quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

De Menina à Mulher


Um dia, percebemos que chegou a hora de encarar responsabilidades. Quando criança logo queremos ser adultos, e quando assim o somos, nos dá saudade da velha infância.
Na hora de sair, passear e namorar, nada como ser “gente grande”. Mas na hora de pagar a conta... Ah, como eram boas as saídas com papai e mamãe. Ir para escola era uma delícia quando criança, brincadeiras e coleguinhas. No entanto, quando se cresce, além de frequentar, é necessário estudar. Ser adulto para dirigir e ter independência. Fazer o que quiser, na hora que bem entender. Junto com a “maior idade” vem o trabalho, a responsabilidade, e na maioria das vezes os problemas. Mas problemas todos têm, e estes superamos, a partir do momento que atingimos maturidade. O trabalho é o plantio para colhermos bons frutos e as responsabilidades, são as águas que regam nosso jardim do ofício.
O triste é saber que quando crescemos, deixamos as bonecas e os carrinhos, e lá, no fundo do baú, fica também toda nossa espontaneidade, simplicidade e sinceridade, que só as crianças tem. Na idade adulta, constantemente nos auto-censuramos, ou somos censurados. Ficamos cada vez mais exigentes, mas nem sempre mais felizes.

Faço estas considerações pois, se não sou criança, também ainda não sou adulta. A juventude é a fase da transição, e minha atual situação comprova que não é fácil, embora seja muito divertido. Ao mesmo tempo que as responsabilidades começam a pesar, ora ou outra, ouso voltar a infância, e me divertir com amigos. Ao mesmo tempo que trabalho, dou-me ao luxo de sair com meus pais, naqueles passeios bem serenos, que faço desde de que conheço-me como gente. As roupas crescem, mais sempre que possível, há uma alusão à Hello Kitty, ou outra personagem de garotinha.
Não sei se sou “menina mulher”, ou uma “mulher menina”, mas sempre que posso, oscilo entre essas fases. Acho que é para isso que serve juventude. Despede-se da sapatilha, dando boas-vindas ao salto-alto.

Essa conversa pode parecer alienada, num momento em que tenta-se controlar a imprensa; o ano eleitoral é peculiar; e na América Latina, uma onda de autoritarismo assola a população; sem falar do caos no Haiti e as enchentes, que com tristeza dissolvem o sossego. Além desses, outros pontos recheiam os jornais e embora sejam importantes, ouso guardá-los para artigos futuros.
Por ora, restrinjo-me dizer que sempre irei lutar por uma imprensa livre e autônoma. As eleições aguardo com muita ansiedade, bem como as surpresas que esse ano nos reserva. A onda de autoritarismo causa aflição, num país em que o presidente já é considerado “O Filho do Brasil”, para muitos o único. O Haiti não falo, apenas sinto, bem como pelas vítimas das enchentes.

Este artigo marca um momento particular em minha vida. Cito a juventude, pois muitos já passaram por isso, e os que ainda não, um dia passarão. Acredito que alguns podem se identificar e assim compartilhar experiências.

Nesta fase de transição, as surpresas são constante e as vezes assustam. Exigem uma responsabilidade que na maioria das vezes não tenho, mas que logo preciso aprender a ter.

Amanhã, viajo para Amazônia. Um estado diferente, com costumes e tradições bem distintas. A primeira viagem sem meus pais. O primeiro trabalho independente. Uma transição, na qual cada dia mais, o salto está mais alto e o batom mais vermelho.

Estou feliz e satisfeita. Amanhã, direto de Manaus, começo a gravar meu primeiro documentário profissional. O roteiro engloba uma reserva sustentável da Amazônia, e posso lhes adiantar que o tema tem uma forte ênfase social e emocional. De lá, espero manter contato e atualizar conforme o possível, passando-lhes as experiências, as novidades e toda beleza que estes olhos irão presenciar.

Este espaço de comentários, reservo para sugestões, dicas, curiosidades e trocas de experiência em relação ao documentário e a região amazônica. Espero trazer na bagagem um grande enriquecimento cultural, que sem dúvida, dividirei com todos vocês.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Água da Vida, Água da Morte



Água. Nos rios e no mar. Que mata sede e nos banha. Azul e cristalina. Aguá que sobe da terra, que desce do céu. Em copos, em taças, em banheiras ou piscina. Água líquida e também em cubos de gelo. O vapor d'água. Água doce escassa. Água salgada em abundância. O líquido que cozinha e também dissolve. Água que benze e purifica. Água pura e a que poluímos. Frescor. Suavidade. Umidade. O azul que colore a paisagem. As gotas que as destrói.

São Pedro nos envia água, que traz consigo vida. Vida aos nossos jardins, nossas plantações e nossas floresta. Vida à terra árdua, vermelha e seca, implorando por água. Vida aos seres humanos. Vida.
A mesma água que cai na chuva traz consigo a tragédia. Tragédia no asfalto. No lar. Na casa. E na família. Chuva que cai e atrapalha o trânsito. Na enxurrada, leva consigo vidas. Vidas que antes, a própria água proporcionou. Chuva que desmorona. Destrói a casa. Deixa infeliz um lar. Leva os tijolos, os móveis e tudo conquistado. Soterra. Junto à terra, vidas. Vidas que um dia deu-se de beber. Vidas. Corpos. Mortes.
A enchente que assusta. Água que causa medo. Um medo de impotência. Cidades alagadas. Pessoas desabrigadas.

A chuva que descansa o sol, é a mesma que turva as tardes nas metrópoles. Água que enche os rios, é exatamente a que os faz transbordar. Água que vem do céu. Mas deixa muito sob a terra. Deixa vidas. Atrasa sonhos. Anula conquistas.
Abre-se o chão. Foi-se o alicerce.

Depois da chuva, sorri-nos o sol. Sorri-nos, para mais tarde nos abandonar. Abandona-nos na chuva. Água que vem do céu e que logo se transforma em água, que desta vez não vem da nuvens, mas sim dos olhos: Lágrimas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Coletiva de Imprensa - Presidente Luís Inácio Lula da Silva

Derrubando barreiras, para mover montanhas...


Dizem que o amor derruba barreiras e também move montanhas. No coração nossas paixões e aspirações. O amor pela família, o gosto pelos amigos, as paixões correspondidas e aquelas que se perder sem correspondência. A comida preferida, o passeio mais prazeroso, a profissão dos sonhos e os assuntos de grande interesses. É sobre estes últimos que escrevo, até porque o amor por meus familiares é constantemente expresso nas palavras de afeto e carinho, que eles me ensinaram; as amizades traduzem-se em todo incentivo que recebo;as paixões corriqueiras ou aquela que de fato mexe e é difícil de esquecer, deixo para um artigo mais futuro, que tenha um tom de confissão e esteja a vontade para tais.

Enquanto a coragem não vem, e talvez não interesse aos leitores minhas paixões mais íntimas, compartilho meus interesses, a partir dos quais perceberemos que as frases que iniciaram este texto são certeiras.

Sou apaixonada pelo que faço, no trabalho e nos estudos. É exatamente essa paixão que faz com que acorde antes das 4 horas da manhã, após ter chegado da faculdade à meia-noite, de bom-humor!



Paixão tenho pelo Jornalismo, a profissão que sempre esteve em meus sonhos e pela qual luto e dedico-me. Divido esse amor com a política. Não com essa que temos por aí, corrupta, desonesta e dissimulada. Sinto amor pelo “ser” da política, não o seu estado. E é está paixão que faz com que acredite que a meia possa ser simplesmente usada dentro dos sapatos, as cuecas como peça íntima e nossos representantes sejam sensíveis a vida em comunidade, cientes da responsabilidade, capazes de usar o poder com dignidade e muito mérito.

A política me fascina. Embora muitos políticos causem-me repugnância. Cresci assistindo e participando de uma vida envolta em campanhas, decisões políticas e outros aspectos nessa ordem. A paixão desenvolveu-se naturalmente, muito embora tenha visto muita coisa capaz de despertar ódio, a ponto de dizer “Nunca mais quero saber de política.” Mas é amor. Também necessidade de envolver-se.
Amor por algo que pode mudar a situação do país, mas que infelizmente não está bem representada. Necessidade de participação, para que não seja entregue de bandeja, aos fracos e desonestos, a governança dos fortes e honestos. Amor que fiscaliza e tenta reverter um situação. Necessidade de pressionar e não permitir que o governo, embora de todos, seja para poucos.

É esta paixão que faz com que sinta prazer em presenciar eventos políticos, mesmo quando, o que vejo de perto é muito cinismo, muita falsidade e roubalheira. Não é política que amo, mas é a partir dela que podemos desenvolver uma política digna de amor. É mais ou menos aquilo que dizem por aí, observa-se para não fazer igual, o grande exemplo de como a política não deve ser.

Sinto-me realizada ao participar de grandes eventos da política nacional. Uma realização pessoal e também profissional, é como unir o útil ao agradável. A paixão ao ofício. O sentimentalismo ao racionalismo.

Foi assim, no evento de ontem, no qual o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra Dilma Rousseff, veio inaugurar, aqui em Campinas, um Centro de desenvolvimento do Bioetanol. Neste ainda estavam presentes, o governador José Serra, o senador Eduardo Suplicy, o Secretário Geraldo Alckmin, ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, deputado Guilherme Campos entre outras autoridades.

Entrar na festividade exigia convite ou a credencial emitida pelo Planalto, com certa antecedência. Apesar de minha dedicação, geralmente, as coisas ficam para “última hora”, e desta vez não foi diferente.
Às 14 horas estava resolvendo uns probleminhas nas proximidades da inauguração e sabia que dali uma hora o presidente desembarcaria por ali. Com um certo atraso, resolvi dar um “pulinho” até o local. Na pior das hipóteses, conheceria o II Pólo de Tecnologia de minha cidade.

Foi o que fiz. Máquina, bloco de anotações e gravador sempre em mãos, lá fui eu!

“Por favor, sua credencial.” Ah, a credencial. Sem elas em mãos, percebi que as coisas se complicariam. Precisava apelar para o plano B, o de “convencimento” e muita “insistência”. Vence-se pelo cansaço e persistência. Logo, o mesmo que pedia o credenciamento, anotava meu nome, e em segundos, recebi o meu crachá “Imprensa da Presidência da República”. Derrubada uma barreira, o sorriso e vontade de pular foi inevitável. Só queria gritar, “Consegui!”, mas tive que manter a compostura, perante toda imprensa e todas autoridades.

Ok, o leitor pode estar pensando: grande coisa ver o Lula, sua companheira e o tucano Serra. Grande coisa.
Para muitos ali, a indiferença era visível, mas quando a gente ama, um sorriso já não arrepia? Pois bem, quando se gosta do Jornalismo e este se une ao grande interesse pela política, uma simples credencial para coletiva da Presidência da República é uma grande conquista. Se bem que convenhamos, não é tão “simples” assim.


Lendo os artigos deste blog o leitor já deve ter percebido minhas preferências políticas. Lula não é um dos responsáveis pelo meu fascínio política, no entanto, foi interessante conhecê-lo, principalmente num ano eleitoral, em que estava entre Dilma e Serra. A comparação entre os três foi a consequência.
Dilma usou o termo “hidrólise” algumas vezes e por raras atraiu uma atenção efetiva. Serra surpreendentemente apareceu com um copo de cerveja (dava para ver, inclusive a “espuminha” da bebida). Lula, por sua vez, glorificou-se por ter conseguido falar “inexorável”.
Com a ministra compartilhei o desejo de conhecê-la melhor, ver o que existe por trás de toda arrogância e cara fechada. Serra transpareceu seu espírito elitizado, com os méritos de um grande administrador. Lula, gozador nato, conquistava atenção e garantia as gargalhadas. Vale saber quem leva a sério a política. Quem tem seriedade suficiente para representar todos nós.

Sinto-me realizada. Este ano, ingresso no segundo ano na faculdade de Jornalismo, completo meus 19 anos e antes mesmo de outubro, conheço pessoalmente os principais presidenciáveis: Dilma, Serra e Marina Silva (com a qual tive um bom contato numa outra coletiva).
Pena que os conheço apenas pessoalmente e não na essência, tampouco nos interesses.
De qualquer forma, a postura e o olhar são reveladores. Além do mais, os escândalos estão ai, para que não caiamos em nenhuma piadinha.

Já chamaram-me de “cara-de-pau”, o que encaro como grande elogiou, afinal é reflexo de uma pitada de audácia, luta pela vontade de conquistar um “lugarzinho ao sol”, sempre regida pelas aspirações do coração. Assim, espero ter mais contato com essa política e também com colegas de profissão. Da mesma forma, almejo que essa política seja digna de todo meu amor. Só assim terei movido montanhas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Microfone Aberto


Boris Casoy falou o que lhe veio a boca. A situação o traiu. A colocação foi das mais infelizes.
Nunca interessei-me, sem desprezo ou ironia, pelo o que Casoy achava ou deixa de achar. Satisfazia-me o profissionalismo do jornalista, os fatos que senhor Boris noticiava.
Da mesma forma, nunca quis saber a posição do jornalista perante os garis. No entanto, logo que tomei conhecimento, senti repugnância, pois não imaginava tamanho descaso. O profissional dissolvia-se no indivíduo. Uma dissolução triste. A água que dissolve o açúcar. O senhor sério, dissolvido pelo homem impregnado de preconceitos.

Somos livres para pensar, ao menos por enquanto. Cada um pensa o que quiser. Pensa e diz. Ou diz sem pensar.
Cinismo é pensar algo e dizer seu antônimo. Dissimulação. Traição.

Para Boris, a máscara caiu, porém o jornalista insisti em dançar ao som de marchinhas de Carnaval e nos pede desculpas. Desculpas? Peça Sensibilidade. Honestidade. E não esqueça de uma pitadinha de Respeito! O jornalista está precisando...
Casoy volta a vestir a fantasia. Mas, esta despido de credibilidade.
Culpa do sonoplasta? Não, culpa do Microfone Aberto...


Lúcia Hipólito também passou por apuros.
Falar ao vivo é um grande desafio. E falo isso, com a certeza de uma pessoa que todas as manhãs encara o microfone. As exigências são muitas: português correto, improviso rápido e muita dinâmica. Responsabilidade difícil de assumir. Se palavra dita é como leite derramado, ouso afirmar que palavra proferida em microfone é como leite, café, suco, refrigerante...

Lúcia estava confusa? O que aconteceu? Efeito do álcool? Ok, afinal quem nunca foi além da diversão e tomou um belo porre?
Ora, sejamos compreensíveis: Hipólito é jornalista e estes profissionais também se divertem. E são merecedores de tais, convenhamos.
O pecado foi a falta de cuidado da profissional. Trabalho, ofício. Lazer, diversão. Onde ganha-se o pão, não se come a carne, nem deve-se beber o vinho (anotem isso). O preço é o profissionalismo. Perde-o. E depois disso, nem São Longuinho é capaz de resgatar.

Mas vamos dar um desconto para Lúcia... Ela simplesmente falou na hora errada, no local errado, em um Microfone Aberto...


Ambos os casos surpreende-nos. Boris Casoy decepcionou. Lúcia Hipólito extravasou. No entanto, é extravasadamente decepcionante, o que disse, George Samuel.
O cônsul do Haiti, ao comentar sobre a tragédia no país disse que “estava sendo boa” pois, em suas palavras, o país “fica conhecido”, e se não bastasse essa consideração, complementa: “Acho que, de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo. O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano está fodido.”

Ao cônsul nada tenho a dizer, tamanho nojo que sinto por suas palavras. Porém, já que não sabe o que é macumba, sugiro que não fale sobre o que desconhece, e com maior sentimento digo que quem está f... é ele próprio. Os haitianos estão sofrendo, mas com toda solidariedade, orações e todo esforço mundial a situação será revertida. No caso de Samuel, não vejo reversão...
Embora seja tarde, da próxima vez George deve estar mais atento... Mais atento, ao Microfone Aberto...


Os casos aqui referidos são diferentes, mas se convergem em um microfone. Microfones abertos na televisão, no rádio... Porém, imaginem só se houvesse Microfone Aberto em nossas Instituições governamentais, nas reuniões políticas, nos encontros partidários... Imaginaram? Sinceramente, prefiro não imaginar...
Se a população já esta triste e desanimadoramente desiludida, como ficaríamos com as confissões de um microfone, lá de dentro das esferas governamentais? Decepcionados. Revoltados. Inconformados. Indignados.

Precisamos de Microfone Aberto para dar voz àquele que não tem. Ao pobre e excluído. Ao negro marginalizado. Ao homossexual que sofre discriminação. Voz a mulher que sofre e cala-se. O idoso que amargura e não tem força para reverter a situação. A criança que é abusada e sequer sabe o que esta sofrendo. Voz para aqueles que a usam para disseminar o bem. Para quem tem palavras que acrescentem e agreguem valores a nossa sociedade.
Estes merecem, microfones, bem abertos...

Nos outros casos, por favor, fechem os microfones!!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Foi-se, mas não em vão


Zilda Arns, em vida, foi consagrada como grande missionária, um exemplo de militância. Após a morte chamaram-na de Padroeira, homenageada como mártir. A luz que rege. O sorriso que estimula. De lá do céu.

Relutei em redigir um artigo sobre a Dra. Zilda, pelo fato de que todas as palavras que pudessem ser deferidas a nobre senhora, já haviam sido proferidas ou escritas.

Médica pela ânsia de salvar. Pediatra que desenvolve e repassa todo seu conhecimento. Na Pastoral o grande incentivo. A solução. O impulso. A luta. Na família mundial uma mãe, mãe de todos, eu diria. Mãe que orienta. Que dá a vida pelo filho. Mãe que ama. Protege. Socorre. E também salva.
Mulher que enfrentou problemas sociais, comprovando que há possibilidade de reduzir o sofrimento. Dedicou-se de corpo e alma, na forma mais literal da expressão, à uma causa. Morreu por esta.

Foi um ser humano com coração. Coração forte. Coração bondoso. De amor. E muita determinação. Características estas, que comprovam que quando se quer, se consegue. A garra e disposição por lutar são os pré-requisitos para alcançar nossa utopia, seguir as trilhas de nossa esperança.

Zilda Arns partiu, mas não nos deixou. Foi-se, mas não em vão.

As pessoas são insubstituíveis. Zilda, imprescindível.

O Haiti precisa de ajuda. Chamem a Dra. Zilda. Ela pode ajudar. Chamem a Dra. Zilda...

Zilda Arns, como bem referiu-se Ruy Castro “deveria estar entre os que iriam para lá ajudar vítimas, não para ser uma delas.” O destino prega-nos peças. Surpresas. Tristes, muitas vezes. Inexplicáveis. Inaceitáveis. No entanto, este mesmo destino nos explica e sempre tem um objetivo. Demora-nos desvendar. É difícil entender... Um dia compreendemos. E vemos que tudo há um porquê, afinal “Deus escreve certo por linhas tortas”, não é isso?

Começo a perceber as artimanhas deste trágico destino... A quanto tempo não noticiava-se a Pastoral da Criança, ou divulgava-se o trabalho da Pastoral dos Idosos? Qual foi a última vez que fomos agraciados com exemplos de vida, capazes de elucidar a sensibilidade e solidariedade do ser humano? Fazia tempo... Embora Dra. Zilda estivesse aí, na luta. Sempre. Ajudando a viver...


Choramos com a perda. Sensibilizamos-nos com a causa abraçada pela doutora. Rezamos por seus familiares. Pedimos por aqueles que perderam a grande mãe. Agradecemos a passagem de Dra. Zilda Arns. Isso pouco, muito pouco...

Zilda Arns partiu, mas não nos deixou. Foi-se, mas não em vão.

A senhora, bela por dentro e por fora, descansa sobre as nuvens. No entanto, não descuida-se dos anjinhos lá do céu e continua a olhar pelos daqui da Terra. Morreu em sua missão, da mesma forma que passou toda sua vida. Sua jornada terrestre foi concluída, porém a missão continua.

Zilda deixou-nos todo alicerce e boa parte daquela construção. Telhar e realizar os acabamentos é nossa responsabilidade.

A senhora que encantava com o sorriso, surpreendia pela vontade e sensibilidade, desejava simplesmente ajudar. Foi uma pessoa capaz de interpretar passagens bíblicas e viver para seu próximo. A nós, mas do que saudade, resta-nos a compreensão das palavras e ações de Zilda Arns. A vida em caridade, pensando em nossos irmãos, será uma consequência.. A bela consequência, da passagem de Dra, Zilda, por aqui.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Grito dos desesperados



A tragédia em Angra fitou-me nos olhos. No Haiti soou aos meus ouvidos. Gritos. Gritos desesperados.
Fecho meus olhos. Mesmo assim, continuo a enxergar toda desgraça. Toda tristeza.
A destruição está no ar, atingem-nos pelas ondas de som.
Gritos sob escombros. Sobre eles também. Uns pedem socorro. Outros imploram por vidas.
Ouve-se gritos. Encontra-se vidas. O coração bate. Ouvimos as batidas do coração. Grita-se de alegria. Também de dor, grita-se. Grita quando no lugar do ente, encontra-se corpo. Ao invés do prédio, o desmoronamento.

O tremor fatal. A degradação de um país. A desilusão de um povo.

O povo implora. A população mundial responde. Responde como pode, mas tem resposta. Numa corrente de muita esperança, países se unem. A união do povo faz a força. A união dos povos é o retrato da solidariedade, muitas vezes adormecida nos corações.
Diversas etnias, culturas se sensibilizam. Sofrem, mas não gritam. Eles, sim. Eles gritam!
Doações são enviadas. Voluntários chegam ao país. Ao que sobrou daquele país. Guiados pelos gritos, salvam. Seguindo palavras abafadas, resgatam.

Gritos que pedem. Gritos imploram. Agonizam. Sentem dor.

Ver, apenas escombros. Ouvir, o som que atordoa. Todas as partes ressoam gritos. Gritam. Os dias passam. Os gritos continuam. Continuam. Com os dias, vão tornando-se raros. Gritam. Falam. Cochicham. Silenciam. Calam-se.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sonho com um mundo...


Não sou pretensiosa. Pelo menos, tento não ser. No entanto, acredito que nosso mundo pode ser melhor. Muito melhor!
Torço por um mundo, no mínimo diferente, no qual pobres, o sejam de espírito e ricos sejam aqueles fartos de saúde. Um Universo em que as diferenças sejam valorizadas e não discriminadas. Um mundo não de políticos, mas sim de representantes. Em que o governo pense em seus governados. Lute por seu povo, valorizando e elucidando o Regime regente.
No mundo melhor, haverá a valorização das obras divinas e não dos manejos terrestres. As construções de Deus não irão disputar espaço com as destruições do homem. E a natureza não será simplesmente conservada, será acima de tudo respeitada.

Acredito num país em que as pessoas, além de estudar, aprendam o que é ensinado. Mais que trabalhar, se esforcem para colher os frutos. Que tenham saúde, mas também oportunidades para desfrutar da vida saudável.

O mundo de meus sonhos considera a dignidade, não status. Leva em conta a beleza do coração e não a que envelhece com o tempo. Um mundo em que se valorize o “ser” e não o “ter”. Espero um globo que substitua a ira pela compreensão, a competição pela união, o rancor pelo perdão. Que a paz, jamais justifique uma guerra. Que o amor preencha o coração em sua plenitude, pois assim o ódio não terá vez.

Que o dinheiro não sinonimize riqueza, mas que seja a família, a maior fortuna do homem. Que os pais eduquem seus filhos, que por sua vez devem respeitar pai e mãe.
Não almejo um mundo luxuoso, tão pouco tecnológico. O luxo é fruto da ganância, a tecnologia substitui o homem pela máquina. Porém, tenho ânsia por um mundo belo, com águas limpas e árvores verdes, onde a sensibilidade seja regente e a racionalidade dissolva-se na subjetividade íntima do ser.

Acredito que um mundo com gente humanizada, bastaria para um convívio harmonioso. Um mundo com gente solidária seria o bastante para uma convivência de respeito.
Sonho com a liberdade, desde que esta não prejudique terceiros. Sonho com com um mundo ético, bastando a verdade prevalecer perante a inverdade.

Que as meias voltei a esquentar os pés, simplesmente. Que as cuecas sirvam apenas como roupa íntima e o panetone represente, exclusivamente, a festa natalina.

Gostaria que “Mantega” apenas recheasse o pão. Que “Lobão” limitasse-se as historinhas de chapeuzinho-vermelho. Torço para que “Arruda” volte a ser, com exclusividade, a erva que espanta mal-olhado. Que “Ciro” seja apenas o Pascal. Que “Serra” volte a ser responsável pelo corte da madeira. E que “Neves” fossem vistas somente no inverno, vindas do céu. Nesse mundo melhor. “Lula” seria simplesmente, fruto do mar.

Obra de Deus, Construção do Homem.


A professora Cecília Toledo, desde a primeira aula ministrada em minha classe, alertava-nos para importância de expandir o repertório através do conhecimento de novas culturas, novos lugares. Mais que enriquecer nossa “bagagem”, o conhecimento e descobrimento proporciona-nos um crescimento pessoal fantástico. Qualquer viagem, por mais curta que seja, nos reserva boas surpresas, embora as ruins não estejam descartadas.
Viagens proporcionam-nos relaxamento. É como se todos os problemas ficassem no aeroporto, na rodoviária, ou em casa.
O estresse fica. A percepção o substitui. Queremos vistar tudo, ir a todos os lugares. Pena que nem sempre o tempo é bondoso e acabamos deixando algumas coisas para o próximo passeio.
Além da percepção estamos mais interessados, mais sensíveis.
Recentemente, ousei-me a sair de férias, arriscando uma passagem pelas praias paulistas. Foram poucos dias. Quatro, considerando o percurso. Suficientes, no entanto, para aguçar o olhar, perceber detalhes, que a correria cotidiana não permite que sejam considerados.

Às margens das rodovias o cenário encanta. Descendo para o litoral, a paisagem sob nós recheia nossa ansiedade. Lindas árvores. Belos morros. A água que nos banha de vida. O céu, azul como mar. No lugar de árvores, avenidas. Sobre os morros, casas. Na água, desemboca-se esgoto. Nas nuvens, passam aviões.
O contraste é impressionante. É a arquitetura de Deus, competindo com o homem arquiteto.

A obra divina encanta pelas formas, pelas cores, pela diversidade. A vegetação brilha aos olhos com um degradê esverdeado. O céu ora clareia, ora escurece. Geralmente, o azul mescla-se com o fogo do sol, que logo se esfria com as lágrimas que caem. Por vezes vemos flores, cada qual tem em sua pétala um formato, uma coloração. Os tamanhos também variam lindamente na natureza. Plantinhas que somem em meio ao gramado. Ostentadoras plantações que irradiam vida. Montanhas fantasiam o relevo. Relevo de terra. Relevo de mata. Relevo de mar.

O design do homem, por sua vez, se impõe. Gigantesco. Surpreendente. O alto edifício parece arranhar o céu. Os vidros espelhados imitam as águas cristalinas. O asfalto destrói a flora, compromete a fauna. Os prédios são retangulares. As casas sempre têm telhados. Nos shoppings temos lojas, escadas rolantes e uns outros detalhes que os diferenciam. As ruas são sempre acinzentadas. Os tijolos sempre amarronzados. O homem é audacioso e vez ou outra ,supera-se. O prédio mais alto. O trem mais rápido. O colégio mais moderno. O televisor mais tecnológico.

A natureza de Deus é marcante. Prende a atenção. Atenta-nos e conosco permanece. Aquilo que Ele escupiu pode ser desfrutado por todos. É propriedade global, a grande riqueza de todos nós. Todos. Sem exceções.
A obra do homem passa. Passa e não fica. Não encanta, mas fascina. Não é de verdade, mas parece ser. É do homem. Porém, não é de todos. É uma obra, para poucos.

Programa Nacional 'Deveres' Humanos?


Pela primeira vez, reproduzo um texto que não é de minha autoria. Faço-o por ser pertinente e nos permitir um leque para discussão. Através da indicação de minha querida amiga Vera Lúcia Camargo, tive acesso ao artigo de Marcos Pontes. A análise do autor deve ser considerada, num olhar perante nossa democracia, enfatizando o retrocesso perigoso do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).

Aproveitando esta exceção, não escrevo aqui o “Meu Jornalismo”, mas sim, destaco alguns comentários que a mídia nos deu acesso. Jânio de Freitas, o qual muito admiro, trata o PNDH-3 como “ninho de cobras”, considerando-o como “um dos atos mais tresloucados do pós-ditadura, senão o mais.”

A Folha de S. Paulo, agredida pela denominação PIG, ressalta que “uma facção que não convive bem com a crítica, mais uma vez aproveita de sua posição no governo para apregoar o controle da imprensa.” A este respeito, o artigo de Pontes, que reproduzo parcialmente, merece destaque ao tratar da Imprensa Golpista. (Sugiro ainda, a leitura aqui no blog do artigo: “Na minha época PIG era porco em inglês...”).

Direitos Humanos é uma grande bandeira, uma batalha em que todos orgulham-se em lutar. O Plano Nacional que trata do assunto é um desastre, no qual a luta envergonha e a batalha fere nossa democracia.
Por falar em democracia, sinto pena deste regime. Atacada constantemente, fechamos os olhos e somos ignorantes ao pensar que nosso regime democrático funciona. Ferem o regime e com mesmo cinismo, atacam as leis Divinas. O arcebispo de Campinas D. Bruno Gamberini soube expressar a indignação ao dizer que “não podemos confundir legislação humana com as leis de Deus.” Não pretendo discutir aqui o aborto, mas será que é justo tirar vidas que Ele criou?

Dilma Rousseff está em todos os lugares, nas inaugurações, aparições na mídia, sempre coladinha ao nosso Presidente. A ministra sempre comenta os assuntos, discursa constantemente, porém desta vez algo mudou. Sérgio Guerra fez uma boa pergunta: “Por que a ministra Dilma que fala sobre tudo está calada?”. Boa questão. Por que dona Dilma? O plano envergonha? Ok, entendemos a omissão.

No fim das contas, assim como Moacyr Castro, “confesso que não entendi nada”. A sorte é que Lula, o homem acima do bem e do mal, assinou o decreto, então “ele que faça o favor de me explicar”! Seu Luis Inácio, o que é “acompanhamento multiprofissional a pessoas transexuais que fazem parte do processo transexualizado.”?
Nessas horas agradeço por nosso Presidente ser “o cara”. Aquele que sabe tudo. Ou pelo menos quase tudo... Do mensalão ele não sabia nada. Quase nada...


Aqui reproduzo com autorização, partes do artigo de Marcos Pontes, que pode ser lido na íntegra no blog http://simpatiaeesculacho.blogspot.com/


"(...)Entre os muitos absurdos que prega o decreto (PNDH-3), um que vem chamando muito a atenção, é a terceira ou quarta tentativa desse governo de calar a imprensa que não lhe agrada. Já na primeira semana depois da posse, criou-se, pela imprensa amiga do Palácio do planalto, a terminologia PIG, Partido da Imprensa Golpista, para incluir qualquer veículo ou jornalista que se opusesse ao todo ou em parte às decisões do governante-mor ou de sua curriola. (…) Pois o tal decreto prevê o fechamento de jornais e revistas e a cassação das concessões de exploração de canais de rádio e televisão quando determinado veículo transmitir programa ou notícia que contrarie a vontade do poder central, fantasiado de “interesse público”. Lembra a marcha da Tradição, Família e Propriedade que apoiou profundamente o golpe de 64 e que foi muito criticada por essa mesma esquerda que a repete.(...) Num país em que até assassinato prescreve, pelo Código de Processo Penal em vigência, como justificar que a esquerda raivosa tente prescrever a Lei da Anistia e ressuscitar atos ilegais por parte dos governos de então, mais antigos que a própria Lei que os anistiou? (...) Já jogaram pretos contra brancos; índios contra citadinos; pobres contra ricos... E assim tem-se mostrado nas sublinhas do decreto, criando discriminações contra seus opositores e os situacionistas. Um governo eleito para presidir para todos os brasileiros, teima em separar a população entre brasileiros e golpistas. Dá-nos um golpe atrás de outro e se fantasia de vítima. (…). Aqui se desenha uma revolução socialista sob a batuta dos socialistas maquiavélicos, inteligentes, raivosos e vingativos. Usa-se a massa de manobra popular, alienada e ignorante e os donos do capital que sustentam qualquer governo, independentemente de ideologia, desde que mantenha o lucro (ironia os socialistas usarem os mais capitalistas para imporem sua revolução) para massacrar qualquer opinião contrária. Não se assustem se, depois de estabelecida essa república sindicalista ditatorial, voltarmos a falar de política a portas fechadas com medo dos alcaguetes e da polícia política que se formará (aliás, ela já existe desde que o PT é PT, apenas não foram lhes dadas as braçadeiras negras que lhe dão poder de prender, bater, cassar e matar a oposição).(...) O plano vem em forma de um decreto, ferramenta ditatorial tão combatida por todas as esquerdas quando eram oposição e os generais o utilizavam para comandar o país.(...).” (©Marcos Pontes)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ah, o olhar...


Nada mais encantador e fascinante que um belo sorriso. Boca no máximo de sua extensão. Dentes à mostra. A alma expressando a alegria do momento. A felicidade estampada na face.
Nada mais singelo que um carinho. Sentir sobre o rosto, a palma da mão de alguém querido. Gesto muito simples. Muito expressivo.
Nada mais revelador e sincero que um olhar. Ah, os olhares... Eles olham além do infinito. Dizem o que os lábios são incapazes de proferir. Atingem em maior intensidade que a flecha. Revelam os mais íntimos sentimentos. Ah, o olhar...

Quantos olhares não nos fazem tremer? Às vezes nos intimidam, em outras nos enfeitiçam. Tem olhar correspondido, mas também os desviados. Olhos que fitam bem lá no fundo, enquanto há os envergonhados, que reprimem-se. Há olhar de alegria, seguindo o movimento dos lábios, mas há também o olhar de tristeza, acompanhando as lágrimas. Olhares que ficam no momento, outros que permanecem para sempre. Tem olhares que apenas veem, outros que simplesmente enxergam. Alguns atingem a pessoa, outros marcam o coração, desta mesma pessoa.

Particularmente, um olhar refletiu algo muito profundo. Olhos negros, assim como os meus. Bem redondinhos, expressando a incoerência daquele momento. Palavra alguma seria capaz de dizer o que acontecia ali. Um olhar inocente, perdido, assustado e dolorido. Olhos que nos davam a esperança que tanto almejamos neste novo ano. Nos mostravam que milagres acontecem, que a luta e perseverança dos homens sempre colhem bons frutos. Somos capazes! Assim berravam aqueles olhinhos. O corpo podia estar imóvel, mas olho se movia, piscava. Pela televisão, nós, espectadores víamos uma luz, em meio a toda aquela terra e lama que desgraçadamente tomou conta de Angra dos Reis. Não há dúvida de que Deus está em todos os lugares, mas tenho certeza que, se Ele tivesse que escolher um, naquele momento, estaria nos olhos da linda garotinha.

Os bombeiros vibraram e nós, mesmo abalados com a notícia de que corpos eram achados no mar, também sorríamos vitoriosos. A menina suportou toda aquela carga, e de presente olhávamos nos olhos, numa profundeza que chega a arrepiar. (Nessa hora, pensei naquelas pessoas que não tem coragem de olhar nos olhos, por timidez ou vergonha...Veio-me ainda, o olhar de nossa política, que além de não ter vergonha, não se intimida, fitando-nos com cinismo e ironia.)

Os olhos passaram-nos esperança, fé e a vitória, porém sabe-se lá as dores daquela linda garota, a incompreensão, a falta que os pais lhe fazia. Junto aos olhos negros, soou-nos a notícia de que a garota estava órfã, e então a esperança dissolveu-se inconformismo. Como poderia viver sem os pais? Pobre menina, tão pequena, tão indefesa e tão sozinha!

Além do sorriso, do toque e do olhar, um beijo com amor é forma mais bela e digna de transmitir sentimentos, expressar as emoções. E foi isso que fez um dos bombeiros. Mais que a manta térmica, a garota precisava de carinho.

Cena linda, inesquecível. Não eram os olhos de ressaca de Capitu, tampouco o olhar da música de Paulo Ricardo. Eram os olhos de quem viveu e sofreu com os acontecimentos que marcaram a virada do ano. São olhos de criança, que não negam, não escodem, mas que desta vez, se fecharam. Fecharam-se, para sempre.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Votos de Ano Novo



A todos meus amigos, pessoas queridas, familiares, de perto e de longe, desejei e continuo a torcer para que o Ano de 2010 seja um ano de muitas conquistas e realizações, sempre servidos de muita saúde, presenteados constantemente de alegrias, num banho quente de paz, com gotas de dinheiro, afinal todos precisamos e alguns de nós, merecemos!

Torço ainda para que todas as pessoas pelas quais tenho admiração e carinho, amem e sejam amadas, riem e façam rir. Também espero que chorem e que cessem lágrimas.

Rezo para que nós, brasileiros, lutemos pelo nosso país, revertendo nossa política, fazendo jus à dignidade do homem, desfrutando de nossos direitos, cumprindo nossos deveres.
Que em outubro, a continuidade considere a qualidade, e não o índice de popularidade. Como desejou Marcos Nobre, faço votos de que 2010 traga-nos uma euforia de olhos bem abertos. Apóio ainda os desejos da Associação Nacional de Jornais (ANJ), para que este novo ano seja pleno de liberdade de expressão.

Espero, do fundo do meu coração, que as pessoas acordem!

E tenham, um Feliz Ano Novo!