sábado, 23 de janeiro de 2010

Derrubando barreiras, para mover montanhas...


Dizem que o amor derruba barreiras e também move montanhas. No coração nossas paixões e aspirações. O amor pela família, o gosto pelos amigos, as paixões correspondidas e aquelas que se perder sem correspondência. A comida preferida, o passeio mais prazeroso, a profissão dos sonhos e os assuntos de grande interesses. É sobre estes últimos que escrevo, até porque o amor por meus familiares é constantemente expresso nas palavras de afeto e carinho, que eles me ensinaram; as amizades traduzem-se em todo incentivo que recebo;as paixões corriqueiras ou aquela que de fato mexe e é difícil de esquecer, deixo para um artigo mais futuro, que tenha um tom de confissão e esteja a vontade para tais.

Enquanto a coragem não vem, e talvez não interesse aos leitores minhas paixões mais íntimas, compartilho meus interesses, a partir dos quais perceberemos que as frases que iniciaram este texto são certeiras.

Sou apaixonada pelo que faço, no trabalho e nos estudos. É exatamente essa paixão que faz com que acorde antes das 4 horas da manhã, após ter chegado da faculdade à meia-noite, de bom-humor!



Paixão tenho pelo Jornalismo, a profissão que sempre esteve em meus sonhos e pela qual luto e dedico-me. Divido esse amor com a política. Não com essa que temos por aí, corrupta, desonesta e dissimulada. Sinto amor pelo “ser” da política, não o seu estado. E é está paixão que faz com que acredite que a meia possa ser simplesmente usada dentro dos sapatos, as cuecas como peça íntima e nossos representantes sejam sensíveis a vida em comunidade, cientes da responsabilidade, capazes de usar o poder com dignidade e muito mérito.

A política me fascina. Embora muitos políticos causem-me repugnância. Cresci assistindo e participando de uma vida envolta em campanhas, decisões políticas e outros aspectos nessa ordem. A paixão desenvolveu-se naturalmente, muito embora tenha visto muita coisa capaz de despertar ódio, a ponto de dizer “Nunca mais quero saber de política.” Mas é amor. Também necessidade de envolver-se.
Amor por algo que pode mudar a situação do país, mas que infelizmente não está bem representada. Necessidade de participação, para que não seja entregue de bandeja, aos fracos e desonestos, a governança dos fortes e honestos. Amor que fiscaliza e tenta reverter um situação. Necessidade de pressionar e não permitir que o governo, embora de todos, seja para poucos.

É esta paixão que faz com que sinta prazer em presenciar eventos políticos, mesmo quando, o que vejo de perto é muito cinismo, muita falsidade e roubalheira. Não é política que amo, mas é a partir dela que podemos desenvolver uma política digna de amor. É mais ou menos aquilo que dizem por aí, observa-se para não fazer igual, o grande exemplo de como a política não deve ser.

Sinto-me realizada ao participar de grandes eventos da política nacional. Uma realização pessoal e também profissional, é como unir o útil ao agradável. A paixão ao ofício. O sentimentalismo ao racionalismo.

Foi assim, no evento de ontem, no qual o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra Dilma Rousseff, veio inaugurar, aqui em Campinas, um Centro de desenvolvimento do Bioetanol. Neste ainda estavam presentes, o governador José Serra, o senador Eduardo Suplicy, o Secretário Geraldo Alckmin, ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, deputado Guilherme Campos entre outras autoridades.

Entrar na festividade exigia convite ou a credencial emitida pelo Planalto, com certa antecedência. Apesar de minha dedicação, geralmente, as coisas ficam para “última hora”, e desta vez não foi diferente.
Às 14 horas estava resolvendo uns probleminhas nas proximidades da inauguração e sabia que dali uma hora o presidente desembarcaria por ali. Com um certo atraso, resolvi dar um “pulinho” até o local. Na pior das hipóteses, conheceria o II Pólo de Tecnologia de minha cidade.

Foi o que fiz. Máquina, bloco de anotações e gravador sempre em mãos, lá fui eu!

“Por favor, sua credencial.” Ah, a credencial. Sem elas em mãos, percebi que as coisas se complicariam. Precisava apelar para o plano B, o de “convencimento” e muita “insistência”. Vence-se pelo cansaço e persistência. Logo, o mesmo que pedia o credenciamento, anotava meu nome, e em segundos, recebi o meu crachá “Imprensa da Presidência da República”. Derrubada uma barreira, o sorriso e vontade de pular foi inevitável. Só queria gritar, “Consegui!”, mas tive que manter a compostura, perante toda imprensa e todas autoridades.

Ok, o leitor pode estar pensando: grande coisa ver o Lula, sua companheira e o tucano Serra. Grande coisa.
Para muitos ali, a indiferença era visível, mas quando a gente ama, um sorriso já não arrepia? Pois bem, quando se gosta do Jornalismo e este se une ao grande interesse pela política, uma simples credencial para coletiva da Presidência da República é uma grande conquista. Se bem que convenhamos, não é tão “simples” assim.


Lendo os artigos deste blog o leitor já deve ter percebido minhas preferências políticas. Lula não é um dos responsáveis pelo meu fascínio política, no entanto, foi interessante conhecê-lo, principalmente num ano eleitoral, em que estava entre Dilma e Serra. A comparação entre os três foi a consequência.
Dilma usou o termo “hidrólise” algumas vezes e por raras atraiu uma atenção efetiva. Serra surpreendentemente apareceu com um copo de cerveja (dava para ver, inclusive a “espuminha” da bebida). Lula, por sua vez, glorificou-se por ter conseguido falar “inexorável”.
Com a ministra compartilhei o desejo de conhecê-la melhor, ver o que existe por trás de toda arrogância e cara fechada. Serra transpareceu seu espírito elitizado, com os méritos de um grande administrador. Lula, gozador nato, conquistava atenção e garantia as gargalhadas. Vale saber quem leva a sério a política. Quem tem seriedade suficiente para representar todos nós.

Sinto-me realizada. Este ano, ingresso no segundo ano na faculdade de Jornalismo, completo meus 19 anos e antes mesmo de outubro, conheço pessoalmente os principais presidenciáveis: Dilma, Serra e Marina Silva (com a qual tive um bom contato numa outra coletiva).
Pena que os conheço apenas pessoalmente e não na essência, tampouco nos interesses.
De qualquer forma, a postura e o olhar são reveladores. Além do mais, os escândalos estão ai, para que não caiamos em nenhuma piadinha.

Já chamaram-me de “cara-de-pau”, o que encaro como grande elogiou, afinal é reflexo de uma pitada de audácia, luta pela vontade de conquistar um “lugarzinho ao sol”, sempre regida pelas aspirações do coração. Assim, espero ter mais contato com essa política e também com colegas de profissão. Da mesma forma, almejo que essa política seja digna de todo meu amor. Só assim terei movido montanhas.

3 comentários:

  1. VC como jornalista é um desastre,tendenciosa como a grande mídia.

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  2. Só não respondo pois além de cinismo, é covardia esconder-se atrás do anonimato...

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  3. oie...
    que legal! vc participou de uma coletiva com o lula? quase não acredito.. rs
    legal... Adorei a composição do texto...
    e o comentario acima... num liga não: é tudo intriga da oposição! hahahahah
    Bjos

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