sexta-feira, 2 de março de 2012

O amor, segundo Gikovate


Tive a oportunidade de conversar e o ouvir as sábias análises do Dr. Flávio Gikovate.
Cada palavra veio na hora certa. Para a pessoa certa. E do jeito certo.
Foram "tapas na cara" sem dor.
Acordou-me, mas eu não estava dormindo.
Falou de amor com quem se quer sabe o que significa.
Não sabe, no entanto tinha certeza que sabia. Amar é respeitar a individualidade de cada um! Porém são tantas emoções contrárias a tal ideia: O ciúme, a possessividade, egoísmo.
É comum ouvir de um casal: "Somos um". É o grande erro dos enamorados. Ceder é difícil. Ainda mais complicado é respeitar que somos diferentes.
A gente sabe que os opostos se atraem. Todovia, não compreendemos os extremos de cada um. Apaixonar-se por alguém interessante é abrir mão de um tanto de outras pessoas tão interessantes quanto - ou até mais.
Escolher é sempre difícil. E talvez o problema - assim penso eu - é que hoje as escolhas não são definitivas. Nós podemos errar. Errar de novo e insistir no erro. Um sequência de sofrimento próprio e dos envolvidos.
A gente erra por não aprender com erro. Sem aprendizagem nunca vamos encontrar o certo.
Gikovate falou das pessoas que casam duas, três, quatro, cinco... vezes! Ele acredita que há dois perfis neste caso: 1) A pessoa sempre casa com mesmo tipo de pessoa e por isso o fim é sempre o mesmo: sepração. 2) Ela gosta mesmo de trocar.
O primeiro deve ter mais jeito. É só alguém falar pra ele - mas hoje em dia alguém ainda ouve o outro alguém?

E as solteiras - como eu. Umas desemperadas - vai chegando a idade... A grande pergunta é por que está tão difícil um relacionamento sério. - principalmente para as mulheres.
O psiquiatra mais uma vez nos traz a realidade. O número de homens e mulheres interessantes não é compatível. Nas universidades de 100, 60 são mulheres e 40 homens. E ai, o que fazemos com as 20 mulheres que sobram? - 20 na melhor das hipóteses, bem lembrou uma moça da plateia, já que há ainda os homossexuais.
Essa é a lógica. Uma lógica que também entra no capitalismo. 40 homens disputados por 60 mulheres. Lei da demanda e da procura.
Mulheres que sonham casar... Homens que sempre adiam.
Na briga, vence as que não pressionam. Vence o compromisso descompromissado: "Vamos ver no que vai dar".
Não é nada democrático. É a minoria que comanda, simplesmente por que estar sozinho para muitos é insustentável - muitos autores, inclusive, reforçarm essa ideia. Gikovate vai contrário a tudo isso. É prático, não dá conselhos.
Abre os olhos.
Não é otimista, apenas apresenta a realidade.
O otimismo depende da gente. A interpretação é para nós.

Sofrer num amor, ou ser feliz na individualidade? Pra ele podemos viver sozinhos. Sozinhos mesmo estando juntos - um belo segredo.

Um comentário:

  1. Ele fala um monte de obviedades, e num dia morde num tema, para no dia seguinte, assoprar. E assim, vai conseguindo milhares de seguidores. É uma boa estratégia.

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