Apareceu, num momento em que não seria destaque. Não deveria. Vai ninguém o reparou.
Era de idade, denunciavam os cabelos: brancos e escassos.
Pra mim, deu as costas.
Fitava o altar.
Estava frágil, mostravam os ombros caídos e a movimentação limitada.
Não demorou para a ajoerlha-se diante de Deus e da Virgem Maria.
Ajoelhado, esforçou-se sem muito equilíbrio para subir quatro ou cinco degraus.
Aproximou-se mais do Divino.
Na igreja, o padre seguia a missa.
Os fiéis rezavam. Orações em silêncio. Pedidos individuais.
Aproximou-se o quanto pôde do Pai. Sem dúvida conversar. Ele precisava Dele.
Depois do contato, o senhor voltou pelo centro da igreja, no caminho inverso aos que as noivas fazem quando estão prestes a realizar o grande sonho.
Pude ver-lhe a face, logo que passou por mim.
As rugas comprovaram a idade.
O choro elucidou o quanto aquele senhor precisava de Deus.
Ele estava triste. Sabe-se lá o que passava em coração.
Enquanto isso, o padre seguia o roteiro, os devotos oravam pra si e os seus.
Eu parei e observei...
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