quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mulheres: Presas ou predadoras?


Dizem que um dia é da caça, mas que outro, invariavelmente, será do caçador. Não só os papeis se invertem, como a situação já é outra.
Aliás, a sociedade é outra!

Buscando clareza às palavras, vamos esquecer as metáforas e colocar "nome aos bois".
Outrora eles, homens, caçavam. Nós, mulheres, nos conformavamos em ser o alvo do flerte.
Agora, nada de conformismo. Muito menos de esperar que acertem no ponto.

Fora da toca, nós já estavamos. Algumas mantinham-se na defensiva... Outras aproveitavam o "ar livre" para a troca de olhares, os primeiros lances desse jogo.

Mas hoje, tudo é diferente. Muitas já estão no campo dos "adversários" e partem para o ataque.

Atacam quando na verdade são boas na defesa. Lançam o dardo, mas ficam bem melhores entre os círculos da placa de tiro ao alvo. Querem ser como eles, porém não tem aquela música: "Homem é homem, menino é menino"? Pois é, eu acrescento: Mulher é mulher!

Confesso que não me vejo do lado de lá do campo... Mas admiro quem tem coragem de chutar ao gol.

Por que eles tem que nos escolher e não o inverso?
Uma boa pergunta!
Por que eles têm que vir até nós e não a gente ir até os rapazes?
Essa é fácil: oras, eles não estão de salto!

Que vantagem teríamos ao estar no ataque?
E eles ao serem defesa?
Quermos ser iguais?
Iguais em direitos... A própria fisiologia não nos permite igualar além de tal...

Sabe de uma coisa... Talvez, nessa "inversão" de papeis as "cantadas" saiam ganhando. Afinal, mulheres, vocês teriam coragem de dizer: "Seu pai é piloto? Nossa, você é um avião!"
Teriam?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Do verde pro branco, do amarelo para o preto. E agora, com que cor colorir?


Sou sim dessa geração. Da geração da camisa nove. Do verde mais verde, e do amarelo quase ouro.
Vi o Brasil ser penta. Vi Cafú erguer a taça. Ao lado do capitão, estava o "fenômeno". (Alguém tem a foto?)

Lembram dos gols? Era bola no pé...De lá, o destino sempre foi a rede. Pra expressar, só por grito. Grito de Goooooollll!!


No começo da carreira estava em forma. O cabelo sempre raspado. Sempre não, quase sempre... Lembram daquele exótico corte? Pra mim foi a la "Cascão", se é que me entedem.
Depois questionaram a falta de "forma". Estava acima do peso... Mas o pé... Esse continuava sabendo o caminho da glória.


Despediu-se no Corinthians, como ídolo dos brasileiros.
Quem honrou as cores de nossa pátria, terminou no preto e no branco, mesclando a falta e a união de todas as cores.

Falta... O que faltou nessa carreira?
Foram escândalos, muitas polêmicas. Filhos, mulheres e gols...
Falta de dores? Não, essas o atormentaram.
Falta de garra? Negativo, isso ele sempre teve.
Falta? Falta? Talvez tenha faltado tempo. Tempo de seu corpo acompanhar sua mente. A cabeça manda, o corpo já não obedece.

Missão cumprida?
Bem cumprida!

O que dizer ao Ronaldo?
Muito obrigada. Valeu por tudo. Parabéns. Força!
A gente só não consegue dizer "tchau"... Despedida? Não, é uma nova fase. Nova fase pra Ronaldo e também para o futebol nacional e internacional.

O que muda? Dos gramados esperamos vê-lo nas arquibancadas... Dos pés, nossos olhos se voltam ao olhar deste brasileiro. Da forma física passamos a valorizar os atos. De jogador, passa a ser um filho, um homem, um pai... O nosso ídolo!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O POVO DERRUBOU O GOVERNO!


"Estamos falando de uma população consciente de seu direito civil." (Mohamed Habib).


As coisas são gradativas.
Um sussurro, logo cochicha-se. Ousa-se falar. Quando se ouve, um grito. Não demora, mais gente grita.
Começam com um toque. Logo, fica forte... Vem a dor. Dá dor, a morte.
Transmitia-se. Ficou difícil transmitir... Foi cogitado. Cogitado proibir!
Primeiro viamos tudo, depois fecharam nossos olhos. Tentaram...

O que vale mais: Os longos 30 anos? Ou a intensidade de 18 dias?

Não renuncio. Fico. Fico ,nem que por simbologia... Eu fico!
Não, ele não ficaria...
Tudo é gradativo... E nada definitivo.
Renuncio e vou embora.
Embora do Egito. Ele fica, fica na história.
O povo também fica: Com vitória.

Hosni Murabak deixou-os.
Quando Sarney nos deixará?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Seria bem mais fácil, mas...


Se cruzasse a perna pra pessoa certa...
Jogasse o cabelo para o partido da vez.
Se explorasse o mais belo de mim...
Ou usasse a mais ousada das roupas.

Se entrasse no sitema,
Ou aprendesse o jogo...
Se esquecesse dos princípios...
Vivesse por mim. Exclusivamente.

Se desviasse, como desviam...
Devia ter a cara de pau que têm.
Ah, se convecesse, como convecem.

Se conseguisse não olhar o próximo...
Talvez assim me renderia. Renderia-me a tudo que persevera nesse país.
Posso não ser perseverante, mas honesta, isso me ensinaram a ser.


Inspiração: "Trabalho honesto também é produtor de riqueza num país que persevera na desonestidade e na corrupção." (Regina Villela).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Só não pode ter fila. Só não posso esperar...


Alguém me convida pra fazer algo hoje a noite?
Quero fazer alguma coisa... Qualquer coisa...
Ah, só não pode ter fila!

Sim, fiquei horas na fila hoje... Quando não é fila, é senha... E quando a gente pega a senha.. Ai, sentem-se. E esqueçam da vida.
Fila nos serviços. Pra entrar nos locais... Fora o trânsito. Parem de buzinar! Não percebem que todos os estacionamentos estão lotados?!

Reclamo de pé.. Talvez se estivesse sentada as críticas fossem menos árduas... Mas, o salto machuca.. E nós, mulheres, cismamos de parecer mais altas...

Como a gente reclama!
Sou só mais uma indignada com a demora nos órgãos públicos.
O fato é que a gente sempre faz isso: Reclamamos de "barriga cheia". E isso pode ser também, no sentido literal.

Vejam só: Não estava sentada, porém também não estava doente, como aqueles que aguardam horas para atendimento médico. Meus pés doíam.. Mas não corria o risco de um infarto.

Estava sozinha na fila, mas não abandonada, como aquelas que aguardam... Esperam um lar... Procuram ser filhos de alguém.

Tinha pressa, mas não a pressa de alguém que precisa de um órgão vital.

Estava atrasada, mas o atraso não refletiria na refeição do outro dia, como acontece com muitos pais de família. Eu poderia voltar "amanhã". O estômago não iria reclamar...

-Eu pago imposto! Quero ser atendida!

Ao sair, na calçada, um senhor, fora de filas, isento de impostos... Cidadão como eu. De "carne e osso", como nós... Só não mora como nós moramos. Deve pegar mais sereno nas noites.

Ao ver a cena, minha ira pelas horas "perdidas" na fila se tranformou em indignação...
Revoltei-me contra mim (com nossos representantes a revolta está virando deseperança): Como pude dar tanta importância para uma fila, enquanto gente lá fora também esperava.. Esperava... Não pra ser atendido, mas para ser visto, ser aceito, ter seus direitos reconhecidos... Ou simplesmente aguardava uma refeição digna.

Era quase meio-dia...