segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Alucinação


Escuro.
Madrugada.
Alguns indo trabalhar.
Outros voltando do trabalho.
Estrelas no céu. E a correria já começa sobre o asfalto.
Logo, ruas cheias de carro. Carros cheio de gente: Gente atrasada, estressada...
Antes disso tudo, apenas algumas luzes nos postes e a insegurança de estar numa grande cidade.
No meio do nada, no meio de tudo sem nada, sai um rapaz: Jovem, alto. Sem camisa. Rodando com a mão a própria camisa. Alucinado se arrisca no meio da rua. Grita, pula, se bate.
Grita de desespero. Um grito fora de si.

Revela uma ferida da sociedade.
Sociedade de alienados que se confortam na alucinação.
Onde drogas, bebidas e solidão são as únicas companhias.

Medo sentem os lúcidos. Quanto pavor não sentem os alucinados?

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