sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Ah, esse Presidente...
“Nunca antes na história” eu fiz algo assim. Aproveito este espaço para analisarmos algumas frases do “cara”, proferidas em 2009. Luís Inácio Lula da Silva usa frases impactantes, metáforas e outras figuras de linguagem. É inegável a esperteza do presidente. O que causa dúvida é a esperteza, ou amenizando minha crítica, a lucidez dos 85% que aprovam Lula.
Seguem algumas citações:
- “Máquina pública é extraordinária, porém ineficiente.” - Ineficiência extraordinária?
- “Os empresários têm tanta obrigação de ser brasileiros e nacionalistas quanto eu.” - Claro, ser “lulista” também deve ser bom pré-requisito.
- “Se vocês não gostam de política, acham todo político ladrão, que não presta, não renunciem à política. Entrem vocês na política porque, quem sabe, o prefeito que vocês querem está dentro de vocês.” - Porém, não relutem, pois o presidente que vocês querem, claro que é Luís Inácio.
- “Nada é mais fácil do que atribuir aos outros a culpa por seus próprios problemas” - É presidente, assumir os próprios erros é difícil, melhor ficar no “não sei de nada”.
- “Quando está todo mundo no hospital, fica todo mundo mais humilde.” - Ainda bem que há males que vem para bem...
- “Eu acho que Chávez fez um gesto de gentileza. Só lamento que ele não tenha título de eleitor para votar na Dilma.” - E não é que o presidente é mesmo “amiguinho” do venezuelano.
- “A gente não tem que olhar quanto vai gastar, tem que olhar quanto a gente vai ganhar.” - A confiança do presidente é invejável, pena que ele coloca em risco 190 milhões de brasileiros.
- “Principal animal em extinção é o ser humano.” - Pois é, deve ser por isso a extinção da ética, credibilidade, comprometimento, transparência...
- “Esse negócio de Conselho de Segurança está como uma fruta madura[...] passando do ponto de colher e daqui a pouco ela cai.” - O presidente valorizou tanto uma cadeira no Conselho e agora cospe no prato?
- “O que é triste é isso, vai passando o tempo, as pessoas não falam, ficam mudas, e quando vai chegando perto das eleições as pessoas começam a preparar o discurso para campanha.” - O problema não é preparar o discurso, o grave é fazer campanha antes do tempo, e ter o cinismo de negar isso.
- “Sou amante da democracia e da liberdade de imprensa.” - Hum... preciso comentar?
- “A maior alegria que tenho é que leitores, ouvintes e telespectadores são os únicos censuradores que admito nos meios de comunicação.” - Agora está explicado a censura ao Estado. Apesar de filho do Sarney, Fernando Sarney é também leitor, ouvinte e telespectador.
- “Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. É informar.” - Escrevi um post sobre isto. (Confira abaixo: “Informação não fiscalizada”).
- “É preciso parar com essas mania de entender que só o presidente da República tem responsabilidade com Brasil. Os 190 milhões também têm.” - O Brasil é responsabilidade dos brasileiros, Lula tem toda razão. Mas o poder está nas mãos de poucos, a decisão é tomada por uma classe dominante. Podemos culpar os 190 milhões por isso?
- “A dona Lina é dona da sua consciência. A dona Dilma é dona de sua consciência.” - Lula da Silva é dono de sua consciência. Desta, estamos livres.
- “Eu gostaria de subir num palanque só. É difícil subir em dois. Se isso acontecer, há risco de eu não subir em nenhum.” - O ex-metalúrgico sem palanque, não é aquele ex-metalúrgico que conhecemos.
- “O eleitor destas pessoas (Sarney, Renan, Collor, Jader Baralho) é tão bom quanto ele.” - Não precisava ser tão agressivo senhor Presidente. O senhor, que é o senhor erra. O povo também comete equívocos. O problema é que os fazem na hora de votar. Mas isso é reversível.
- “Quando se chega à Presidência, a responsabilidade nas suas costa é de tal envergadura que você não tem direito de ser pequeno.” - Mas daí julgar-se acima do bem e do mal, já é um certo exagero, não?
“No próximo aniversário, eu, se Deus quiser, estarei comemorando a eleição dela [Dilma].” - O mais certo não seria estar comemorando o desenvolvimento do Brasil? A frase ficou individualista, impregnada de interesses próprios. E como ficam os “companheiros”?
As frases são tantas. Minhas indignações as sucedem.
Num recente post, comentei sobre a provável aliança entre Jesus e Judas (confira abaixo “Metaforicamente falando...”), que inclusive foi publicada na Carta do Leitor do Correio Popular, na terça-feira (28/10). Hoje, recebi uma crítica na mesma editoria do jornal, de um outro leitor. Fiquei surpresa com a repercussão e agradecida por tal. Os pontos de vistas diferentes enriquecem-nos.
As frases citadas acima me indignaram. Mas a citação noticiada hoje me decepcionou, causou-me repúdio. “A figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas neste país, já não decide mais[...]o povo não quer mais intermediário, este povo tem pensamento próprio”, disse o presidente num evento que reuniu catadores de lixo reciclável. A afirmação causou alvoroço, e um grupo de jornalista foi vaiado por três mil catadores.
O “cara” desmoralizou a figura do jornalista. Tal desmoralização ataca explicitamente a ética. Desmoralizar o Jornalismo é contrariar a democracia.
É assustador o nível de contradição de nosso presidente. De acordo com Lula, aqueles que antes deveriam informar, hoje não servem sequer como intermediários.
Os jornalistas têm o dever de transmitir a realidade, dar acesso à informação, que subentende a fiscalização e checagem da notícia. O Jornalismo é a ponte entre a sociedade e os poderes públicos.
O presidente está bem incomodado com a imprensa. E isto é bom sinal. Aliás, não poderia haver melhor elogio para os meios de comunicação, afinal, como citado em recente Editorial da Folha de S. Paulo: “Não haveria melhor forma de elogiar os meios de comunicação do que as indignações de tantas figuras insuspeitas.” Não sei porque, mas para mim, Lula é um tanto quanto “insuspeito”.
Já que o assunto é rádio...
Este é um vídeo que fizemos na faculdade, na disciplina de Planejamento em Jornalismo; Sou muito grata a dedicação, participação e sintonia do grupo.
O vídeo mostra nossa visita à Rádio CBN-Campinas, em entrevista com o Valter Sena.
Confiram um pouco de nosso trabalho e percebam a alegria de fazer as coisas, quando se gosta do que faz.
O vídeo mostra nossa visita à Rádio CBN-Campinas, em entrevista com o Valter Sena.
Confiram um pouco de nosso trabalho e percebam a alegria de fazer as coisas, quando se gosta do que faz.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
O encanto do Radiojornalismo
Sou amante das mesas-redondas, dos debates, discussões. São sempre construtivos e nos agregam preciosas informações e conhecimento.
Ontem participei do II Encontro de Editorialistas na Puc-Campinas, com participação de Edilson Damas da CBN-Campinas, Rodrigo Neves e Noêmia Gomes da Band News.
Na área de Jornalismo, o que mais me encanta é o rádio. Trabalho desde dos três anos neste veículo, e hoje, participando ao vivo, diariamente, tenho a certeza que encontrei meu "grande amor". Noêmia ao disse que o "rádio morde". Ela tem toda razão. Morde e o veneno cai na veia, aí não tem mais jeito.
Segundo Rodrigo Neves, a política adotada pela Rede Bandeirantes não mudou com a queda do diploma. E neste assunto Damas reforça que estamos num bom momento para reanalisar as diretrizes curriculares do curso, principalmente no que se refere ao estágio, que atualmente é proibido por lei. Ambas emissoras continuam contratando profissionais formados, afim de garantir a competência e credibilidade do veículo.
De acordo com o Diretor da Band News, há muito espaço para o Jornalismo, ainda mais numa cidade como Campinas, que tem dinamismo e “em termos de notícia, não pára nunca”. Neves destacou que a função do jornalista é “informar”, e tal afirmação me levou a pensar na polêmica envolvendo nosso presidente, na relação informação/fiscalização. Levantei este questionamento e o senhor Rodrigo ressaltou a importância da liberdade em nossa democracia, quando comparada a outros países da América Latina, porém enfatizou que ao informar, a fiscalização não é, nem deve ser desconsiderada.
A Rádio Digital em Campinas está em fase experimental desde 2005 e tem como vantagens a qualidade de som e a multiprogramação. De forma definitiva, o sinal digital deve se estabilizar daqui uns 15 anos. Isso porque, exige-se alto investimento, sem que haja massa receptora suficiente que justifique tal.
Entre os jovens a Internet é a mais abrangente. As emissoras de rádio tentam descobrir este novo público, a medida que a juventude redescobre e reaprende a radiofusão. Há necessidade de conhecer o novo ouvinte e a Internet pode ser aliada neste aspecto.
Edilson Damas assume que o radiojornalismo está sendo o último veículo a se profissionalizar. Muitos apresentadores não têm formação acadêmica, principalmente nas cidades do interior, porém, já está havendo um desmitificação neste aspecto.
Uma grande tendência é o podcast, no qual grandes redes de rádio irão vender seus conteúdos, e o ouvinte terá acesso quando desejar, é o que Damas denomina “Rádio sob demanda”. Esta seria uma forma de revitalizar o o veículo. O rádio passa a ser gerador de conteúdo, acompanhado da interatividade e convergência de mídias.
A Rádio CBN mantém um portal na Internet, e Edilson assume que é um grande desafio para emissora, pois o principal objetivo é conciliar o imediatismo do rádio com a característica instantânea da Internet, ainda um obstáculo no Jornalismo.
Neste novo cenário, a tendência é que haja um leque mais extenso de oportunidades para os jornalistas, sendo a web bastante promissora.
O interessante deste Encontro foi a participação de representantes de emissoras concorrentes. Para Damas a CBN e Band News se complementam e quem ganha com isso é o ouvinte, que tem mais opções.
Um ponto que merece destaque é o fato de o salário do profissional que trabalha com radiojornalismo ser inferior. Rodrigo Neves justifica a situação com o fato de a publicidade no rádio corresponder à apenas 4% das vinculações comercias na mídia, com arrecadação relativamente baixa. Nesta situação, nem todas as emissoras conseguem reter talento, sendo necessário uma política mais agressiva para que aconteça a retenção. O próprio Neves ressalta que “Nada sobrevive sem talento”.
Para Damas, a política salarial sofreu mudanças e hoje, na CBN a rotatividade é menor. Edilson chama atenção pelo fato de haver pisos diferentes, e sugere que isso seja debatido, afim de nivelar por alto.
Aos alunos de jornalismo e os que já atuam na profissão, Rodrigo destacou que a “ética não tem preço” e que nossa função é devolver à sociedade a oportunidade que temos de estudar numa Universidade. Noêmia Gomes ressaltou ainda que o profissional que atua no rádio é mais completo, além do veículo ser uma porta de entrada para o telejornalismo.
Sou suspeita para dizer, mas o rádio é apaixonante e desafiador, a medida que exige bom improviso, jogo de cintura e muito carisma. A receptividade do ouvinte é admirável, participam do programa com sugestões, críticas, o que cria um forte vínculo e fidelidade. No radiojornalismo, as estrelas são as notícias, porém não podemos desconsiderar jornalistas como Arnaldo Jabor e Heródoto Barbeiro, que fazem do rádio, uma mídia referencial.
Simplicidade ostentadora
Vejam como são as coisas. Ontem, tivemos uma palestra com Eduardo Lacerda, aquele que apresenta o Jornal Regional pela EPTV, aqui em Campinas. A TV, com seu efeito de real, sem dúvida é um mundo envolvente e involuntariamente, quando conhecemos alguém que diariamente está na "telinha", o simulacro torna realidade e a vontade é registrar o momento com uma foto. Com Eduardo não foi diferente. Todos, aliás "todas", ao fim do debate ligaram as câmeras e abriram aquele belo sorriso. Comigo não foi diferente.
Isso fez lembrar-me de um episódio curioso. Uma vez recebemos na Rádio uma ouvinte assídua do Programa do Bambuzinho. Nesta situação os papéis se inverteram e eu confesso que foi uma grande surpresa. A dona Mercedes queria tirar um foto comigo. Fiquei contente, pois foi uma forma de expressar o carinho e também reconhecimento de nosso trabalho.
Mas a questão não é está. O que mais me chamou atenção foi a simplicidade da ouvinte. Estamos acostumados com máquinas fotográficas digitais, e neste caso estavamos desprovidas de tal tecnologia. E por incrível que pareça, o gosto de uma câmera analógica é bem diferente. Não vimos a foto na hora, o que acabou criando uma certa expectativa. Melhor que isso, a dona Mercedes nos deu a honra de recebê-la novamente, afinal tinha que nos mostrar como ficou a revelação. No caso de uma digital, no máximo teria nos enviado por e-mail.
A simplicidade foi tão encantadora que a ouvinte nos presenteou com um álbum de fotos e quando nos viu abriu um sorriso e disse: "As fotos ficaram lindas. São até COLORIDAS!"
Pequenos detalhes muitas vezes são desconsiderados. A rapidez dos avanços tecnológicos faz com que não valorizemos a evolução do "preto e branco", por exemplo.
Nessas horas a gente percebe que precisamos de tão pouco para sermos felizes. A felicidade está nas coisas que passam imperceptíveis. Precisamos desenvolver a sensibilidade capaz de ostentar a simplicidade.
Isso fez lembrar-me de um episódio curioso. Uma vez recebemos na Rádio uma ouvinte assídua do Programa do Bambuzinho. Nesta situação os papéis se inverteram e eu confesso que foi uma grande surpresa. A dona Mercedes queria tirar um foto comigo. Fiquei contente, pois foi uma forma de expressar o carinho e também reconhecimento de nosso trabalho.
Mas a questão não é está. O que mais me chamou atenção foi a simplicidade da ouvinte. Estamos acostumados com máquinas fotográficas digitais, e neste caso estavamos desprovidas de tal tecnologia. E por incrível que pareça, o gosto de uma câmera analógica é bem diferente. Não vimos a foto na hora, o que acabou criando uma certa expectativa. Melhor que isso, a dona Mercedes nos deu a honra de recebê-la novamente, afinal tinha que nos mostrar como ficou a revelação. No caso de uma digital, no máximo teria nos enviado por e-mail.
A simplicidade foi tão encantadora que a ouvinte nos presenteou com um álbum de fotos e quando nos viu abriu um sorriso e disse: "As fotos ficaram lindas. São até COLORIDAS!"
Pequenos detalhes muitas vezes são desconsiderados. A rapidez dos avanços tecnológicos faz com que não valorizemos a evolução do "preto e branco", por exemplo.
Nessas horas a gente percebe que precisamos de tão pouco para sermos felizes. A felicidade está nas coisas que passam imperceptíveis. Precisamos desenvolver a sensibilidade capaz de ostentar a simplicidade.
domingo, 25 de outubro de 2009
Ajude a Ajudar!
Há quem diga, que a felicidade é utópica. Nossa vida, tem momentos de alegrias, mas nunca somos felizes em plenitude. Pensar em felicidade é projetar-se ao futuro inatingível, porém que dá sentido à vida.
Hoje, assistindo TV, chamou-me atenção as crianças atendidas pela AACD, transmitido pelo SBT. Lindas histórias. Belíssimos sorrisos. Não só belos, mas principalmente, sinceros.
Mães que lutam pelo progresso e desenvolvimento dos filhos. Pais que orgulham-se ao ver a evolução das crianças. E telespectadores como eu, incapazes de conter as lágrimas.
Mais que um programa beneficente, proporciona a quem assiste um momento de reflexão, recheado de exemplos, que devem ser considerados em nossa caminhada.
Fernandinho, um garotinho animado, carismático, esbanjando alegria inspira a arte de viver. Embora sentando numa cadeira de rodas, com movimentos restritos e com atrasado desenvolvimento, Fernando sensibiliza pela garra, força de vontade, entusiasmo e ânsia pela vida. Depois do nascimento, o garoto ficou hospitalizado por dois anos, durante os quais alimentava-se através de sonda. Passou a ser atendido pela AACD e com os tratamentos, a sonda tornou-se inútil. Fernandinho saboreia os alimentos e diz que a partir de então tornou-se “feliz”. Pois é, para este belo exemplo, a utopia da felicidade é inexistente.
A AACD deu um novo sentido a vida desta criança e poderia dar um novo valor a nossa. Sílvio Santos, ícone da televisão brasileira, ressaltou que “o valor que está dentro de nós é o de mudar o rumo da história”. A mudança só se consolida quando estamos de coração aberto para ajudar. O que temos feito pelos nossos semelhantes?
“Ajude a ser ajudado!” - Teleton 2009
Para doar: 5 reais – 0500 12345 05 / 10 reais – 0500 12345 10 – Já fiz a minha doação!
Imprensa: A informação não fiscalizada
A imprensa, segundo nosso presidente deve informar. Claro, afinal, a informação é direito da nação, o acesso à ela é o que garante nossa democracia. A informação de qualidade é o que preza um Jornalismo ético e de qualidade. E é nesta vertente que acredito e esforço-me em elucidar.
Porém, Lula comete um grave equívoco ao negar o papel fiscalizador das mídias. Dines acerta ao afirmar que “informar e fiscalizar são ações sequenciais, partes do mesmo processo. Ao informar, fiscaliza-se, ao fiscalizar, informa-se. Proibir uma liquida a outra.”
Investigar é função da imprensa, é a prestação de serviço à sociedade, o que dá nobreza aos jornais e aos jornalistas.
Luiz Inácio Lula da Silva, “desatento para a esquizofrênica contradição”, com certeza “já se beneficiou como cidadão, político e sindicalista desse papel fiscalizador dos jornalistas”, como bem lembrado por Sérgio Murillo Andrade. Antes beneficiado, hoje censura o benefício aos seus iguais. Da fiscalização do tempo de oposição, Lula e seu partido cederam ao gozo do poder.
Informação, investigação e fiscalização estruturam o tripé que sustenta, ou pelo menos deveria sustentar, o Jornalismo. São estas três características que dão sentido a existência da imprensa. São elas que reforçam a importância de uma mídia transparência. Sem elas, teríamos que nos contentar com muito pouco. Seríamos obrigados a nos conformar com o “poder fiscalizador do TCU”.
Metaforicamente falando...
Adoro as metáforas. Lula também as aprecia. Nem sempre são felizes, nem sempre bem empregadas. Aos ouvidos repercutem como frases impactantes. Dizer que, caso Jesus viesse para cá, faria um coalização com Judas, de fato, como disse Verzigansse, representa a concepção que o público tem da política. Quantas vezes associamos políticos a atos ilícitos, corrupção ou impunidade? Quantas vezes repudiamos a política? Muitas vezes não nos interessamos, ou pior, nos conformamos com sua face obscura. Felizmente, vale lembrar que “a gente não deve acreditar que o grupo pode ser explicado pelos tropeços individuais”.
Mesmo desanimados, suportamos muitos canalhas em cargos importantes. O condenável não é suportar, mas sim aceitar. Lula se considera acima do bem e do mal, e o inacreditável é que mais de 80% da população brasileira aceita isso. Ou ainda pior, acredita neste absurdo.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Pessoal, este é um trabalho que fiz para a faculdade, na Disciplina de Criatividade em Jornalismo. O tema era a censura na ditadura. Fiz um áudio, uma viagem àquela época, músicas censuradas e todo um histórico do período. Infelizmente o áudio não tem alta qualidade, por falta de recursos mais profissionais.
Espero que gostem e se envolvam nesta viagem!!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
A conformidade do inconformismo
Fazia tempo. Muito tempo. Não lembro-me quando foi a última vez, para ser sincera.
Virou rotina. Simplesmente estava acostumada. Espanto? Por incrível que parece não. Decepção? Também não, me adaptei com elas. Falta de sensibilidade? Ausência de humanismo? O individualismo feroz da sociedade? Definitivamente, não encontro uma justificativa. As vezes me culpo. Faço um auto-julgamento. No entanto, no outro dia, a indiferença é a mesma.
Ontem isso mudou. Bem cedinho, lendo a Folha de S. Paulo fiquei intacta. Aquela fotografia despertou-me para um mundo adormecido. Adormecido num sono turbulento, regido por pesadelos. Não se vê a hora de acordar deste sonho, mas o aconchego de nossa cama é tentador. Não fazemos nada para despertar. Nem podemos.
Apesar de não ter “nascido há dez mil atrás”, já vi muita coisa neste mundo. Vi um metalúrgico tornar-se presidente do Brasil e um negro assumir a presidência norte-americana. Assisti a Seleção Brasileira ser Pentacampeã, e perder o Hexa enquanto um jogador arrumava a meia.
Presenciei desperdício de comida, enquanto outro passavam fome. Já vi quartos de hospitais confortáveis, contrastando com acomodações do SUS, que se quer têm roupa de cama. Li no jornal que namorado matou namorada. Assisti na TV que filho assassinou os pais. E pai jogou filha pela janela. Vi bandidos guerreando com polícia e também com outros bandidos. Até polícia em luta contra polícia, eu já vi. Pasmem! Fui surpreendida com traficantes mirando um helicóptero policial. Em 18 anos quantas coisas vivi, presenciei... Em muitas me calei. Estamos condenados ao conformismo.
Neste mundo globalizado, recebemos tantas informações e tudo tão rápido, que fica difícil digerir. Além disso, nos alienamos perante as mazelas da sociedade. Tudo é visto no conforto do lar. Somos informados, captamos a mensagem, mas não agimos como fruidor, atuando ativamente na sociedade. Pelo contrário, adotamos a passividade.
Fiquei inconformada comigo mesma. Como pude fechar os olhos. Encarar como se tudo tivesse bem. Sediar a Copa ou as Olimpíadas não atesta qualidade de vida da população. Uma cadeira na ONU não é atestado de um povo provido de educação de qualidade. Índices apontando 85% de aprovação de um presidente, infelizmente não elucidam uma política transparante.
Ontem, ao ver na capa de um jornal um “corpo” dentro de uma carrinho de supermercado, tive uma grande decepção. Que mundo é este que vivemos? Ah, era traficante, me disseram. Antes de ser traficante, ele foi filho, quem sabe pai. Toda vida tem seu valor. Não podemos aceitar a mercantilização da vida, na qual uma vale mais que a outra. Na condição de ser humano, todos somos iguais, providos dos mesmos direitos, regidos por valores, metas e um sentido vital.
Despertei para o mundo egoísta, frio, individualista. Que mundo é esse? Por que nos conformamos com algo totalmente inconformável?
Virou rotina. Simplesmente estava acostumada. Espanto? Por incrível que parece não. Decepção? Também não, me adaptei com elas. Falta de sensibilidade? Ausência de humanismo? O individualismo feroz da sociedade? Definitivamente, não encontro uma justificativa. As vezes me culpo. Faço um auto-julgamento. No entanto, no outro dia, a indiferença é a mesma.
Ontem isso mudou. Bem cedinho, lendo a Folha de S. Paulo fiquei intacta. Aquela fotografia despertou-me para um mundo adormecido. Adormecido num sono turbulento, regido por pesadelos. Não se vê a hora de acordar deste sonho, mas o aconchego de nossa cama é tentador. Não fazemos nada para despertar. Nem podemos.
Apesar de não ter “nascido há dez mil atrás”, já vi muita coisa neste mundo. Vi um metalúrgico tornar-se presidente do Brasil e um negro assumir a presidência norte-americana. Assisti a Seleção Brasileira ser Pentacampeã, e perder o Hexa enquanto um jogador arrumava a meia.
Presenciei desperdício de comida, enquanto outro passavam fome. Já vi quartos de hospitais confortáveis, contrastando com acomodações do SUS, que se quer têm roupa de cama. Li no jornal que namorado matou namorada. Assisti na TV que filho assassinou os pais. E pai jogou filha pela janela. Vi bandidos guerreando com polícia e também com outros bandidos. Até polícia em luta contra polícia, eu já vi. Pasmem! Fui surpreendida com traficantes mirando um helicóptero policial. Em 18 anos quantas coisas vivi, presenciei... Em muitas me calei. Estamos condenados ao conformismo.
Neste mundo globalizado, recebemos tantas informações e tudo tão rápido, que fica difícil digerir. Além disso, nos alienamos perante as mazelas da sociedade. Tudo é visto no conforto do lar. Somos informados, captamos a mensagem, mas não agimos como fruidor, atuando ativamente na sociedade. Pelo contrário, adotamos a passividade.
Fiquei inconformada comigo mesma. Como pude fechar os olhos. Encarar como se tudo tivesse bem. Sediar a Copa ou as Olimpíadas não atesta qualidade de vida da população. Uma cadeira na ONU não é atestado de um povo provido de educação de qualidade. Índices apontando 85% de aprovação de um presidente, infelizmente não elucidam uma política transparante.
Ontem, ao ver na capa de um jornal um “corpo” dentro de uma carrinho de supermercado, tive uma grande decepção. Que mundo é este que vivemos? Ah, era traficante, me disseram. Antes de ser traficante, ele foi filho, quem sabe pai. Toda vida tem seu valor. Não podemos aceitar a mercantilização da vida, na qual uma vale mais que a outra. Na condição de ser humano, todos somos iguais, providos dos mesmos direitos, regidos por valores, metas e um sentido vital.
Despertei para o mundo egoísta, frio, individualista. Que mundo é esse? Por que nos conformamos com algo totalmente inconformável?
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Amazônia: uma oportunidade única
Sempre sonhei em conhecer a Europa, estar ao lado da Estátua da Liberdade, novamente encontrar o Mickey, ver de perto a grandiosa Muralha da China. Muitos sonhos. Muitos lugares para explorar. Ah, como é bom viajar...
No Brasil, tive oportunidade de conhecer várias regiões, e curiosamente, nunca pensei em ir para o local que abriga a maior riqueza nacional. O lugar com extensa diversidade, agregada a beleza natural de um floreta. Jamais passou por meus pensamentos conhecer a Amazônia. Contraditoriamente, estou com viagem marcada para a maior Floresta do Mundo. E confesso, não poderia estar mais animada,
Hotel cinco estrelas? Três refeições inclusas? Traslado a cada hora? Passeios turísticos pelos pontos mais belos da região? Nada disso. Acomodação será em um barco, as noites de sono serão em redes. As refeições, nós iremos prepará-las. Mais do que passeios, vamos estudar a região, realizar pesquisas de campo e analisar as probabilidades de aplicação de políticas públicas. O transporte é através do rio. Nada mais perfeito. Nada mas propício para assimilar aquela realidade.
Vamos desconsiderar o tempo do relógio, conduzidos pelo tempo da natureza. Vamos abdicar de nossa ideologias capitalistas e conhecer aquela extensa diversidade cultural, os princípios que rege aquelas comunidades. Levaremos técnicas, estudos afim de melhor a qualidade de vida do homem amazonense, com a certeza de que receberemos em troca toda experiência e sabedoria daqueles que primeiro habitaram nossa nação e resistiram à colonização.
O Projeto é aplicado na reserva do Tupé, com pesquisadores multidisciplinares, que incentivam, dentro do Biotupé, o efeito multiplicador para disseminação do conhecimento e das políticas públicas. Com oito anos de trabalho, muitas pesquisas realizadas e muitas práticas desenvolvidas, entre elas as que privilegiam a geração de renda como “Tanque rede”, o Projeto Biotupé está em sua terceira etapa. Há apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Ministério do Meio Ambiente, além de uma parceria com a Puc-Campinas.
Muitas organizações desenvolvem projetos na região amazônica, com propostas formatadas, que na maioria das vezes não correspondem a realidade da região. As prioridades daquela população são outras, os desafios são diferentes e as condições mínimas também. Dependem do transporte através do rio, sendo necessário considerar os tempos de cheia e seca. Além do mais, a energia elétrica é luxo nas comunidades, com cotas restritas e forte dependência do diesel, altamente poluidor. Além do mais falamos de uma comunidade isolada, de defícil acesso.
Mais que impor projetos, há necessidade de ouvir as pessoas, entender o que realmente precisam e só então propor práticas. Para isso, é de suma importância ver com os “próprios olhos”, “sentir na pele”, o dia-dia dos habitantes.
O lema do Projeto Biotupé é levar às pessoas, aquilo que já é delas. É uma espécie de orientação. Nesta terceira fase, há analise das políticas públicas desenvolvidas, o que deu certo e o que ainda pode melhor. A atuação tem o viés de disseminar o conhecimento e preservar toda biodiversidade amazonense.
A novidade é que a parceria com a Universidade levará alunos de diversos cursos à região onde, além de fiscalizar projetos em andamento, terão oportunidade de desenvolver proposta dentro de sua área de formação. No meu caso, estamos com projeto de realizar um documentário. Já conseguimos cinegrafistas, temos uma pré-pauta e uma boa expectativa de colher extenso material.
As coisas na vida acontecem inesperadamente e curiosamente. Meu interesse pelo estado do Amazonas surgiu em uma palestra com Roberto Godoy, editor especial do Estadão. Godoy enfatizou o mercado de trabalho pouco explorado, na área jornalística, da Amazônia, as possibilidades que a região oferece aos jornalistas, o que me chamou atenção. E ai, entram as coincidências. Na hora de escolher uma Prática da Formação (atividade realizada pela Puc) havia vagas para “Desenvolvimento e Sustentabilidade da Amazônia Central” . Resolvi arriscar.
O Projeto é bastante promissor e já colhe resultados. Mas o mais fascinante é conhecer os moradores de lá. É o mundo da existência, no qual o respeito rege a ideia de preservação.
Conhecer é ouvir o que outro tem a dizer. Alguns depoimentos apresentados em nossas reuniões, traduzem sonoramente, o que o morador da Amazônia sente emocionalmente. Frases como “Gostaria de voltar para nossa moloca, mas tenho medo”, chocam-nos, pois relatam a crueldade dos “brancos” ao dominar a região. Dizeres como “Se dependesse de mim mudaria para bem longe dos 'brancos'”, confirmam a agressividade dos dominadores.
Do outro lado, temos especialistas que assumem que “índios estão num parque zoológico para serem observados”, mas nada propõem para mudar a situação. Os indígenas de lá têm a consciencia de serem “os donos dali”, afinal, como dizem “nós nascemos ali”, porém se submetem à exploração, temem os “invasores”.
É interessante ver a imagem que o povo amazonense tem da terra: “Se não temos a terra, não temos condições de comer”. Na sociedade do consumo, a terra traduz-se em posse, poder.
Outro ponto que me chamou atenção, foi a força, a garra e o reconhecimento das mulheres dentro das comunidades. Uma amazonas chega encarar um grande empreendedor, e com um olhar de desprezo e indignação, acerta nas palavras:”Suas mães não carregaram vocês o suficiente.”
Para eles, “floresta é simplesmente vida” e em suas orações, a única coisa que pedem, ajoelhados, perante uma árvore é que “Deus lhe conserve sempre plantada em sua casa celestial.”
A ideia é levar conhecimento e técnicas ao povo amazonense, porém não há dúvida de que ,quem tem muito aprender somos nós, viajantes universitários da metrópole.
No Brasil, tive oportunidade de conhecer várias regiões, e curiosamente, nunca pensei em ir para o local que abriga a maior riqueza nacional. O lugar com extensa diversidade, agregada a beleza natural de um floreta. Jamais passou por meus pensamentos conhecer a Amazônia. Contraditoriamente, estou com viagem marcada para a maior Floresta do Mundo. E confesso, não poderia estar mais animada,
Hotel cinco estrelas? Três refeições inclusas? Traslado a cada hora? Passeios turísticos pelos pontos mais belos da região? Nada disso. Acomodação será em um barco, as noites de sono serão em redes. As refeições, nós iremos prepará-las. Mais do que passeios, vamos estudar a região, realizar pesquisas de campo e analisar as probabilidades de aplicação de políticas públicas. O transporte é através do rio. Nada mais perfeito. Nada mas propício para assimilar aquela realidade.
Vamos desconsiderar o tempo do relógio, conduzidos pelo tempo da natureza. Vamos abdicar de nossa ideologias capitalistas e conhecer aquela extensa diversidade cultural, os princípios que rege aquelas comunidades. Levaremos técnicas, estudos afim de melhor a qualidade de vida do homem amazonense, com a certeza de que receberemos em troca toda experiência e sabedoria daqueles que primeiro habitaram nossa nação e resistiram à colonização.
O Projeto é aplicado na reserva do Tupé, com pesquisadores multidisciplinares, que incentivam, dentro do Biotupé, o efeito multiplicador para disseminação do conhecimento e das políticas públicas. Com oito anos de trabalho, muitas pesquisas realizadas e muitas práticas desenvolvidas, entre elas as que privilegiam a geração de renda como “Tanque rede”, o Projeto Biotupé está em sua terceira etapa. Há apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Ministério do Meio Ambiente, além de uma parceria com a Puc-Campinas.
Muitas organizações desenvolvem projetos na região amazônica, com propostas formatadas, que na maioria das vezes não correspondem a realidade da região. As prioridades daquela população são outras, os desafios são diferentes e as condições mínimas também. Dependem do transporte através do rio, sendo necessário considerar os tempos de cheia e seca. Além do mais, a energia elétrica é luxo nas comunidades, com cotas restritas e forte dependência do diesel, altamente poluidor. Além do mais falamos de uma comunidade isolada, de defícil acesso.
Mais que impor projetos, há necessidade de ouvir as pessoas, entender o que realmente precisam e só então propor práticas. Para isso, é de suma importância ver com os “próprios olhos”, “sentir na pele”, o dia-dia dos habitantes.
O lema do Projeto Biotupé é levar às pessoas, aquilo que já é delas. É uma espécie de orientação. Nesta terceira fase, há analise das políticas públicas desenvolvidas, o que deu certo e o que ainda pode melhor. A atuação tem o viés de disseminar o conhecimento e preservar toda biodiversidade amazonense.
A novidade é que a parceria com a Universidade levará alunos de diversos cursos à região onde, além de fiscalizar projetos em andamento, terão oportunidade de desenvolver proposta dentro de sua área de formação. No meu caso, estamos com projeto de realizar um documentário. Já conseguimos cinegrafistas, temos uma pré-pauta e uma boa expectativa de colher extenso material.
As coisas na vida acontecem inesperadamente e curiosamente. Meu interesse pelo estado do Amazonas surgiu em uma palestra com Roberto Godoy, editor especial do Estadão. Godoy enfatizou o mercado de trabalho pouco explorado, na área jornalística, da Amazônia, as possibilidades que a região oferece aos jornalistas, o que me chamou atenção. E ai, entram as coincidências. Na hora de escolher uma Prática da Formação (atividade realizada pela Puc) havia vagas para “Desenvolvimento e Sustentabilidade da Amazônia Central” . Resolvi arriscar.
O Projeto é bastante promissor e já colhe resultados. Mas o mais fascinante é conhecer os moradores de lá. É o mundo da existência, no qual o respeito rege a ideia de preservação.
Conhecer é ouvir o que outro tem a dizer. Alguns depoimentos apresentados em nossas reuniões, traduzem sonoramente, o que o morador da Amazônia sente emocionalmente. Frases como “Gostaria de voltar para nossa moloca, mas tenho medo”, chocam-nos, pois relatam a crueldade dos “brancos” ao dominar a região. Dizeres como “Se dependesse de mim mudaria para bem longe dos 'brancos'”, confirmam a agressividade dos dominadores.
Do outro lado, temos especialistas que assumem que “índios estão num parque zoológico para serem observados”, mas nada propõem para mudar a situação. Os indígenas de lá têm a consciencia de serem “os donos dali”, afinal, como dizem “nós nascemos ali”, porém se submetem à exploração, temem os “invasores”.
É interessante ver a imagem que o povo amazonense tem da terra: “Se não temos a terra, não temos condições de comer”. Na sociedade do consumo, a terra traduz-se em posse, poder.
Outro ponto que me chamou atenção, foi a força, a garra e o reconhecimento das mulheres dentro das comunidades. Uma amazonas chega encarar um grande empreendedor, e com um olhar de desprezo e indignação, acerta nas palavras:”Suas mães não carregaram vocês o suficiente.”
Para eles, “floresta é simplesmente vida” e em suas orações, a única coisa que pedem, ajoelhados, perante uma árvore é que “Deus lhe conserve sempre plantada em sua casa celestial.”
A ideia é levar conhecimento e técnicas ao povo amazonense, porém não há dúvida de que ,quem tem muito aprender somos nós, viajantes universitários da metrópole.
domingo, 18 de outubro de 2009
Rinite, Conjuntivite...Poliquite
Rinite e conjuntivite alérgica. Foi assim que passei meu sábado. Espirrando e com os olhos coçando. É um grande desafio encontrar o lado bom disso, mas ao menos serviu para lembrar daquele ditado: “Na terra de cegos quem tem olho é Rei”. Junto com a frase, veio a reflexão, acompanhada de uma recordação.
Em 2006, no segundo ano do Ensino Médio, escrevi um texto, exatamente com este tema. Vale lembrar que era ano eleitoral, com Serra e Lula disputando segundo turno. Cenário político bem conhecido, bem polarizado. Hoje, intrigada e curiosa para reler o texto, procurei-o em meio aos meus livros e cadernos. Encontrei, li e achei interessante e atual, até pelo fato de estarmos próximos a mais um ano eleitoral.
Dada a comparação com ditado e a identificação com nosso presente, reproduzo aqui alguns trechos do texto.
“Luís Inácio Lula da Silva pode ser considerado um candidato sábio, pois sabe 'manejar' suas propostas, além do carisma que demonstra a seus eleitores. Mesmo em meio a tanta corrupção, em quatro anos de mandato, Lula sempre obteve êxito, sendo, em alguns casos, idealizado, apoiado pelo 'lulismo'.[...] A popularidade do candidato petista, pode ser explicada pelo estado que se encontra a nação.[...]A solução para o problema é extremamente difícil, pois trata-se de uma terra de cegos, e como dizem por aí: “Em terra de cego quem tem olho é Rei”. A boa notícia é que ainda há tempo para abrir os olhos, e só nomear um Rei, quando o mesmo apresentar majestade.”
Pois bem, o texto foi feito há três anos atrás. No entanto, as coisas parecem não ter mudado praticamente nada. Claro, que devemos considerar que o mundo passou por grande crise econômica e neste cenário o Brasil obteve êxito, sofrendo apenas uma simples “marolinha”. Temos que ressaltar ainda que agora, falamos de um Brasil, sede de Copa e de Olimpíada. Um Brasil, sentado no G-20, com cadeira na ONU. Um país que tem o presidente mais popular do mundo. Porém, nem tudo mudou.
A sabedoria continua sintonizada ao Lula, o 'manejo' ainda é seu aliado e seu carisma é inconfundível. A diferença é que agora, nosso presidente insiste em tentar transferir tais qualidades. O petista continua a colher bons resultados, mesmo com uma lista de “companheiros” um tanto quanto suspeitos. Porém, o que antes afirmava ser reflexo do estado de nossa nação, hoje já não me traz tanta certeza. Sempre me pergunto se a política reflete a sociedade ou se é a sociedade a responsável pela política. Já me falaram, inclusive, que cada nação tem a política que merece. Mas tudo é muito mais complexo e nunca tive uma resposta coerente, bem argumentada.
A questão é que o ditado aqui citado, ainda se aplica a nossa política nacional. Porém, o que nos rege é a esperança. Se em 2006, os olhos permaneceram fechados, temos mais um ano para voltarmos a enxergar, e então só tornar digno do trono, aquele que é dotado de majestade.
Em 2006, no segundo ano do Ensino Médio, escrevi um texto, exatamente com este tema. Vale lembrar que era ano eleitoral, com Serra e Lula disputando segundo turno. Cenário político bem conhecido, bem polarizado. Hoje, intrigada e curiosa para reler o texto, procurei-o em meio aos meus livros e cadernos. Encontrei, li e achei interessante e atual, até pelo fato de estarmos próximos a mais um ano eleitoral.
Dada a comparação com ditado e a identificação com nosso presente, reproduzo aqui alguns trechos do texto.
“Luís Inácio Lula da Silva pode ser considerado um candidato sábio, pois sabe 'manejar' suas propostas, além do carisma que demonstra a seus eleitores. Mesmo em meio a tanta corrupção, em quatro anos de mandato, Lula sempre obteve êxito, sendo, em alguns casos, idealizado, apoiado pelo 'lulismo'.[...] A popularidade do candidato petista, pode ser explicada pelo estado que se encontra a nação.[...]A solução para o problema é extremamente difícil, pois trata-se de uma terra de cegos, e como dizem por aí: “Em terra de cego quem tem olho é Rei”. A boa notícia é que ainda há tempo para abrir os olhos, e só nomear um Rei, quando o mesmo apresentar majestade.”
Pois bem, o texto foi feito há três anos atrás. No entanto, as coisas parecem não ter mudado praticamente nada. Claro, que devemos considerar que o mundo passou por grande crise econômica e neste cenário o Brasil obteve êxito, sofrendo apenas uma simples “marolinha”. Temos que ressaltar ainda que agora, falamos de um Brasil, sede de Copa e de Olimpíada. Um Brasil, sentado no G-20, com cadeira na ONU. Um país que tem o presidente mais popular do mundo. Porém, nem tudo mudou.
A sabedoria continua sintonizada ao Lula, o 'manejo' ainda é seu aliado e seu carisma é inconfundível. A diferença é que agora, nosso presidente insiste em tentar transferir tais qualidades. O petista continua a colher bons resultados, mesmo com uma lista de “companheiros” um tanto quanto suspeitos. Porém, o que antes afirmava ser reflexo do estado de nossa nação, hoje já não me traz tanta certeza. Sempre me pergunto se a política reflete a sociedade ou se é a sociedade a responsável pela política. Já me falaram, inclusive, que cada nação tem a política que merece. Mas tudo é muito mais complexo e nunca tive uma resposta coerente, bem argumentada.
A questão é que o ditado aqui citado, ainda se aplica a nossa política nacional. Porém, o que nos rege é a esperança. Se em 2006, os olhos permaneceram fechados, temos mais um ano para voltarmos a enxergar, e então só tornar digno do trono, aquele que é dotado de majestade.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Nacionalidade: Brasileiro
Ontem, (post abaixo) ressaltei a importância da população considerar os fatos de corrupção e farra nas nossas Instituições, para que tais escândalos não se resumem ao alvoroço momentâneo, e as punições apareçam. Não espero que a Justiça puna. Não exijo tanto esforço. Porém, torço para que nós, eleitores saibamos usar nossa principal arma: o voto.
Realmente, fico indignada com o descaso que muitos políticos têm sobre a população. O caso Sarney, foi um grande exemplo disso, demostrou o cinismo e a falta de consideração com o povo brasileiro. Fiz minha crítica. Estou em meu direito. E reafirmo: fui, sou e continuarei sendo a favor do #ForaSarney!
No entanto, sou capaz de reconhecer quando alguém que errou está certo. Inclusive, modéstia parte, encaro, esta minha “capacidade” de assumir quando um adversário foi melhor no jogo, como uma grande qualidade, ou até uma virtude, afinal criticar é muito fácil. Entregar seus próprios erros ou valorizar a atuação positiva do time oposto é bem mais difícil...
Pois bem, José Sarney, ontem criticado, hoje merece os parabéns pela coluna na Folha de S.Paulo. Soube elaborar uma bela frase, sobre um tema interessante. Um ponto favorável ao Sarney. Todavia, não vamos detalhar os pontos que o desfavorecem, até porque seria uma disputa desleal.
“O sonho racista dos século XXI do branqueamento da população cede ao forte sangue da miscigenação, cada vez mais presente no brasileiro.” Felizmente, o presidente do Senado (contra minha vontade, mas...) tem razão. Dados do IBGE comprovam que a população do Brasil tem maioria parda e negra.
A miscigenação é a obra de arte que homem e mulher realizam em parceria. Nós, brasileiros temos a honra de ter excelentes artistas. Nosso povo tem características próprias, e dentro da condição de filhos do Brasil, são caracterizados com particularidades.
Conhece-se o brasileiro pelo seu sorriso, alegria de viver, sua hospitalidade, acolhida, simpatia, o samba no pé, até porque, como disse Juan Arias, o Brasil tem “vocação inata à Felicidade”. Em contrapartida, dificilmente, o brasileiro é reconhecido pelos olhos azuis, pelos cabelos escorridos e pretos, ou simplesmente através da textura homogênica de uma pele negra. O brasileiro pode ser tudo isso, ou nada disso.
Aqui, Maria é filha de João, descendente de africanos, e de Carmem, filha de italianos. Casada com João bisneto de árabes. Maria é morena, e tem os olhos verdes. Seus filhos têm traços muçulmanos, porém o gosto italiano pela massa, está no sangue. Maria gosta mesmo é de comida japonesa. Já João é viciado em fast-foods. São todos brasileiros. E é exatamente esta essência do Brasil. Deve ser por isso que somos o povo mais feliz do mundo!
Muitos falam da nossa biodiversidade, nossas riquezas naturais, nosso clima, toda exuberância, marcada por diferentes tipos de solo, diversas plantações. Fomos presenteados com enorme variedade de plantas e animais, todos sabem. Porém, nosso maior presente é a variedade de cultura, de crença, de cor, de sotaque, de trejeitos, os quais devem ser valorizados e conservados. É essa a riqueza do povo brasileiro. É essa, a nossa “Identidade”.
Nas aulas de História, quando estudamos a colonização portuguesa no Brasil, destaca-se a dizimação das populações nativas, a agressividade dos portugueses. Uma barbaridade, não pode-se negar. Porém dificilmente reconhece-se pontos positivos.
Como fui presenteada com “dom” de ver “agulha em galinheiro”, vejo os colonos como os responsáveis pela miscigenação e lhes sou grata por contribuírem para a “formação” de um povo tão bonito e particular. Claro que a mestiçagem tem raízes não muito harmoniosas, muitas vezes reflexo da submissão de índias perante brancos, simples convivência, ou até imposta pela escravidão. É um passado de repressão, infelizmente irreversível. Mas, olhando aquele belo moreno de olhos verdes, ou negro com traços europeus ou quem sabe ,o loiro de cabelos cachados, vemos que um passado inglório, pode anteceder um belo presente (e aqui, entra uma reflexão: nosso presente pode ser o antecedente de um futuro de glória, mesmo com toda essa crise ética e toda essa hipocrisia. O Brasil tem jeito sim!).
Mais que a mistura de traços, fascina-me as diferenças ideológicas. Afinal é exatamente com elas que aprendemos, além de ser a responsável pela convivência em sociedade, a medida que somos dependentes um do outro, trocamos experiências, sabedorias, temos muito que aprender, e muito a ensinar. O ser humano se completa e a diversidade proporciona a socialização, na qual o homem depende e precisa do outro. Viver em comunidade é um grande desafio, mas isso nos dá força para lutar por um país digno de seu povo, além de encher-nos de orgulho ao dizer: “somos brasileiros”.
Realmente, fico indignada com o descaso que muitos políticos têm sobre a população. O caso Sarney, foi um grande exemplo disso, demostrou o cinismo e a falta de consideração com o povo brasileiro. Fiz minha crítica. Estou em meu direito. E reafirmo: fui, sou e continuarei sendo a favor do #ForaSarney!
No entanto, sou capaz de reconhecer quando alguém que errou está certo. Inclusive, modéstia parte, encaro, esta minha “capacidade” de assumir quando um adversário foi melhor no jogo, como uma grande qualidade, ou até uma virtude, afinal criticar é muito fácil. Entregar seus próprios erros ou valorizar a atuação positiva do time oposto é bem mais difícil...
Pois bem, José Sarney, ontem criticado, hoje merece os parabéns pela coluna na Folha de S.Paulo. Soube elaborar uma bela frase, sobre um tema interessante. Um ponto favorável ao Sarney. Todavia, não vamos detalhar os pontos que o desfavorecem, até porque seria uma disputa desleal.
“O sonho racista dos século XXI do branqueamento da população cede ao forte sangue da miscigenação, cada vez mais presente no brasileiro.” Felizmente, o presidente do Senado (contra minha vontade, mas...) tem razão. Dados do IBGE comprovam que a população do Brasil tem maioria parda e negra.
A miscigenação é a obra de arte que homem e mulher realizam em parceria. Nós, brasileiros temos a honra de ter excelentes artistas. Nosso povo tem características próprias, e dentro da condição de filhos do Brasil, são caracterizados com particularidades.
Conhece-se o brasileiro pelo seu sorriso, alegria de viver, sua hospitalidade, acolhida, simpatia, o samba no pé, até porque, como disse Juan Arias, o Brasil tem “vocação inata à Felicidade”. Em contrapartida, dificilmente, o brasileiro é reconhecido pelos olhos azuis, pelos cabelos escorridos e pretos, ou simplesmente através da textura homogênica de uma pele negra. O brasileiro pode ser tudo isso, ou nada disso.
Aqui, Maria é filha de João, descendente de africanos, e de Carmem, filha de italianos. Casada com João bisneto de árabes. Maria é morena, e tem os olhos verdes. Seus filhos têm traços muçulmanos, porém o gosto italiano pela massa, está no sangue. Maria gosta mesmo é de comida japonesa. Já João é viciado em fast-foods. São todos brasileiros. E é exatamente esta essência do Brasil. Deve ser por isso que somos o povo mais feliz do mundo!
Muitos falam da nossa biodiversidade, nossas riquezas naturais, nosso clima, toda exuberância, marcada por diferentes tipos de solo, diversas plantações. Fomos presenteados com enorme variedade de plantas e animais, todos sabem. Porém, nosso maior presente é a variedade de cultura, de crença, de cor, de sotaque, de trejeitos, os quais devem ser valorizados e conservados. É essa a riqueza do povo brasileiro. É essa, a nossa “Identidade”.
Nas aulas de História, quando estudamos a colonização portuguesa no Brasil, destaca-se a dizimação das populações nativas, a agressividade dos portugueses. Uma barbaridade, não pode-se negar. Porém dificilmente reconhece-se pontos positivos.
Como fui presenteada com “dom” de ver “agulha em galinheiro”, vejo os colonos como os responsáveis pela miscigenação e lhes sou grata por contribuírem para a “formação” de um povo tão bonito e particular. Claro que a mestiçagem tem raízes não muito harmoniosas, muitas vezes reflexo da submissão de índias perante brancos, simples convivência, ou até imposta pela escravidão. É um passado de repressão, infelizmente irreversível. Mas, olhando aquele belo moreno de olhos verdes, ou negro com traços europeus ou quem sabe ,o loiro de cabelos cachados, vemos que um passado inglório, pode anteceder um belo presente (e aqui, entra uma reflexão: nosso presente pode ser o antecedente de um futuro de glória, mesmo com toda essa crise ética e toda essa hipocrisia. O Brasil tem jeito sim!).
Mais que a mistura de traços, fascina-me as diferenças ideológicas. Afinal é exatamente com elas que aprendemos, além de ser a responsável pela convivência em sociedade, a medida que somos dependentes um do outro, trocamos experiências, sabedorias, temos muito que aprender, e muito a ensinar. O ser humano se completa e a diversidade proporciona a socialização, na qual o homem depende e precisa do outro. Viver em comunidade é um grande desafio, mas isso nos dá força para lutar por um país digno de seu povo, além de encher-nos de orgulho ao dizer: “somos brasileiros”.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Não podemos nos esquecer...
Este é um poema que fiz, em referência a crise do Senado. Pode parecer desatualizado, porém me causa indignação a "perda de memória" dos brasileiros. Fico realmente inconformada com o sabor "pizza" que acabam os escândalos.
Ontem, lendo a Veja desta semana, tive mais uma prova de como "esquecemos" facilmente as coisas. Todo alvoroço esfria e a página do livro não só é virada, como arrancada. O jornalista Alexandre Oltramari nos dá um grande exemplo disso: "Sete anos e muitos escândalos depois, José Dirceu mostra que não perdeu a influência". Prova concreta de que o povo nada fez, e simplesmente não se lembra da palhaçada do mensalão...
Claro que não só nossa fraca memória, mas também a velocidade como escâdalos acontecem, contribuem para a pizzada. Mensalão, farra áerea, Senado...
Esse poema é para não cair no esquecimento a vergonha que passou nosso Senado, e lembrar que continuam lá, os mesmos personagens que protagonizaram esta chanchada nacional. Lembrar também, quem apoiou estes protagonistas, afinal, 2010 já está aí.
Crise Senado
Como brasileira, votei.
Escolhi meus candidatos
E neles, confiança, depositei.
A culpa, não é minha, nem do Lula.
De quem é, também não sei.
A questão é que num país democrático,
No qual não existe Rei,
Decepciona-me,
O caso do Sarney.
Adjetivos como judiado,
Desconfigurado,
assombrado,
atormentado,
E descreditado
Conferem com o contexto político.
O cidadão está preocupado,
Torce para que a situção se reverta
E o mal seja curado.
Político de biografia,
Antes prestigiado,
Coloca o Legislativo em crise
E deixa o povo decepcionado.
Com tantas denúcias,
Chegou a cogitar-se o fim do Senado.
Denúncias de nepotismo,
Ato secreto envolvendo parente,
Ameaçam a Instituição,
E revelam um sistema deficiente.
Desvio de verba, cargo administrativo em Fundação
Atormentam o cidadão persistente,
Que no Senado,
Já esta descrente,
E fica inconformado com a situção
Daquele presidente.
O povo deve lutar por seus direitos,
Exigir explicação!
Para salvar o Câmara Alta,
Era necessário uma grande mobilização.
Muitos aguardavam ansiosos o discurso de renuncia,
Mas acabaram tendo outra decepção.
Em slides de power point
Sarney não abriu mão.
Defendeu-se das denuncias
E Viva o dono do Maranhão!
Para o Conselho de Ética,
Nossa atenção partiu.
Numa ansiedade por justiça,
Passamos por momento febril.
Com processos arquivados,
Chega a dar saudade dos movimentos estudantil.
Época que não nos calávamos.
Sabíamos defender o nosso Brasil!
Ontem, lendo a Veja desta semana, tive mais uma prova de como "esquecemos" facilmente as coisas. Todo alvoroço esfria e a página do livro não só é virada, como arrancada. O jornalista Alexandre Oltramari nos dá um grande exemplo disso: "Sete anos e muitos escândalos depois, José Dirceu mostra que não perdeu a influência". Prova concreta de que o povo nada fez, e simplesmente não se lembra da palhaçada do mensalão...
Claro que não só nossa fraca memória, mas também a velocidade como escâdalos acontecem, contribuem para a pizzada. Mensalão, farra áerea, Senado...
Esse poema é para não cair no esquecimento a vergonha que passou nosso Senado, e lembrar que continuam lá, os mesmos personagens que protagonizaram esta chanchada nacional. Lembrar também, quem apoiou estes protagonistas, afinal, 2010 já está aí.
Crise Senado
Como brasileira, votei.
Escolhi meus candidatos
E neles, confiança, depositei.
A culpa, não é minha, nem do Lula.
De quem é, também não sei.
A questão é que num país democrático,
No qual não existe Rei,
Decepciona-me,
O caso do Sarney.
Adjetivos como judiado,
Desconfigurado,
assombrado,
atormentado,
E descreditado
Conferem com o contexto político.
O cidadão está preocupado,
Torce para que a situção se reverta
E o mal seja curado.
Político de biografia,
Antes prestigiado,
Coloca o Legislativo em crise
E deixa o povo decepcionado.
Com tantas denúcias,
Chegou a cogitar-se o fim do Senado.
Denúncias de nepotismo,
Ato secreto envolvendo parente,
Ameaçam a Instituição,
E revelam um sistema deficiente.
Desvio de verba, cargo administrativo em Fundação
Atormentam o cidadão persistente,
Que no Senado,
Já esta descrente,
E fica inconformado com a situção
Daquele presidente.
O povo deve lutar por seus direitos,
Exigir explicação!
Para salvar o Câmara Alta,
Era necessário uma grande mobilização.
Muitos aguardavam ansiosos o discurso de renuncia,
Mas acabaram tendo outra decepção.
Em slides de power point
Sarney não abriu mão.
Defendeu-se das denuncias
E Viva o dono do Maranhão!
Para o Conselho de Ética,
Nossa atenção partiu.
Numa ansiedade por justiça,
Passamos por momento febril.
Com processos arquivados,
Chega a dar saudade dos movimentos estudantil.
Época que não nos calávamos.
Sabíamos defender o nosso Brasil!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
"Cãodidatos"
A palavra “candidato” vem de “cândido” e designa algo limpo, puro. Há candidatos a vagas de empregos, candidatos em concursos de beleza, candidatos ao Prêmio Nobel, candidatos a ingressar no Ensino Superior, enfim frequentemente estamos nos “candidatando” a algo. Só hoje, candidatei-me a uma entrevista de estágio, me inscrevi a uma vaga de bolsa na faculdade, sem contar minha candidatura para conseguir um horário com um cinegrafista. A condição de “candidata”, me deixa ansiosa, apreensiva, mas é inevitável, somos sempre concorrentes um do outro.
Esses dias, através do twitter, instiguei a questão de “candidatos” a cargo político. Minha dúvida é se, a palavra derivada de cândido é adequada para designar determinados políticos que filiam-se a partidos, não por ideologia, mas sim por conveniência, e passam a concorrer a cargos do Executivo e Legislativo. Estas funções exigem responsabilidade, ética e claro, muita pureza e “ficha limpa”. Exatamente nestes aspectos que sustentam-se minhas dúvidas.
E é aí que encontra-se enorme ironia! Nossos candidatos a cargos municipais, estaduais e nacionais, em sua grande maioria, estão envolvidos em fatos de total irresponsabilidade, contrariando a ética, numa sujeira nauseante, sendo difícil aquele que não tem a “ficha suja”(tema que, inclusive, deixo aberto para um posterior debate).
Pelo site de microblogs, recebi a sugestão de mudarmos a designação “candidatos” para “cãodidatos”. A princípio pareceu-me uma excelente ideia. Já que de “cândidos”, alguns de nossos nobres políticos, nada têm, quem sabe tenham algo de “cachorro”.
No entanto, analisando bem a proposta, percebi que cometi um dos maiores equívocos de minha vida. Sem drama, nem sensacionalismo. Eu trai o “melhor amigo do homem”!
Como poderia designar, ou simplesmente comparar determinados políticos, à doçura de cão? Estava anestesiada, não é possível. Se não têm nada de cândidos, muito menos terão de cachorros.
Muitos pessoas concorrem as disputas eleitorais, com objetivo de alcançar de interesses próprios, sem ideologia democrática, ignorando a nação que terão que representar, ou ao menos deveriam fazê-lo. Envolvem-se em atos ilícitos, são individualistas, egoístas e parecem desconhecer a essência da política. Para os gregos, ser político era transformar em “arte”, a governabilidade. Hoje, a corrupção parece ser a condição de se governar.
Enquanto isso, os “ verdadeiros amigos do homem” são fiéis aos donos. Cuidam da casa, suspeitam das visitas, defendem-os dos perigos, pensam no bem estar daquele que os adotou. São carinhosos, amorosos, vivem em função da pessoa que lhes acolheu. Não pedem nada em troca. Está certo, de vez em quando até procuram um carinho, um cafuné. Mas, nossos “cãezinhos” conhecem a reciprocidade. Sabem viver em comunidade, pensam no bem do próximo. Estão isentos das condições impostas pela sociedade capitalista. Já, muitos de nossos políticos...
Eu nunca vi cachorro usando cueca. Muito menos carregando dólar nestas. Desconheço cães que carreguem malas, principalmente aquelas que contém enormes quantias de dinheiro. Ainda está para nascer cachorro que use e abuse de passagens aéreas. Há sim cachorros arteiros, traiçoeiros, mas sabem reconhecer o erro, e logo abaixam o “rabinho”, num gesto de humildade.
Paralelamente, vi candidatos a funções de nossa política levando moedas do “Tio Sam” em suas roupas íntimas, assim como carregando fortunas em maletas de couro. Também fiquei surpresa com a farra das “passagens”, protagonizada por nossos representantes, num enredo envolvendo dinheiro público. Conheço muitos políticos que erram, mas não têm maturidade suficiente para assumir tal erro. Sei de políticos que calam-se perante equívocos cometidos por “colegas”, mostrando total falta de coragem e de comprometimento com o povo. Existe uma política cínica, que mascara e maquia números. Ouço falar de um jogo de interesses, de trocas de favores. Mas, dificilmente leio manchetes sobre a sensibilidade dentro da política, do grande coração, que nossos representantes, ao menos deveria ter. De fato, destinam dos projetos àqueles que carecem, porém o que entristece é que tudo é regido por uma “segunda intenção”.
Nossos políticos parecem inaptos a usar o lado esquerdo do peito. No entanto, têm enorme habilidade com as ações comandadas pela imbecil ignorância da racionalidade humana. Temos políticos que moram em castelos, porém nada adianta, pois não são dignos de majestade.
Apesar de um texto generalista, que inclusive peço desculpas aos que não se enquadram em tais referências, não sou pessimista no assunto. Sei que há pessoas dignas de serem chamadas de candidatas, mesmo em cargos públicos, assim como sei, que muitas se esforçarão para serem denominadas “cãodidatas”.
Esses dias, através do twitter, instiguei a questão de “candidatos” a cargo político. Minha dúvida é se, a palavra derivada de cândido é adequada para designar determinados políticos que filiam-se a partidos, não por ideologia, mas sim por conveniência, e passam a concorrer a cargos do Executivo e Legislativo. Estas funções exigem responsabilidade, ética e claro, muita pureza e “ficha limpa”. Exatamente nestes aspectos que sustentam-se minhas dúvidas.
E é aí que encontra-se enorme ironia! Nossos candidatos a cargos municipais, estaduais e nacionais, em sua grande maioria, estão envolvidos em fatos de total irresponsabilidade, contrariando a ética, numa sujeira nauseante, sendo difícil aquele que não tem a “ficha suja”(tema que, inclusive, deixo aberto para um posterior debate).
Pelo site de microblogs, recebi a sugestão de mudarmos a designação “candidatos” para “cãodidatos”. A princípio pareceu-me uma excelente ideia. Já que de “cândidos”, alguns de nossos nobres políticos, nada têm, quem sabe tenham algo de “cachorro”.
No entanto, analisando bem a proposta, percebi que cometi um dos maiores equívocos de minha vida. Sem drama, nem sensacionalismo. Eu trai o “melhor amigo do homem”!
Como poderia designar, ou simplesmente comparar determinados políticos, à doçura de cão? Estava anestesiada, não é possível. Se não têm nada de cândidos, muito menos terão de cachorros.
Muitos pessoas concorrem as disputas eleitorais, com objetivo de alcançar de interesses próprios, sem ideologia democrática, ignorando a nação que terão que representar, ou ao menos deveriam fazê-lo. Envolvem-se em atos ilícitos, são individualistas, egoístas e parecem desconhecer a essência da política. Para os gregos, ser político era transformar em “arte”, a governabilidade. Hoje, a corrupção parece ser a condição de se governar.
Enquanto isso, os “ verdadeiros amigos do homem” são fiéis aos donos. Cuidam da casa, suspeitam das visitas, defendem-os dos perigos, pensam no bem estar daquele que os adotou. São carinhosos, amorosos, vivem em função da pessoa que lhes acolheu. Não pedem nada em troca. Está certo, de vez em quando até procuram um carinho, um cafuné. Mas, nossos “cãezinhos” conhecem a reciprocidade. Sabem viver em comunidade, pensam no bem do próximo. Estão isentos das condições impostas pela sociedade capitalista. Já, muitos de nossos políticos...
Eu nunca vi cachorro usando cueca. Muito menos carregando dólar nestas. Desconheço cães que carreguem malas, principalmente aquelas que contém enormes quantias de dinheiro. Ainda está para nascer cachorro que use e abuse de passagens aéreas. Há sim cachorros arteiros, traiçoeiros, mas sabem reconhecer o erro, e logo abaixam o “rabinho”, num gesto de humildade.
Paralelamente, vi candidatos a funções de nossa política levando moedas do “Tio Sam” em suas roupas íntimas, assim como carregando fortunas em maletas de couro. Também fiquei surpresa com a farra das “passagens”, protagonizada por nossos representantes, num enredo envolvendo dinheiro público. Conheço muitos políticos que erram, mas não têm maturidade suficiente para assumir tal erro. Sei de políticos que calam-se perante equívocos cometidos por “colegas”, mostrando total falta de coragem e de comprometimento com o povo. Existe uma política cínica, que mascara e maquia números. Ouço falar de um jogo de interesses, de trocas de favores. Mas, dificilmente leio manchetes sobre a sensibilidade dentro da política, do grande coração, que nossos representantes, ao menos deveria ter. De fato, destinam dos projetos àqueles que carecem, porém o que entristece é que tudo é regido por uma “segunda intenção”.
Nossos políticos parecem inaptos a usar o lado esquerdo do peito. No entanto, têm enorme habilidade com as ações comandadas pela imbecil ignorância da racionalidade humana. Temos políticos que moram em castelos, porém nada adianta, pois não são dignos de majestade.
Apesar de um texto generalista, que inclusive peço desculpas aos que não se enquadram em tais referências, não sou pessimista no assunto. Sei que há pessoas dignas de serem chamadas de candidatas, mesmo em cargos públicos, assim como sei, que muitas se esforçarão para serem denominadas “cãodidatas”.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Não queremos só emprego, queremos oportunidade!
Tive o privilégio de nascer em uma família estruturada, com boas condições financeiras e laços sólidos de amor. Mas, como dizem, "nada é definitivo". A vida nos surpreende. E nem sempre as surpresas são boas. O positivo é que, inevitavelmente a gente aprende com elas. Os laços familiares continuaram fortes. No entanto, as finanças se instabilizaram. A mesada estava comprometida. Era hora de "ajudar em casa". Precisava de um emprego. Almejava e precisava de uma oportunidade.
Foi aí que percebi a descrença em relação aos jovens. Muitas empresas exigem experiência, formação, colocam uma idade mínima e geralmente desconfiam da responsabilidade jovial. Porém, como todo jovem, tenho muitos sonhos e ousadias. Fui à luta! E me decepcionei.
À juventude, faltam chances para mostrar a capacidade. Os dados são desanimadores, e já começam na Educação: 33 milhões de alunos tem acesso ao Ensino Fundamental, dos quais apenas quatro milhões ingressam numa faculdade, com um dado ainda mais alarmante- apenas 1,7 milhões conseguem um diploma acadêmico. Isso tem como reflexo jovens que, sem um acesso adequado ao Ensino, não envolvem-se em questões políticas, sentem-se subjugados, sem motivação para lutar por uma nação que os inferioriza ou mesmo os exclui. Falta muita oportunidade, não pode-se negar.
Se é responsabilidade do Estado e da sociedade incentivar e dar esperança aos jovens, é responsabilidade da juventude validar tal direito. Dizem que uma ação vale muito mais de que palavras. Falar que a juventude é o futuro do país e que os jovens precisam de mais apoio e melhor educação todos falam e sabem. O problema são os índices. O que nós jovens podemos fazer para incluir esses 31,3 milhões que não recebem diploma de graduação? Eu sugiro seguir a recuperação das características fundamentais, como a disponibilidade para a ação, o sentimento de entrega e busca em romper com paradigmas.
A sociedade precisa acreditar no potencial jovem, nos dar espaço para mostrarmos o quanto somos capazes.
Passei pelo desafio de inserir-me no mercado de trabalho, mas um olhar atento e interessado, abriu-me portas. Eike Batista, em recente entrevista, afirmou que o bom empreendedor não é o que sai em busca de emprego, mas sim aquele que não permite que as oportunidades passem, e as enxerga, onde outros não teriam a sensibilidade para tal.
Meu grande trunfo, foi um Projeto da Prefeitura Municipal de Campinas, desenvolvido pelo ex-prefeito Toninho, mas que participei durante mandato do atual prefeito Hélio de Oliveira Santos. Eu, que sempre estudei em escolas particulares, nunca havia andando de transporte público e não tinha sequer noção da triste realidade de vizinhos de bairro, estava inserida num Programa destinado à pessoas de baixa renda.
Foi a melhor escola que pude ter. A escola da vida. Abri os olhos para realidade. Foram as amizades mais sinceras que já fiz. No fim do curso, o mercado de trabalho veio procurar os profissionais, lhes deu a oportunidade de que precisavam. Jovens, na formatura, satisfeitos por já estarem empregados. Jovens sonhadores, que já discutiam o que ia priorizar com o primeiro salário. Uma juventude esperançosa e estimulada.
É disso que a juventude precisa. É muito simples. A gente não quer o peixe. Basta ensinar-nos a pescar e permitir que desfrutemos deste rio.
OBS: O curso do qual me referi, foi “Animador de Eventos”, pelo Ceprocamp. Tive “oportunidade” de ser a oradora de nossa formatura, que teve a presença do Prefeito, Secretários, Vereadores, do Ministro do Trabalho e outras autoridades. Como forma de gratificação, escrevi um poema, substituindo longos discursos de agradecimento. Reproduzo-o na postagem abaixo.
Foi aí que percebi a descrença em relação aos jovens. Muitas empresas exigem experiência, formação, colocam uma idade mínima e geralmente desconfiam da responsabilidade jovial. Porém, como todo jovem, tenho muitos sonhos e ousadias. Fui à luta! E me decepcionei.
À juventude, faltam chances para mostrar a capacidade. Os dados são desanimadores, e já começam na Educação: 33 milhões de alunos tem acesso ao Ensino Fundamental, dos quais apenas quatro milhões ingressam numa faculdade, com um dado ainda mais alarmante- apenas 1,7 milhões conseguem um diploma acadêmico. Isso tem como reflexo jovens que, sem um acesso adequado ao Ensino, não envolvem-se em questões políticas, sentem-se subjugados, sem motivação para lutar por uma nação que os inferioriza ou mesmo os exclui. Falta muita oportunidade, não pode-se negar.
Se é responsabilidade do Estado e da sociedade incentivar e dar esperança aos jovens, é responsabilidade da juventude validar tal direito. Dizem que uma ação vale muito mais de que palavras. Falar que a juventude é o futuro do país e que os jovens precisam de mais apoio e melhor educação todos falam e sabem. O problema são os índices. O que nós jovens podemos fazer para incluir esses 31,3 milhões que não recebem diploma de graduação? Eu sugiro seguir a recuperação das características fundamentais, como a disponibilidade para a ação, o sentimento de entrega e busca em romper com paradigmas.
A sociedade precisa acreditar no potencial jovem, nos dar espaço para mostrarmos o quanto somos capazes.
Passei pelo desafio de inserir-me no mercado de trabalho, mas um olhar atento e interessado, abriu-me portas. Eike Batista, em recente entrevista, afirmou que o bom empreendedor não é o que sai em busca de emprego, mas sim aquele que não permite que as oportunidades passem, e as enxerga, onde outros não teriam a sensibilidade para tal.
Meu grande trunfo, foi um Projeto da Prefeitura Municipal de Campinas, desenvolvido pelo ex-prefeito Toninho, mas que participei durante mandato do atual prefeito Hélio de Oliveira Santos. Eu, que sempre estudei em escolas particulares, nunca havia andando de transporte público e não tinha sequer noção da triste realidade de vizinhos de bairro, estava inserida num Programa destinado à pessoas de baixa renda.
Foi a melhor escola que pude ter. A escola da vida. Abri os olhos para realidade. Foram as amizades mais sinceras que já fiz. No fim do curso, o mercado de trabalho veio procurar os profissionais, lhes deu a oportunidade de que precisavam. Jovens, na formatura, satisfeitos por já estarem empregados. Jovens sonhadores, que já discutiam o que ia priorizar com o primeiro salário. Uma juventude esperançosa e estimulada.
É disso que a juventude precisa. É muito simples. A gente não quer o peixe. Basta ensinar-nos a pescar e permitir que desfrutemos deste rio.
OBS: O curso do qual me referi, foi “Animador de Eventos”, pelo Ceprocamp. Tive “oportunidade” de ser a oradora de nossa formatura, que teve a presença do Prefeito, Secretários, Vereadores, do Ministro do Trabalho e outras autoridades. Como forma de gratificação, escrevi um poema, substituindo longos discursos de agradecimento. Reproduzo-o na postagem abaixo.
Juventude tem que ser Cidadã!
Somos jovens à procura de oportunidades
Somos jovens que almejam um futuro certeiro
Somos jovens que buscam êxito na vida
Somos jovens guerreiros.
Somos jovens que querem fazer a diferença
Somos jovens campineiros.
Em busca de um futuro melhor
Tivemos que ter atitude.
Abrimos mãos de algumas coisas,
para assim alcançarmos plenitude.
Nos dedicamos ao estudo,
Nos inscrevemos no Juventude.
O ano foi repleto de realizações,
Aprendemos muitas coisas
Que levaremos sempre em nossos corações.
A parte teórica nos foi muito útil,
acrescentou-nos informações.
Nos preparamos para o mercado de trabalho,
Já podemos desempenhar diversas funções.
Nas aulas de Cidadania
Aprendemos o quanto são importantes nossas ações.
No Serviço Voluntário, mostramos nosso lado caridoso
Ajudamos as pessoas que necessitavam de especiais atenções.
As aulas de reforço esclareceu-nos as dúvidas
Aprendemos os verbos e a fazer equações.
Hoje, sem dúvida, é um dia especial para cada jovem formando.
Eu, como aluna do Juventude Cidadã, gostaria de agradecer.
Agradeço aos professores, organizadores, coordenadores e diretores
Os senhores fizeram por merecer.
Aos colegas desejo sucesso profissional e muita sorte,
Conhece-los, foi um prazer.
Às autoridades aqui presentes,
nem sei o que dizer.
O Programa Juventude Cidadã nos abriu muitas portas,
Passamos a enfrentar o mercado de trabalho com mais confiança.
Temos capacidade e estudos que nos proporcionarão êxito,
Somos jovens repletos de esperança.
A partir de hoje, usaremos cada tópico que aprendemos,
para alcançarmos sucesso e liderança.
A todos os órgãos do governo expresso o quanto estou animada.
Ao Doutor Hélio nosso prefeito,
Deixo-lhe meu muito obrigada.
É com gratidão que escrevi estes versos,
Agradeço-lhes em nome de toda juventude beneficiada.
Somos jovens que almejam um futuro certeiro
Somos jovens que buscam êxito na vida
Somos jovens guerreiros.
Somos jovens que querem fazer a diferença
Somos jovens campineiros.
Em busca de um futuro melhor
Tivemos que ter atitude.
Abrimos mãos de algumas coisas,
para assim alcançarmos plenitude.
Nos dedicamos ao estudo,
Nos inscrevemos no Juventude.
O ano foi repleto de realizações,
Aprendemos muitas coisas
Que levaremos sempre em nossos corações.
A parte teórica nos foi muito útil,
acrescentou-nos informações.
Nos preparamos para o mercado de trabalho,
Já podemos desempenhar diversas funções.
Nas aulas de Cidadania
Aprendemos o quanto são importantes nossas ações.
No Serviço Voluntário, mostramos nosso lado caridoso
Ajudamos as pessoas que necessitavam de especiais atenções.
As aulas de reforço esclareceu-nos as dúvidas
Aprendemos os verbos e a fazer equações.
Hoje, sem dúvida, é um dia especial para cada jovem formando.
Eu, como aluna do Juventude Cidadã, gostaria de agradecer.
Agradeço aos professores, organizadores, coordenadores e diretores
Os senhores fizeram por merecer.
Aos colegas desejo sucesso profissional e muita sorte,
Conhece-los, foi um prazer.
Às autoridades aqui presentes,
nem sei o que dizer.
O Programa Juventude Cidadã nos abriu muitas portas,
Passamos a enfrentar o mercado de trabalho com mais confiança.
Temos capacidade e estudos que nos proporcionarão êxito,
Somos jovens repletos de esperança.
A partir de hoje, usaremos cada tópico que aprendemos,
para alcançarmos sucesso e liderança.
A todos os órgãos do governo expresso o quanto estou animada.
Ao Doutor Hélio nosso prefeito,
Deixo-lhe meu muito obrigada.
É com gratidão que escrevi estes versos,
Agradeço-lhes em nome de toda juventude beneficiada.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Dia das Crianças e de N. Senhora Aparecida - Não podia passar em branco...
“Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca. Tudo o que sou, desejo que a Vós pertença. Incomparável Mãe, guardei-me, defendei-me, como filha e propriedade Vossa, Amém.”
Dia de Nossa Senhora Aparecida. Dia das Crianças. Um dia repleto de comemorações!
Comecei o texto, com uma breve oração, em referência a Padroeira do Brasil. Entrego-me a Nossa Mãe. O nosso País já está em Suas mãos. Por isso, nossa Nação é abençoada, com belezas naturais, povo receptivo, fraterno. Não é atoa que “Deus é brasileiro”, e que imagem de Maria, apareceu para pescadores lá em Aparecida.
Mais do que comemorar, tirei o 12 de outubro para refletir. Lembrei da minha infância, que embora não muito distante, desperta-me saudade. Que desculpem-me os adolescentes, perdoem-me os adultos e não me leve a mal a “melhor idade”, mas é inegável que a infância é o período mais divertido, alegre e sincero de nossa existência.
Adoraria ser uma eterna criança, porém as responsabilidades do amadurecimento são inevitáveis. Faz parte da nossa evolução. Tenho vontade de brincar de “pega-pega”, mas com trabalho e a faculdade o tempo fica curto, e as prioridades acabam sendo outras.
No fundo, apesar de ter 18 anos, sou uma menina-mulher. Menina capaz de sentar no chão e montar um quebra-cabeça. Mulher com capacidade assumir compromissos e arcar com suas consequências. Claro que sou jovem, estou numa fase de transição. Um pé juntinho das bonecas. O outro, próximo ao salto alto e ao batom vermelho.
Como jovem, adoro uma baladinha, sair com amigos e me chama atenção as músicas que retratam a juventude, que “quer mais é beijar na boca”, jovens que “não vai ser tão fácil assim ter nas mãos”, alguns com “17 anos e saiu de casa”, outros que vão “para onde tenha sol”. No entanto, não pode-se negar que “brincadeira de criança, como é bom, como é bom”, e a gente pode “pegar carona nessa cauda de cometa”, quem sabe, “ver a Via Láctea, estrada tão bonita”. Eu deixo uma dica, um convite: “Vamos voar novamente, cantar alegremente mais uma canção?”, até porque, “todas crianças já sabem que todas elas cabem no nosso balão, até quem tem mais idade”, basta ter “felicidade no seu coração”!
Dia de Nossa Senhora Aparecida. Dia das Crianças. Um dia repleto de comemorações!
Comecei o texto, com uma breve oração, em referência a Padroeira do Brasil. Entrego-me a Nossa Mãe. O nosso País já está em Suas mãos. Por isso, nossa Nação é abençoada, com belezas naturais, povo receptivo, fraterno. Não é atoa que “Deus é brasileiro”, e que imagem de Maria, apareceu para pescadores lá em Aparecida.
Mais do que comemorar, tirei o 12 de outubro para refletir. Lembrei da minha infância, que embora não muito distante, desperta-me saudade. Que desculpem-me os adolescentes, perdoem-me os adultos e não me leve a mal a “melhor idade”, mas é inegável que a infância é o período mais divertido, alegre e sincero de nossa existência.
Adoraria ser uma eterna criança, porém as responsabilidades do amadurecimento são inevitáveis. Faz parte da nossa evolução. Tenho vontade de brincar de “pega-pega”, mas com trabalho e a faculdade o tempo fica curto, e as prioridades acabam sendo outras.
No fundo, apesar de ter 18 anos, sou uma menina-mulher. Menina capaz de sentar no chão e montar um quebra-cabeça. Mulher com capacidade assumir compromissos e arcar com suas consequências. Claro que sou jovem, estou numa fase de transição. Um pé juntinho das bonecas. O outro, próximo ao salto alto e ao batom vermelho.
Como jovem, adoro uma baladinha, sair com amigos e me chama atenção as músicas que retratam a juventude, que “quer mais é beijar na boca”, jovens que “não vai ser tão fácil assim ter nas mãos”, alguns com “17 anos e saiu de casa”, outros que vão “para onde tenha sol”. No entanto, não pode-se negar que “brincadeira de criança, como é bom, como é bom”, e a gente pode “pegar carona nessa cauda de cometa”, quem sabe, “ver a Via Láctea, estrada tão bonita”. Eu deixo uma dica, um convite: “Vamos voar novamente, cantar alegremente mais uma canção?”, até porque, “todas crianças já sabem que todas elas cabem no nosso balão, até quem tem mais idade”, basta ter “felicidade no seu coração”!
Mulheres: de todas as cores, de várias idades...
Gilberto Dimenstein escreveu ontem na Folha: "O Brasil das mulheres é mais educado".
Dados confirmam que as mulheres estudam em média um ano a mais que os homens, além do que, 57% das pessoas que frequentam Ensino Superior, são mulheres. No entanto, o sexo feminino ainda tem remuneração inferior. "É só uma questão de tempo para ganharem mais do que os homens". Dimenstein pode ter razão.
Não sou feminista. Mas, almejo a igualdade. Entre homens e mulheres, ricos e pobres. As disputas são as grandes mazelas do mundo. O que falar da luta de classes? O que dizer daquelas mulheres, subordinadas, subimissas perante os homens? A mulher foi criada para andar ao lado do homem. Ambos se complementam, e de fato, os opostos se atraem.
Não sei se um mundo regido por olhares femininos seria melhor. Tampouco afirmo que a sensibilidade feminina nos conduziria a uma esfera mais ética.
O que me orgulha e me estimula são os resultados que as manifestações feministas conquistaram. A mulher é respeitada e admirada pelos homens. É um exemplo de luta, garra, rebelião perante à repressão.
Acredito que a essência feminista não é mostrar-se superior ou melhor que homens, até porque, é juntos que encontram o equilíbrio. A sensibilidade feminina e racionalidade masculina fazem com que as decisões sejam acertadas. O colo materno e o apoio paternal fazém com que o seio familiar tenha um alicerce forte. A delicadeza das mulheres, com a força dos homens tornam as ações mais precisas. São vários exemplos que confirmam a importância da parceria entre João e Maria.
As eleições 2010 têm que ser citadas aqui. Duas mulheres roubam a cena. Cada uma com sua personalidade e ideologia. Destacam-se no cenário político. As mulheres já conquistaram carreiras no Judiciário, no Legislativo, nos Ministérios, são reconhecidas nas atuações na Polícia, nas Forças Armadas, em cargos de gerência, chefia, diretoria. Há mulheres trabalhando em caminhões, como taxistas, conquistaram os palcos. E cada dia mais, aproximam-se do Executivo, deixando de lado a tradição de"Primeira-Dama". O mais importante e interessante é que fazem tudo isso e ainda são capazes de conciliar as atividades profissionais com os afazeres domésticos.
As mulheres são mães, amigas, companheiras, conselheiras e excelentes profissionais. Os homens também são pais, amigos, companheiros, conselheiros e tem atuação profissional de excelência. Mas, é aquela coisa "perto de uma mulher, são só garotos".
Dados confirmam que as mulheres estudam em média um ano a mais que os homens, além do que, 57% das pessoas que frequentam Ensino Superior, são mulheres. No entanto, o sexo feminino ainda tem remuneração inferior. "É só uma questão de tempo para ganharem mais do que os homens". Dimenstein pode ter razão.
Não sou feminista. Mas, almejo a igualdade. Entre homens e mulheres, ricos e pobres. As disputas são as grandes mazelas do mundo. O que falar da luta de classes? O que dizer daquelas mulheres, subordinadas, subimissas perante os homens? A mulher foi criada para andar ao lado do homem. Ambos se complementam, e de fato, os opostos se atraem.
Não sei se um mundo regido por olhares femininos seria melhor. Tampouco afirmo que a sensibilidade feminina nos conduziria a uma esfera mais ética.
O que me orgulha e me estimula são os resultados que as manifestações feministas conquistaram. A mulher é respeitada e admirada pelos homens. É um exemplo de luta, garra, rebelião perante à repressão.
Acredito que a essência feminista não é mostrar-se superior ou melhor que homens, até porque, é juntos que encontram o equilíbrio. A sensibilidade feminina e racionalidade masculina fazem com que as decisões sejam acertadas. O colo materno e o apoio paternal fazém com que o seio familiar tenha um alicerce forte. A delicadeza das mulheres, com a força dos homens tornam as ações mais precisas. São vários exemplos que confirmam a importância da parceria entre João e Maria.
As eleições 2010 têm que ser citadas aqui. Duas mulheres roubam a cena. Cada uma com sua personalidade e ideologia. Destacam-se no cenário político. As mulheres já conquistaram carreiras no Judiciário, no Legislativo, nos Ministérios, são reconhecidas nas atuações na Polícia, nas Forças Armadas, em cargos de gerência, chefia, diretoria. Há mulheres trabalhando em caminhões, como taxistas, conquistaram os palcos. E cada dia mais, aproximam-se do Executivo, deixando de lado a tradição de"Primeira-Dama". O mais importante e interessante é que fazem tudo isso e ainda são capazes de conciliar as atividades profissionais com os afazeres domésticos.
As mulheres são mães, amigas, companheiras, conselheiras e excelentes profissionais. Os homens também são pais, amigos, companheiros, conselheiros e tem atuação profissional de excelência. Mas, é aquela coisa "perto de uma mulher, são só garotos".
domingo, 11 de outubro de 2009
A primeira publicação: Qual tema escolher??
Espero começar com “pé direito” este blog. Pretendo ser assídua nas publicações, me esforçarei para tal. Sou apaixonada por debates e espero que você leitor, contribua com comentários, pois são através de divergências, críticas e pontos de vistas distintos que chegamos a um consenso, ou pelo menos aprofundamos a reflexão, levando-a a um caminho mais coerente. Fascina-me pessoas que não se intimidam, que defendem sua ideologia por meio de bons argumentos. Não vamos discutir o certo ou errado. Vamos convergir opiniões, afinal todo mundo tem muito para aprender e muito para ensinar. É o que dizem, você pode ser especialista em algo, mas certamente será “analfabeto” em alguma coisa. A sociedade se complementa. Deus não teria colocado tanta gente no mundo, caso as relações não fossem essenciais.
Fiquei pensando qual seria o primeiro a ser publicado aqui. São tantas coisas que merecem ressalva, porém a vida é feita de escolhas, as vezes difíceis, mas sempre inevitáveis. Pois bem, tive que seguir uma vertente, correndo o risco de optar pela inadequada.
Poderia falar das eleições 2010, o que inclusive, será muito comentado por aqui. Pensei em enfatizar a importância da política em nossa vida, assim como a importância que nós temos no mundo político. Uma bandeira que levanto com muito orgulho e com a certeza de que será assimilada, é a participação dos jovens na política, bem como o poder da juventude na nossa sociedade. Mas, deixo este aspecto para próximas publicações. Aí, pensei em discutir o Prêmio Nobel, a Prova do Enem, a violência em Campinas, o caso Zelaya... Nossa, tantas coisas vieram em minha mente, e de fato seria interessantes, mas tem hora que o coração fala mais alto. Esse foi um dos casos.
A coisa mais importante em minha vida é a família. E por que não abrir “com chave de ouro”, falando um pouco dos laços de afeto? Pois bem, fiz minha escolha. Se foi a melhor não sei, porém preciso falar de um sentimento. Um dos mais bonitos. Amor? Não, amor não. Vou falar da saudade, um “estado agudo do amor”.
Amanhã, minha avó faria 91 anos, no entanto, há dois anos ela não está entre nós. “Foi dessa para melhor”, assim me consolo. É simplesmente, o meu exemplo de mulher. Guerreira, batalhadora, aventureira, justa, religiosa, fraterna, amiga, professora, cozinheira de “mão cheia”, em suma, minha segunda mãe.
Fui visitá-la no cemitério hoje. Lá senti uma paz incomum. O céu estava tão azul, mas tão azul que parecia colorido à aquarela. A grama muito verdinha, mesclada de flores, que os familiares deixam como lembrança. Naquele campo, com muitas plaquinhas identificando os entes falecidos, só estavam eu e minha mãe. Os outros dali, descansavam, a missão deles já foi cumprida.
Tradicionalmente, fizemos uma oração, bem solene, emocionante e extremamente sincera. Rezei todos os credos, que minha avó me ensinou. Quanta ironia. Outro dia, ela sentada na cama me ensinado a “Salve Rainha”. Hoje, eu demostrando que fui uma aluna aplicada, e aprendi tudo certinho.
Na hora de ir embora, minha avó teve que ficar na companhia de meu avô, que não tive oportunidade de conhecer, mas sei da boa pessoa que foi. Ali também deixamos meu tio, esse sim convivi e ressalto o exemplo de homem que foi. Junto a eles, vasinhos de flores, que expressam um pouco da singela homenagem que gostaríamos de prestar.
Senti que faltava algo. E era algo importante. Indispensável. No entanto, algo que não podia concretizar. Deixar o cemitério simboliza uma despedida. Lá, eles ficariam. Eu precisava abraça-los, simplesmente para dizer: “Fiquem com Deus, até mais.” Mas, aquela “plaquinha”, aquela grama, e todo o solo sob meus pés, nos separava. As lágrimas forma inevitáveis, e não se intimidaram ao correr por minha face. Ao meu lado, minha mãe, que com aquele olhar de compaixão e seu colo maternal, abriu os braços. Pronto, nos abraçamos. Sentimos-nos abraçadas.
Ah, saudade! Quanta saudade guardamos dentro do peito. Quantas lágrimas contidas ficam na profundeza do olhar. Quanto amor existe em nosso coração. E quantas vezes, por vergonha, falta de oportunidade, não dividimos com os outros. Todo meu amor, tive chance de demostrar a minha avó, e ela foi feliz em sua reciprocidade. Mais do que amor, hoje tenho saudade. E vejo este sentimento como algo bom. Um estágio superior do amar. O amor verdadeiro que passou pela principal prova: “Para medir o amor que você sente, pense em perder esta pessoa.” Mais do que pensar, eu de fato a “perdi”, e como resultado, tive a certeza do que é um verdadeiro amor.
Sejam bem-vindos! Os assuntos abordados aqui serão predominantemente políticos e jornalísticos. Porém, vez ou outra pretendo enfatizar as emoções e sentimentos que acercam a vida humana, afinal todos somos regidos por um coração que bate incessantemente. Quem faz o mundo, a política, a economia, são os homens. Com certeza homens sensíveis, capazes de ouvir e assumir os aspectos emotivos, os fariam muito melhor.
Fiquei pensando qual seria o primeiro a ser publicado aqui. São tantas coisas que merecem ressalva, porém a vida é feita de escolhas, as vezes difíceis, mas sempre inevitáveis. Pois bem, tive que seguir uma vertente, correndo o risco de optar pela inadequada.
Poderia falar das eleições 2010, o que inclusive, será muito comentado por aqui. Pensei em enfatizar a importância da política em nossa vida, assim como a importância que nós temos no mundo político. Uma bandeira que levanto com muito orgulho e com a certeza de que será assimilada, é a participação dos jovens na política, bem como o poder da juventude na nossa sociedade. Mas, deixo este aspecto para próximas publicações. Aí, pensei em discutir o Prêmio Nobel, a Prova do Enem, a violência em Campinas, o caso Zelaya... Nossa, tantas coisas vieram em minha mente, e de fato seria interessantes, mas tem hora que o coração fala mais alto. Esse foi um dos casos.
A coisa mais importante em minha vida é a família. E por que não abrir “com chave de ouro”, falando um pouco dos laços de afeto? Pois bem, fiz minha escolha. Se foi a melhor não sei, porém preciso falar de um sentimento. Um dos mais bonitos. Amor? Não, amor não. Vou falar da saudade, um “estado agudo do amor”.
Amanhã, minha avó faria 91 anos, no entanto, há dois anos ela não está entre nós. “Foi dessa para melhor”, assim me consolo. É simplesmente, o meu exemplo de mulher. Guerreira, batalhadora, aventureira, justa, religiosa, fraterna, amiga, professora, cozinheira de “mão cheia”, em suma, minha segunda mãe.
Fui visitá-la no cemitério hoje. Lá senti uma paz incomum. O céu estava tão azul, mas tão azul que parecia colorido à aquarela. A grama muito verdinha, mesclada de flores, que os familiares deixam como lembrança. Naquele campo, com muitas plaquinhas identificando os entes falecidos, só estavam eu e minha mãe. Os outros dali, descansavam, a missão deles já foi cumprida.
Tradicionalmente, fizemos uma oração, bem solene, emocionante e extremamente sincera. Rezei todos os credos, que minha avó me ensinou. Quanta ironia. Outro dia, ela sentada na cama me ensinado a “Salve Rainha”. Hoje, eu demostrando que fui uma aluna aplicada, e aprendi tudo certinho.
Na hora de ir embora, minha avó teve que ficar na companhia de meu avô, que não tive oportunidade de conhecer, mas sei da boa pessoa que foi. Ali também deixamos meu tio, esse sim convivi e ressalto o exemplo de homem que foi. Junto a eles, vasinhos de flores, que expressam um pouco da singela homenagem que gostaríamos de prestar.
Senti que faltava algo. E era algo importante. Indispensável. No entanto, algo que não podia concretizar. Deixar o cemitério simboliza uma despedida. Lá, eles ficariam. Eu precisava abraça-los, simplesmente para dizer: “Fiquem com Deus, até mais.” Mas, aquela “plaquinha”, aquela grama, e todo o solo sob meus pés, nos separava. As lágrimas forma inevitáveis, e não se intimidaram ao correr por minha face. Ao meu lado, minha mãe, que com aquele olhar de compaixão e seu colo maternal, abriu os braços. Pronto, nos abraçamos. Sentimos-nos abraçadas.
Ah, saudade! Quanta saudade guardamos dentro do peito. Quantas lágrimas contidas ficam na profundeza do olhar. Quanto amor existe em nosso coração. E quantas vezes, por vergonha, falta de oportunidade, não dividimos com os outros. Todo meu amor, tive chance de demostrar a minha avó, e ela foi feliz em sua reciprocidade. Mais do que amor, hoje tenho saudade. E vejo este sentimento como algo bom. Um estágio superior do amar. O amor verdadeiro que passou pela principal prova: “Para medir o amor que você sente, pense em perder esta pessoa.” Mais do que pensar, eu de fato a “perdi”, e como resultado, tive a certeza do que é um verdadeiro amor.
Sejam bem-vindos! Os assuntos abordados aqui serão predominantemente políticos e jornalísticos. Porém, vez ou outra pretendo enfatizar as emoções e sentimentos que acercam a vida humana, afinal todos somos regidos por um coração que bate incessantemente. Quem faz o mundo, a política, a economia, são os homens. Com certeza homens sensíveis, capazes de ouvir e assumir os aspectos emotivos, os fariam muito melhor.
Minha Apresentação
Só para me conhecerem melhor...
Meu trabalho na área da política, é algo prematuro, mas um prematuro com muita ânsia em viver! Tenho 18 anos, faço Jornalismo e sempre, "desde que me conheço por gente" gosto e estou envolvida na política. É uma paixão que vem do berço, está no sangue.Tenho sim, projetos neste aspecto. Sou inconformada com nossa política nacional, com a situação de nossa população! Sediar a Copa, as Olimpíadas, não me iludem, embora esteja orgulhosa com o reconhecimento de nossa Nação. Torço para que tudo dê certo, e como no Editorial da Folha que "a 'cartolagem' brasileira supere o amadorismo que a tem caracterizado". Espanta-me a "perda da memória" população, que simplesmente esquece atos ilícitos e chega a contribuir para que nosso presidente seja o mais popular do mundo, afinal, "ele nunca soube de nada". Tenho total indignação pelos escândalos envolvendo o Senado, nossas Instituições, e me repudia o sabor pizza, com que terminam. Eu amo o Brasil! Todos sabem de seu potencial, ainda mais agora, com a glória de ter passado apenas por uma "marolinha". Eu amo os brasileiros! Já tive oportunidade de ir ao exterior, e a experiência só fez-me valorizar mais o nosso povo! Acredito nos brasileiros! Acredito num Brasil melhor, e tenho certeza que minha missão é contribuir para sua melhoria. Eu posso, você pode, nós podemos! Embora, o verbo mais adequado seja "dever".
Sem demagogias, e palavras bonitas que sensibilizem, eu também sou ativa na ação. Afinal, palavras, são apenas palavras, incapazes de matar a fome daquele que padece. Já estive envolvida em muitas ações governamentais, programas e também em muitas lutas. A mais recente, que inclusive tivemos êxito, foi a batalha pela reforma do Colégio Culto à Ciência, referência aqui em Campinas. Há algumas semanas, o Correio Popular destacou que as romarias aos órgãos como Condepacc, valeram a pena, e a escola ganhou nova fachada. Sinto-me honrada por ter participado e contribuído para este Patrimônio Histórico campineiro.
Estou fazendo um trabalho, que envolve, inclusive minha faculdade e é claro a política. É a Política-Chanchada. com objetivo de mostrar toda banalização de nossas Instituições. Já consegui várias fontes, o projeto promete ser polêmico. Assim que estiver pronto, disponibilizo. Em andamento, está um documentário com ênfase na Amazônia e nas Políticas Públicas, a fim de serem aplicadas na região e reformuladas para outras comunidades. A viagem está programada para janeiro.
Sou radialista aqui em Campinas, na Rádio Central, trabalho com meu pai num programa de entretenimento,musical. Tenho projetos para o futuro, inclusive para 2012. Eu tenho muito para contribuir com a população. Hoje, meu maior objetivo é mostrar para meus colegas, jovens como eu, o poder que nós temos. Mais que isso, a nossa importância, afinal somos o futuro. Mostro a eles, que a política, não é chata, repudiante, suja, nem todos baixos adjetivos que a ela são agregados. Isso tudo é um "estado" da política, não é o seu "ser".
A política em sua essência é fascinante. Temos que aprendê-la, entendê-la, o gosto é uma consequência. A política rege nossos atos, nossa vida. Li uma frase interessante: "Para os omissos, é apenas mais fácil jogar a culpa em políticos."(Cecílio Elias Netto). Não sejamos omissos. Afinal, quem omite, consente. Há sim gente com boas intenções na política! É sim possível levantar a bandeira da ética. Podemos sim, ter a política, em seu significado nato, como pretendiam os gregos: a arte de bem governar. É nessa política que eu acredito. E é por essa política que eu luto.
Meu trabalho na área da política, é algo prematuro, mas um prematuro com muita ânsia em viver! Tenho 18 anos, faço Jornalismo e sempre, "desde que me conheço por gente" gosto e estou envolvida na política. É uma paixão que vem do berço, está no sangue.Tenho sim, projetos neste aspecto. Sou inconformada com nossa política nacional, com a situação de nossa população! Sediar a Copa, as Olimpíadas, não me iludem, embora esteja orgulhosa com o reconhecimento de nossa Nação. Torço para que tudo dê certo, e como no Editorial da Folha que "a 'cartolagem' brasileira supere o amadorismo que a tem caracterizado". Espanta-me a "perda da memória" população, que simplesmente esquece atos ilícitos e chega a contribuir para que nosso presidente seja o mais popular do mundo, afinal, "ele nunca soube de nada". Tenho total indignação pelos escândalos envolvendo o Senado, nossas Instituições, e me repudia o sabor pizza, com que terminam. Eu amo o Brasil! Todos sabem de seu potencial, ainda mais agora, com a glória de ter passado apenas por uma "marolinha". Eu amo os brasileiros! Já tive oportunidade de ir ao exterior, e a experiência só fez-me valorizar mais o nosso povo! Acredito nos brasileiros! Acredito num Brasil melhor, e tenho certeza que minha missão é contribuir para sua melhoria. Eu posso, você pode, nós podemos! Embora, o verbo mais adequado seja "dever".
Sem demagogias, e palavras bonitas que sensibilizem, eu também sou ativa na ação. Afinal, palavras, são apenas palavras, incapazes de matar a fome daquele que padece. Já estive envolvida em muitas ações governamentais, programas e também em muitas lutas. A mais recente, que inclusive tivemos êxito, foi a batalha pela reforma do Colégio Culto à Ciência, referência aqui em Campinas. Há algumas semanas, o Correio Popular destacou que as romarias aos órgãos como Condepacc, valeram a pena, e a escola ganhou nova fachada. Sinto-me honrada por ter participado e contribuído para este Patrimônio Histórico campineiro.
Estou fazendo um trabalho, que envolve, inclusive minha faculdade e é claro a política. É a Política-Chanchada. com objetivo de mostrar toda banalização de nossas Instituições. Já consegui várias fontes, o projeto promete ser polêmico. Assim que estiver pronto, disponibilizo. Em andamento, está um documentário com ênfase na Amazônia e nas Políticas Públicas, a fim de serem aplicadas na região e reformuladas para outras comunidades. A viagem está programada para janeiro.
Sou radialista aqui em Campinas, na Rádio Central, trabalho com meu pai num programa de entretenimento,musical. Tenho projetos para o futuro, inclusive para 2012. Eu tenho muito para contribuir com a população. Hoje, meu maior objetivo é mostrar para meus colegas, jovens como eu, o poder que nós temos. Mais que isso, a nossa importância, afinal somos o futuro. Mostro a eles, que a política, não é chata, repudiante, suja, nem todos baixos adjetivos que a ela são agregados. Isso tudo é um "estado" da política, não é o seu "ser".
A política em sua essência é fascinante. Temos que aprendê-la, entendê-la, o gosto é uma consequência. A política rege nossos atos, nossa vida. Li uma frase interessante: "Para os omissos, é apenas mais fácil jogar a culpa em políticos."(Cecílio Elias Netto). Não sejamos omissos. Afinal, quem omite, consente. Há sim gente com boas intenções na política! É sim possível levantar a bandeira da ética. Podemos sim, ter a política, em seu significado nato, como pretendiam os gregos: a arte de bem governar. É nessa política que eu acredito. E é por essa política que eu luto.
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