terça-feira, 10 de janeiro de 2012

E se fosse inocente?


"É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente."
(Voltaire)
A sábia frase não é de hoje, mas o erro é praticado até os dias atuais.

Queremos fazer "Justiça com as próprias mãos". Justificável, claro. A Justiça do Direito prevê impunidade. É marcada por falhas e privilégios aos infratores.
Assim, paira a sensação de injustiça. E a gente só quer ser justo.

O problema é que não cabe a nós julgar, muito menos condenar. A gente acusa e logo, o suspeito se torna alvo. Alvo da mídia. É nele que a sociedade mira.
De suspeito à assassino. Rapidamente.

Condenado pelo povo, cabe à população dar a pena.
Batem raivosos. Certos de que estão fazendo o que é correto.
Linchamento. É a Justiça em forma de sangue. Sangue derramado em nome de um bem maior.
O problema é quando o sangue é de inocente.
O remorso não bate quando vemos que não fomos assim tão justos?
A gente não crê na Justiça concreta.
Acabamos caindo na tentação de acreditar na sensibilidade abstrata da nossa percepção.
Um perigo!


Link: Homem linchado no Campo Grande pode ser inocente

3 comentários:

  1. Mesmo que fosse culpado um crime não justifica o outro. E Pode ser que ele seja mesmo inocente. Mas o que mais assusta é a capacidade do ser humano de praticar a violência.

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  2. Será que quem não participou do linchamento, não é tão desumano quanto o verdadeiro estuprador?

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  3. Sim, vocês tem razão.
    A ânsia, a revolta pode dar nisso. Foge-nos o controle. Porém, é a velha história: Um erro jamais vai justificar um outro.
    Desumano: é essa a palavra!

    Obrigada meninos! =)

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