quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um Ano Novo sem as metáforas do Ano Velho


O engraçado é que todo final de ano, a esperança ressurgi de forma resplandecente, a fé toma parte de nosso tempo em promessas e orações. A sorte parece estar lançada e bobo aquele que não faz sua fezinha na “Mega da Virada”.
Interessante que no início de um novo ano nos aproximamos das pessoas, numa vontade incansável de desejar a todos, votos de prosperidade e realizações. É bom ser lembrado, complicado é esquecer de alguém.

O branco atrai a paz, o vermelho o amor. Há quem acredite que o amarelo elucide a prosperidade financeira, enquanto o verde, rega a alma de esperança. Nada melhor, portanto, que passar a virada “a la arco-íris”, afinal o que vale todo ouro, quando não se tem quem presentear? Ou ainda em metáforas chulas, - muito bem ensinadas por nosso presidente durante o ano de 2009 - como se pode ter esperança, num ambiente de discórdia?

O que devemos ter em mente é que nenhum ano será realmente novo, se continuarmos com os mesmos erros do passado. E isso vale para eleições, até porque, se é tudo farinha do mesmo saco, é hora de experimentar uma marca diferente, abrindo uma nova embalagem. Se fuçarmos bem as prateleiras, prometo a vocês que a gente encontra farinhas com novos temperos, ainda não contaminadas.

Aliás, por falar em promessas, abdiquemos de tais. É todo ano a mesma coisa! Chega dezembro e todo mundo começa a prometer, prometer e prometer. As promessas já impregnaram a política, e por esse exemplo, sabe-se que da promessa até a prática há um longo caminho a ser percorrido, com muitos buracos, desvios, sem falar dos pedágios. Chegar ao destino exige muita pertinência e infelizmente é mais fácil desistir, ou simplesmente esquecer, como muito de nossos representantes têm se esquecido.

Por falar em esquecimento, o ano de 2010 poderia ser a elucidação da lembrança. Lembrar que vivemos numa democracia, na qual políticos são nossos servos a medida que estão no poder para lutar pela esfera pública e não pelos interesses individuais. É bom refrescar a memória com o fato de que mordaça morreu com a ditadura e a liberdade de expressão é uma conquista que jamais poderíamos ter nos esquecidos. Porém, vamos começar o ano bonzinhos, lembrando ou reensinando tudo direitinho às nossas Excelências. Mas, se não aprenderem, em outubro a gente reprova, ou melhor, não reelegemos.


A vida é tão fácil, nós que complicamos. A oração de São Francisco em sua beleza e simplicidade prova que viver é uma arte e não uma guerrilha. Ao invés de odiar, simplesmente ame. Onde há discórdia, deve-se optar pela paz. Se houver desespero basta trocar pela paz. E caso haja trevas, é só acender a luz. Com essas escolhas, amar será melhor que ser amado. Perdoar será a solução para ser perdoado. Conformar trará mais benefício que ser conformado ,“pois é dando que recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a Vida Eterna.”


O objetivo 2010 não é ter um novo ano, mas sim uma alma nova. Temos em mãos mais uma chance para acertarmos.

Estamos prestes a abrir o livro. As páginas estão em branco, e somos nós os autores desta obra, intitulada “Oportunidade”. O primeiro capítulo é o Dia de Ano Novo!

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