quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Simplicidade ostentadora

Vejam como são as coisas. Ontem, tivemos uma palestra com Eduardo Lacerda, aquele que apresenta o Jornal Regional pela EPTV, aqui em Campinas. A TV, com seu efeito de real, sem dúvida é um mundo envolvente e involuntariamente, quando conhecemos alguém que diariamente está na "telinha", o simulacro torna realidade e a vontade é registrar o momento com uma foto. Com Eduardo não foi diferente. Todos, aliás "todas", ao fim do debate ligaram as câmeras e abriram aquele belo sorriso. Comigo não foi diferente.
Isso fez lembrar-me de um episódio curioso. Uma vez recebemos na Rádio uma ouvinte assídua do Programa do Bambuzinho. Nesta situação os papéis se inverteram e eu confesso que foi uma grande surpresa. A dona Mercedes queria tirar um foto comigo. Fiquei contente, pois foi uma forma de expressar o carinho e também reconhecimento de nosso trabalho.
Mas a questão não é está. O que mais me chamou atenção foi a simplicidade da ouvinte. Estamos acostumados com máquinas fotográficas digitais, e neste caso estavamos desprovidas de tal tecnologia. E por incrível que pareça, o gosto de uma câmera analógica é bem diferente. Não vimos a foto na hora, o que acabou criando uma certa expectativa. Melhor que isso, a dona Mercedes nos deu a honra de recebê-la novamente, afinal tinha que nos mostrar como ficou a revelação. No caso de uma digital, no máximo teria nos enviado por e-mail.
A simplicidade foi tão encantadora que a ouvinte nos presenteou com um álbum de fotos e quando nos viu abriu um sorriso e disse: "As fotos ficaram lindas. São até COLORIDAS!"

Pequenos detalhes muitas vezes são desconsiderados. A rapidez dos avanços tecnológicos faz com que não valorizemos a evolução do "preto e branco", por exemplo.
Nessas horas a gente percebe que precisamos de tão pouco para sermos felizes. A felicidade está nas coisas que passam imperceptíveis. Precisamos desenvolver a sensibilidade capaz de ostentar a simplicidade.

2 comentários:

  1. Eu passei por uma situação como essa. Realmente é gratificante e, ainda por cima, surpreendente, ao menos pra mim.

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  2. Pois é Bruno, foi uma grande e boa surpresa =)
    O carinho que nos tratam não tem preço, não existe melhor reconhecimento né??

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