domingo, 25 de outubro de 2009

Imprensa: A informação não fiscalizada


A imprensa, segundo nosso presidente deve informar. Claro, afinal, a informação é direito da nação, o acesso à ela é o que garante nossa democracia. A informação de qualidade é o que preza um Jornalismo ético e de qualidade. E é nesta vertente que acredito e esforço-me em elucidar.
Porém, Lula comete um grave equívoco ao negar o papel fiscalizador das mídias. Dines acerta ao afirmar que “informar e fiscalizar são ações sequenciais, partes do mesmo processo. Ao informar, fiscaliza-se, ao fiscalizar, informa-se. Proibir uma liquida a outra.”
Investigar é função da imprensa, é a prestação de serviço à sociedade, o que dá nobreza aos jornais e aos jornalistas.
Luiz Inácio Lula da Silva, “desatento para a esquizofrênica contradição”, com certeza “já se beneficiou como cidadão, político e sindicalista desse papel fiscalizador dos jornalistas”, como bem lembrado por Sérgio Murillo Andrade. Antes beneficiado, hoje censura o benefício aos seus iguais. Da fiscalização do tempo de oposição, Lula e seu partido cederam ao gozo do poder.
Informação, investigação e fiscalização estruturam o tripé que sustenta, ou pelo menos deveria sustentar, o Jornalismo. São estas três características que dão sentido a existência da imprensa. São elas que reforçam a importância de uma mídia transparência. Sem elas, teríamos que nos contentar com muito pouco. Seríamos obrigados a nos conformar com o “poder fiscalizador do TCU”.

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