sábado, 25 de fevereiro de 2012

Graziele e Gabriela

Num dia feliz, com momento de profunda tristeza.
Com as pessoas mais importantes, que perderam a de maior importância.
O sorriso no rosto, logo o choro nos olhos.

Foram chamadas por Ele.
Anjos que faziam falta no céu. E que agora, fazem na Terra.

Se existem culpados?
Já não adianta.
Quer-se Justiça?
O que se quer já é irreversível.

Graziela: Pais sem a filha.
Filho que se protege atrás dos pais.

Gabriela: Fatalidade.
Pais que fariam de tudo pra evitar o inevitável.

Elas foram e eles ficaram.

O socorro foi tarde?
Não.
Aquela era a hora. A hora delas.


Permitam-me um desabafo:
Esses dias fiquei bem envolvida nos casos das meninas, tanto de Bertioga como a do Hopi Hari. Foi um envolvimento bem jornalístico sabe? Mas, enquanto "pessoa" precisava expor meus sentimentos às famílias, acho que todos ficamo sem palavras nesses casos. Confesso, que além da tristeza me vem uma certa revolta, talvez com ninguém, talvez com todo mundo.
Eu me chateio as vezes com a indiferença das pessoas e é sobre as pessoas que queria deixar umas palavrinhas, já que nem todos são como a gente esperava:
"Tive simplesmente saudades da minha ideia de si" (Fernando Pessoa).

Um comentário:

  1. Acho que todo mundo está sem palavras...Tanta irresponsabilidade e tanta impunidade. Ninguem acredita mais na justiça, eu acho!

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