quinta-feira, 15 de março de 2012

Sozinha e vice-versa


Sozinha, enquanto todos andavam juntos.
Os outros falvam, contavam, riam. Uns para os outros. Ninguém para ela.
Jovens no intervalo da faculdade. A professora de cabelos brancos só tinha voz dentro de sala - pelo menos só lá lhe davam atenção, ou fingiam que davam.
Cada um em seu grupo, tribo, segmento. Ela só. Sozinha com vontade de estar junto.
Não estava excluída, mas passava despercebida.

Não se intimidou. Tampouco se deteve ou se escondeu.
Entrava nas conversar. Puxava assunto. Interagia com qualquer grupo de mais de duas pessoas.
Falou do movimento na Universidade, do calor, das estrelas.
Sorria para desconhecidos. A reação de quem não a conhecia era de estranheza e surpresa.
A senhora agia naturalemente.

Somos apenas dentro de nosso espaço, com nossas pessoas. Somos fechados: Sozinhos estando com gente.
Não vemos ao redor. Perdemos a oportunidade de encontrar pessoas diferentes, conversas sobre novos assuntos, ideias diversificadas.

Sozinha, ela fez de tudo para estar com todos.
E esteve.

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