quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

BBB 12: É o que queremos


Ninguém quer que outro alguém se meta onde não foi chamado.
Depende.

Privacidade: Queremos que respeite a nossa.
Só não há necessidade de respeitar a dos outros.

Entre quatro paredes, tudo vale. De lá, nada sai.
A não ser uma foto, um vídeo pra jogar na rede. Só na rede!

Guardamos para nós, o que só diz respeito a gente mesmo.
No entanto, poucas coisas só cabem a si próprio.

Há quem se esconda, num mundo em que as câmeras nos perseguem.
Tem também quem persegue o melhor ângulo sob elas.

Tem quem fala em intimidade e a guarda como um bem precioso.
Há que a expõe dá mesma forma.

Tem gente que se sacia em fazer o bem, não importa a quem.
Outros só o fazem se este for publicado como prova de sua bondade.

Não basta fazer para si e os seus. Tem que mostrar. Aparecer: Para os amigos, os vizinhos, claro, para o mundo.

O privado é público.
A residência é praça do centro da cidade.
Vida particular? Impossível. Todos veem, dão palpites.
A sociedade é individual, mas nesta individualidade o que prevalece é o coletivo.
Esconde-se querendo mostrar. O velho charme...
Dissimula querendo escancarar.
A ânsia de estar sob o holofote. Uma luz que julga e molda à sociedade.
Quer-se ser aceito. Aceito por terceiros.
Não quer reconhecimento, deseja-se sucesso.
Não queremos amigos, desejamos apenas quem falem da gente (Ah, e podem até falar mal, desde que falem...).


Big Brother Brasil: 12 anos. Mais de uma década tentando aparecer. Ainda mais!

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