntos mais comentados no mundo. A primeira presidente deve estar nesses assuntos nos próximos quatro anos. No dia foi afoscuda. Aquela, tinha mais luz.
Na posse de Dilma, quem ganhou os holofotes foi Marcela.
A seriedade de Rousseff, apagou-se com jovialidade de Temer.


Beleza, ação, conteúdo, ou simpatia?
O que querem os brasileiros?
Com certeza, não querem discutir política...