segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As polêmicas sacolinhas plásticas e lógica capitalista nada reciclável


Na teoria tudo vai bem, dado o caráter idealista de tal. Basta, no entanto, partir para o prático que todas as instruções são mudadas. Invertidas, até.

A conversa geralmente é boa e convincente. Todavia, é só ir para a ação que têm-se um novo rumo, diferente do proposto em palavras.

A bandeira que levantam vem sempre com caráter de solidaridade, sustentabilidade e democracia. Porém, após hasteada, as cores se confundem com a força do vento.

No palaque somos "nós". Fora dele prevalece o "eu" e os "meus".


Sob a máscara do cuidado com meio ambiente tiraram as sacolinhas plásticas dos mercados. Quer dizer, tiraram aquelas que também usavam máscaras: "de graça".
Entrou na Avenida novas sacolinhas, umas retornáveis (está na moda usar palavras assim "sustentáveis"), e também as que se decompõem mais rapidamente na natureza (assim, nos convecem).
Claro que vale sambar conforme a música, ainda mais quando a ideia é proteger as plantinhas, as águas e os animais. Porém, vem cá: Carnaval com serpentina, confete, espuma, papel de prata, muito, muito plástico nas fantasias e as grandes vilãs são as sacolinhas?
Nao é possível, tem algo por trás disso ai.

Tem e sempre tem, quando o assunto é custo-benefício. Quando existe relação consumidor-empresário.
A lógica é sempre a mesma, com objetivo capitalista: lucro.

Usaram o verde da árvore, para ganhar o do dólar.
Tiraram as sacolinhas "gratuitas" (o preço já estava embutido nas mercadorias), para pagarmos ainda mais por elas.

O problema para mim, confesso, não é tanto o "pagar" (tudo custa nesse mundo, a gente vai se acostumando). O que me deixa indignada é que tentam me enganar. Nos enganar...

Elogio


Falam que você é bonito e sem querer acabam exigindo que esteja belo amanhã. De preferência, ainda mais que hoje.
Também comentam sobre sua inteligência e isso faz com que você, em hipótese alguma, possa cometer um erro gramatical, por exemplo.
Elogiam o fato de você ter bom humor, ser engraçado e acabam te abrigando a ter sempre uma piada na ponta da língua.
Comentam da sua energia positiva e no dia que você acorda baixo astral, simplesmente não te conhecem e o pior não aceitam seu momento natural.
E quando falam que você é especial? Bom, ai pesa. Pesa muito. O que significa ser especial? O que fazer para continuar correspondendo ao elogio?
Nossa, tem gente que ousa dizer que você é perfeito. Nessa hora dá vontade de desistir, só pra não frustar aquele que despejou tamanho exagero.
Dizem que você é diferente e então você precisa manter tal diferenciação perante essa sociedade padronizada. Olha, isso não é nada fácil dada as influências midiológicas.

Elogios são sempre bem-vindos. Quem não quer receber uma palavra bonita, um reconhecimento do esforço?
O problema é quando se é prssionado a manter tal postura. Quanto mais a pessoa recebe elogio, mais risco ela corre. Corre-se o risco de decepcionar aqueles que tanto a admiram e portanto, tanto lhe são importantes.

Ninguém é belo o suficiente para não acordar um dia com os olhos inchados e com olheiras.
Não há inteligência que não precise consultar um dicionário de vez em quando.
Tampouco não existe estado de espírito que não se abale dadas as negatividades deste mundo.
Perfeição: a grande utopia do homem.
Tentar se diferenciar: Um grande passo para quem tem pernas curtas e acaba se encaixando aos grupos e tribos desse nosso mundinho. Ser diferente pode ser muito arriscado e a rejeição, acaba sendo a consequência.

Elogios são bem-vindos, no entanto, se vêm descompromissados e sem expectativas.
Elogios são bons porque servem também como incentivo.
Porém, se um dia errarmos, por favor, lembre da beleza de outrora e da que se mantém interiormente; não esqueça da inteligência que nunca vamos perder mas sempre teremos o que aprender; lembrar da perfeição que "tentamos", da energia positiva que se equilibra, e portanto para o equilíbrio vem com momentos negativos.

Ah, não esqueçam da diferença, de preferência daquela que a pessoa fez em sua vida.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Desabamento no Rio de Janeiro


Fumaça.
Choro.
Desespero.
Desamparo.
Ausência.
Bombeiros que correm.
Sirenes...
Socorro.
Orações.
Gritos.
Salvem!
Rezem!
Ajudem!

Milagre.
Todos esperam por ele.

Tem gente procurando culpados.
Outros que só queriam encontrar vítimas.

Alguns viam só escombros.
No entanto, tinha gente que sentia a ausência de alguém.

Gente que enxerga a tragédia.
Porém, ao redor tem pessoas que veem com os olhos da esperança.


Atualização: Chega a 6 o número de corpos resgatados em desabamento no Rio

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pensamentos confusos

Nem tudo são sorrisos, no entanto mantê-los passa a ser uma obrigação.
Não é sempre que o humor é bom ao acordar, porém se estamos com mau, todos se afastam sem sequer perguntar se existe algum problema.

O sol não nos recebe todos os dias ao amanhecer...
A chuva é quem as vezes nos acorda.

Nem tudo que se cobre é velado por branco.
Em algumas situações, a ausência é presente na cor preta.

Pode haver um momento em que não são os pais que ensinam.
Os filhos também compartilham a nova apredizagem.

A flor que florece é a mesma que murcha.
A faca que reparte o pão também pode ferir.
Da boca que sai belas palavras são emetidas ainda grosserias.
Dos olhos que mostram a alma, saem as lágrimas da dor.
O fogo esquenta e queima.
Frio que refresca, além de congelar.
Enfeites que adornam e em excesso, poluem.
Músicas que embalam ou fazem lembrar de algo que já não é mais.

Pessoas incompreendidas que também não sabem comprender.
Gente que não sabe amar por falta de amor.
Junto com todos, estando sozinho em si mesmo.
Evitando os loucos, pois teme-se a própria loucura.

Quer ser ouvido sem saber ouvir.
Vontade de falar, mas incapaz de saber o que dizer.
Palavras soltas, mas que se interpretadas podem ter algum sentido.

Têm?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A pergunta mais difícil: Sim ou não?

A vontade é a força que puxa. Junta com ela vem algo que retrai. Aquilo que compete acaba empurrando pra longe.
O sussurro convida. Uma voz mais forte e mais alta expulsa.
Atração pela pele, pelo cheiro, pelos olhos. Repudio como reação.
Querer, mas ter a certeza de que não pode.
Gostar, no entanto com medo de alimentar o vício.

Fugir e voltar.
Aproximar-se para tentar acabar.
Acabar se tudo pode ter um recomeço?
Pensar demais e não usufruir.
Ou usufruir e depois sentir a ausência do pensamento?

Parar para tentar de novo.
Um novo com receio de que seja igual velho.
Idealizar o que pode ser frustrante.

Escrever sem coragem de falar...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BBB: Eu não assinei e nem assino!


Estou acompanhando toda polêmica envolvendo o suposto estupro no Big Brother Brasil 12. Aliás, todos estamos. Já acompanhei algumas análises das imagens, ouvi e li opinões, além é claro, de estar acompanhando o inquérito.

Pouco falei a este respeito, simplesmente porque não acho digno de audiência.
Desculpe-me, talvez, a frieza ao lidar com o caso, mas criar polêmica em cima de polêmica só vale quando se tem algo a acrescentar.

O fato é que não vou falar e nem asinar esse tal abaixo-assinado a favor de tirar o BBB 12 do ar.

Por quê?
Muito, muito simples. Assim como é simples a solução para o "problema".

Pressão popular, apelo judicial poderiam soar como censura. Sempre vai haver alguém vendo por este lado.
Somos cegos, eu sei. A censura existe, também sei. No entanto, estamos falando de peixes grandes, se é que me entendem...
Eu opto por simplificar e fazer o que tem que ser feito:
Se não aprovo, não assisto! Não parece óbvio, objetivo e lúcido?
Sim, claro! E ainda com efeito: Se todo esse povo que assina não assiste, a audiência cai. Ah, e sem Ibope, o programa sai do ar: por livre espontânea necessidade.

O único detalhe é que depois de toda polêmica, o programa dos "brothers" bateu recorde de audiência.

E pensar, que seria tão fácil....


Ps: Se ainda assim achar necessário assinar, segue a Petição Pública.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Amor: simples assim


Eu me apaixono fácil. Com a mesma rapidez, desapaixono.
Amo as pequenas coisas (como aconselham), mas confesso que meu coração também tem lugar para as maiores.

Amor...
Um poeta já disse: "Amo como ama o amor..."
Minha grande frustração é não ter a mesma sorte desse autor.
Não falei com o amor para saber como se ama.

Mesmo sem saber, permito-me sentir.
Ele vem com um olhar, um simples gesto ou aperto no coração.
Assim como senti agora, neste momento.

Sequer precisei sair de casa.
Olhos escuros que me olhavam, numa alegria que era denunciada pelo rabo abanando.
Perdo-me se frustro o leitor neste texto, no entanto, revelo que amor me veio nesta noite, através da minha cachorrinha, a Capitu.

Não escrevo mais nada porque o amor não se resume, não se descreve.
Eu sequer sei como é amor. Apenas sinto... Apenas me permitem sentir.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Vermelho: Talvez se fosse dessa cor...


Um poema bonito, mas que me intrigou foi o de Oscar Bottaro: "Fonte de Vida".

Fiquei instigada em desvendar esse tal "romance vermelho".
Vermelho de amor me parece muito óbvio quando se trata de um poesia: esse texto que permite tantas interpretações e gera tantas reações.

Eu já vi romances brancos: Aqueles puros, de criança. A história do primeiro amor.
Também considero os romances azuis, aqueles serenos, sem turbulências... Celestiais.
Já vi romance verde, que vem com um espírtio de renovação, esperança e reciclegem, nesse tal mundo sustentável.
Romance amarelo é aquele que irradia luz, sabe? Que se percebe de longe o brilho da paixão.
Deve ter também o romance cor-de-rosa, ao estilo conto-de-fadas.
Da mesma forma, o romance preto, não de luto, mas sim, intenso. Não de ausência de cores. Talvez um romance cladestino, aliado das trevas.

Romances de várias cores... Talvez comecem num tom e terminem em outra tonalidade.

Romances vermelhos...
Parecem óbvios demais. Intensos demais. Improváveis, num mundo carente de amor.

Romances vermelhos... Como os botões de rosa...
Vermelhos... Simplesmente assim.

Avermelhados apenas para instigar...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Obrigada e me desculpe se...


Sensibilidade.
Fico sensível ao ver, sentir, perceber...

Agir.
Queria fazer, ajudar, mudar: Simplesmente melhorar....


Muita gente vem falar comigo, pelo e-mail, redes socias, telefone e cartinhas. São amigos, parentes e ouvintes.
Sinto-me privelegiada: Pelas palavras, pela confiança.
Ao mesmo tempo, sinto a responsabilidade de ter aquela confissão, de receber aquele segredo, de por algum motivo ser alguém em quem um outro alguém é capaz de confiar.

Amigos já me contaram problemas que passam dentro de casa.
Eu ouço.

Na família, também sei dos problemas e as vezes até me chamam para um conselho.
Eu falo...

Ouvintes na rádio pedem oração e pelos mais diversos meios de comunicação, se abrem comigo. Isso bem cedinho, logo que acordam.
Contam-me da perda de um ente, do câncer do esposo. Da mulher que foi embora. Dos filhos que não voltaram mais. Pedem oração.
Também falam comigo quando o motivo é de comemoração: O neto que vai nascer, a filha que está completando mais um aninho de vida. Ah, e tem também as bodas: 50 anos de união, até me emociona.


É engraçado, mas essas conversas, me fazem sentir parte da história dessas pessoas, e por sua vez, elas ajudam a escrever a minha: surgem como personagens que me ensinam, me encorajam e me dão exemplos.

Pena que nem sempre posso fazer muito...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta-feira 13: Vamos ver assim...


Sexta-feira 13: Dia de não dar sorte ao azar.

Um bom dia para não ver o lado aberto do balde: por onde escorreria a água.
Para não notar que a mão que afaga é mesma que machuca.
Que o olhar que fita é o mesmo que desvia.
O sorriso que abre é o mesmo que cerra os dentes. Vejamos apenas o sorrir.

Prestar atenção que os imprevistos são os que nos permitem mudar o rumo.
Que nas dificuldades surgem as oportunidades.
Nas piores situações conhecemos os melhores amigos.

Afinal, já disse Albert Einsten: "O azar não existe; Deus não joga dados."
Também não foi ele que fez a tal Teoria da Relatividade?
Vale pensar...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Debaixo da chuva

Chuva que molha e lava.
Gota que corre e acumula.
O pingo que atinge e não machuca, apenas refresca.

Chuva que une: embaixo do guarda-chuva.

BBB 12: É o que queremos


Ninguém quer que outro alguém se meta onde não foi chamado.
Depende.

Privacidade: Queremos que respeite a nossa.
Só não há necessidade de respeitar a dos outros.

Entre quatro paredes, tudo vale. De lá, nada sai.
A não ser uma foto, um vídeo pra jogar na rede. Só na rede!

Guardamos para nós, o que só diz respeito a gente mesmo.
No entanto, poucas coisas só cabem a si próprio.

Há quem se esconda, num mundo em que as câmeras nos perseguem.
Tem também quem persegue o melhor ângulo sob elas.

Tem quem fala em intimidade e a guarda como um bem precioso.
Há que a expõe dá mesma forma.

Tem gente que se sacia em fazer o bem, não importa a quem.
Outros só o fazem se este for publicado como prova de sua bondade.

Não basta fazer para si e os seus. Tem que mostrar. Aparecer: Para os amigos, os vizinhos, claro, para o mundo.

O privado é público.
A residência é praça do centro da cidade.
Vida particular? Impossível. Todos veem, dão palpites.
A sociedade é individual, mas nesta individualidade o que prevalece é o coletivo.
Esconde-se querendo mostrar. O velho charme...
Dissimula querendo escancarar.
A ânsia de estar sob o holofote. Uma luz que julga e molda à sociedade.
Quer-se ser aceito. Aceito por terceiros.
Não quer reconhecimento, deseja-se sucesso.
Não queremos amigos, desejamos apenas quem falem da gente (Ah, e podem até falar mal, desde que falem...).


Big Brother Brasil: 12 anos. Mais de uma década tentando aparecer. Ainda mais!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

E se fosse inocente?


"É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente."
(Voltaire)
A sábia frase não é de hoje, mas o erro é praticado até os dias atuais.

Queremos fazer "Justiça com as próprias mãos". Justificável, claro. A Justiça do Direito prevê impunidade. É marcada por falhas e privilégios aos infratores.
Assim, paira a sensação de injustiça. E a gente só quer ser justo.

O problema é que não cabe a nós julgar, muito menos condenar. A gente acusa e logo, o suspeito se torna alvo. Alvo da mídia. É nele que a sociedade mira.
De suspeito à assassino. Rapidamente.

Condenado pelo povo, cabe à população dar a pena.
Batem raivosos. Certos de que estão fazendo o que é correto.
Linchamento. É a Justiça em forma de sangue. Sangue derramado em nome de um bem maior.
O problema é quando o sangue é de inocente.
O remorso não bate quando vemos que não fomos assim tão justos?
A gente não crê na Justiça concreta.
Acabamos caindo na tentação de acreditar na sensibilidade abstrata da nossa percepção.
Um perigo!


Link: Homem linchado no Campo Grande pode ser inocente

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pensando...

Arrepende-se caso não tenha feito.
Arrepedimento que vem depois que fez.

Tarde para tentar de novo.
De novo? Não faria de jeito algum.

Medo?
Talvez do excesso de coragem.

Frágil?
Como uma taça de cristal.

Pequeno?
Depende.
Somos do tamanho de nossos sonhos...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Campinas: Nos deixaram pra depois...


Adiar, no dicionário: Mudar um compromisso para mais tarde.
Mais tarde, mas que não seja tarde. Assim espera-se.

Em Campinas, o último adiamento foi sobre a decisão da reabertura, ou não do Centro de Convivência. O prefeito interino de Campinas, Pedro Serafim, deixa pra depois a conclusão sobre a falta de segurança e riscos de incêndio no local. Esperar pode ser a melhor solução para evitar problemas. Esperar demais pode ser um problema.

Bom, já adiaram o reajuste do ônibus. E não por solidariedade com aquele que terá que desembolsar R$0,15 a mais. Coincidência ou não, o sistema ficou fora do ar... E isso foi se arrastando... Foi bom pro usuário ter mais uns dias de R$2,85? Talvez... Tirando, claro, todo transtorno e incerteza de que depende do transporte público municipal...

Ah, também já adiaram sonhos. Sonho de quem queria apenas seu cantinho, um lugar para morar e ser feliz. Sonhos embargados junto com as obras da MRV e Goldfarb.

Adiaram o sonho de ir mais rápido. Aliás, estão sempre adiando esse tal leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV).


O problema é deixar para depois o que precisaríamos fazer hoje. Em alguns casos ontem.

Adiam uma cidade. Atrasam uma metrópole. Jogam lá na frente as necessidades de um povo.

E pensar que essa mesma cidade já teve o slogan "Primeiro os que mais precisam".

Hoje, quase tudo e quase todos estão ficando em segundo, terceiro, quarto plano.
Uma tristeza para Campinas, um descaso com seus moradores.

Ainda bem que, o que nos dá esperança, é o "antes tarde do que nunca".

No entanto, há quem diga que certa vez, o pinto Pablo Picasso falou:
"Apenas adie até amanhã aquilo que você quiser morrer e deixar sem fazer."

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Férias: Bom pra...

Lembrar que a vida não se resume a viver.
É mais que isso. É sentir, tocar, ver...

Também serve para prestar atenção, não nas coisas, mas em suas essências.

É bom ainda, para desacelerar. Quando passamos rápido demais, só vemos vultos. Parar pode trazer boas surpresas.

É uma delícia para ficar sem fazer nada. Simplesmente nada...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

É medo que "pegue"?


Todos cantam, dançam, se divertem. Ah, tem até que se dá bem na hora do flerte. Não é a melhor forma de abordar, mas com jeitinho: É uma "delícia"!

Quem me conhece pode dizer que sou suspeita para falar, no entanto, quem não gosta do estilo sertanejo universitário também o será. Só estaremos de lados diferentes.


A Revista Época publicou na capa o moço do momento cercado de mulheres que o desejam neste mesmo instante.
O sorriso é malicioso. Os esmaltes agradam o gosto de vários estilos de mulher.

Muita gente se sentiu agrededida pela referência que a publicação faz: "traduz os valores da cultura popular", porém ninguém pode negar a afirmação "brasileiros de todas as classes". Quem nunca se deparou dizendo aquele belo "Nossa, nossa!"

Todos cantam, dançam, se divertem.

Cultura não é a tal diversidade?
Não é algo que devemos respeitar?

Respeito...


Ah, sertanejo universitário não é cultura?
As rimas são pobres? Transparencem a futilidade?
Falta conteúdo nessas músicas? São sugestivas demais? Banalizam a juventude?

Bem, se não traduz a cultura, não tenham dúvidas, refletem. Refletem algo da sociedade.
Um sociedade que "absorve" a cultura pela televisão. Não conhece rimas, pois se quer lhe aapresentaram o significado de fonemas. Shoppings lotados com pessoas que caem na característica fútel, pois só sabem e só querem comprar.
E o conteúdo hein? Numa discussão as pessoas brigam ao invés de expressarem argumentos. Conteúdo quando nem mais os partidos políticos apresentam ideologias? É...
Sugestões? Vivemos de insunuações, ironias e cinismos. A banalização? Em todos os cantos. TODOS!

Pelo menos, Michel Teló não caiu na demagogia de quem o critica.

A música "Ai se eu te pego" é mero retrato desta sociedade.
Desta forma, não deve-se avaliar se a música é boa ou ruim. Talvez uma avaliação da sociedade seja mais pertinente, entendem?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Uma cena


Chuva. Muita chuva. Todo ano cenas assim. Enchentes. Desespero. E com o perdão do trocadilho, muita coisa, simplesmente, vai por água abaixo.
A parte física das casas, os sonhos das pessoas: Vão com vento. Caem assim como a torrente.
Ano passado marcou a cena da senhora que ao ver tudo ser levado, queria apenas salvar. Salvar seu melhor amigo, o cachorro.

Este ano, tudo aconteceu de novo. E está acontecendo.
Pela televisão vi a situação de Minas Gerais. Era muita água. Mas desta água se destacou o xadrez. Um rapaz que vistia uma camisa desta estampa teve coragem de herói e sensibilidade que se espera do ser humano. A correnteza era forte, no entanto mais forte era a bondade. Se arriscou e salvou a motorista desesperada e o filho dela também.
Mais que a desgraça que vem com a chuva e que revela a falta de infra-estrutura, são nestes momentos que homem tem a oportunidade de fazer renascer nele próprio a crença e a esperança de que o mundo tem jeito, e que nós podemos encontrar esse jeito.
A gente volta acreditar que homem não é este ser individualista do capitalismo, tampouco tem em si o egoísmo desta sociedade moderna.

Voltar acreditar. Um bom recomeço, num ano que está só começando...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Alguém...


Quando todos os olhares não compensam a falta do fitar de alguém: Aquele alguém.
Naquele momento em que multidão não supri a solidão interna.
Enquanto todos sorriem para você, só alguém seria capaz de lhe arrancar o sorriso.
Você tem todos os dias pela frente. No entanto, queria só um: Um. Aquele único com alguém que ama.

Um alguém... Alguém... Mas quem?

domingo, 1 de janeiro de 2012

A responsabilidade de um novo ano...


Acho pesado demais essa história de que se o ano é novo, nós também temos que ser.

Por que a cada ano temos que mudar? Será que nunca seremos suficientemente bons, para tentarmos ser simplesmente igual ao ano que passou?

Não entendo às promessas que vem uma vez ao ano. Vem com a romã, a lentilha e a lichia, que também só aparecem esta única vez.

Queria entender o que realmente significa um novo ano. Talvez eu tenha medo desta compreensão. Há quem diga que anos ímpares são mais difíceis que os pares. Na astrologia uma sequência de números pode siginificar um ano feliz. Ou não... Vai ver, eu tenha medo dessas mudanças. Temo não possuir a bondade que exigem, ou quem sabe não suprir as expectativas: minhas próprias. Posso frustrar-me se ano passado for melhor que ano que vem, embora o passado seja distante demais para comparar com aquilo que se quer consigo ver.

Não, não fico triste. Fico pensativa a cada novo ano. Sim, eu faço todas as tais simpatias. Desde a cor da calcinha (este ano rosa), até as sementes de uva, que já estão bem guardadas em minha carteira.

Já sei é isso. Ou foi pelo menos isso que me fizeram crer: A gente muda de ano e comemoramos essa passagem pelo simples fato de que precisamos de motivos. Precismos de algo que justifique um recomeço, uma reviravolta. Aquela mudança radical. Temos que ter uma situação que os permita acreditar de novo e ter a esperança, que durante os 365 dias, vai duiminuindo... Diminuindo... Simplesmente porque nem tudo sai como previamos na lista do ano que vem. Ainda bem que novamente chega um outro novo ano; lista nova escrevemos e a esperança renasce... Temos mais 365 dias para mantê-la acesa...

Às vezes, acho os ciclos monótonos e previsíveis demais. Todo ano a mesma coisa. Roupas brancas (e pensem, até hoje ainda temos guerra. Não estaria na hora de mudar?)

Não, não quero colocar as tradições em xeque. Mas talvez queira que eu e você não esperemos mais um ano, para tentar ser melhor só no ano que vem.

Percebem a lógica, ou será que fui confusa demais?
Bom, prometo que ano que vem tento ser melhor.

Por ora, bom 2012!