O fascínio da sociedade democrática, bem como da liberdade de expressão, é a divergência de opiniões. Pontos de vistas distintos e ideologias que se contradizem são reflexos de culturas, educação e bagagem social que se diferem. A diversidade é a maior maravilha do Brasil. Poder se expressar é a maior conquista do brasileiro. Discordar é atuar ativamente na sociedade. A troca de interpretações é enriquecedora e acentua nosso direito de expressão. Gostaria de interpretar a metáfora de Lula, a respeito de Jesus, como mero retrato da "política camarada", na qual há necessidade de conversar com todos, porém minha visão de mundo não permite. Um presidente que critica intermediários, algo tem para esconder. Intermediar é servir como ponte. Poucos têm acesso ao que acontece na política, e é aí que entra o papel fundamental do jornalista, de informar e sim, de fiscalizar esferas públicas. Criticar uma classe profissional, sobre argumento de serem formadores de opinião é extremamente vago e explicita o gosto que o presidente tem por uma sociedade passiva, que recebe enlatados por osmose. Nesta sociedade, fruidores como Di Franco não tem vez, pois revelam que "Lula manifesta crescente desconforto com aquilo que é rotineiro em qualquer democracia: o necessário contrapoder exercido pela imprensa".
Toda classe profissional é digna até a classe política. Quem escolhe o destino que irá dar a sua profissão, escolhe o quanto digna ela será.
ResponderExcluirO blog até o momento tem materiais ótimos, bem escritos, e seguem sempre a mesma linha jornalistica anti-lula.
É muito estranho perguntar qual é o seu partido ? Ou jornalisticamente você irá se omitir ?
Twiticos
miriam leitão fazendo escola...
ResponderExcluirNão tenho porque me omitir, só não citei meu partido porque não sou filiada a nenhum, por enquanto.. caso contrario diria com mto orgulho =)
ResponderExcluirAs questões anti-lula simplesmente transparecem minha não concordância com algumas das ações de nosso presidente...
Esclarecido??
Gláucia as vezes considero sua tendencia crítica ao Pres. Lula as vezes com uma certa implicância rsrs mas isso não é nenhum problema.
ResponderExcluirO problema real está no início do texto. Liberdade de expressão e sociedade democrática.
A liberdade de expressão não existe para o pobre, assim como a democracia real. Futuramente isso inspirará uma postagem no meu blog. Mas os conceitos democráticos pouco se aproximam da prática.
Como somos livres? Podemos ir e vir (a pé, porque de onibus ta caro), podemos nos expressar (como se fossemos ouvidos, não é) e a liberdade de sermos o que quiser (eu mesmo, sou obrigado a estudar e a trabalhar, senão sou titulado vagabundo, ou até mesmo teria que viver da humilhação da esmola).
É claro que isso funciona pra quem tem dinheiro, mas onde está a igualdade. Não existe representante do pobre, não existe expressão para o pobre, e é esse o verdadeiro problema pelo qual sou digno de lutar contra. Só não vou colocar a propaganda do meu partido aqui porque seu blog é apartidário, rsrsrsrs.
É claro que tanto eu, quanto você e todos os outros, quando falamos as coisas, queremos enxergar mais o lado que favorece nossos argumentos, como fiz acima. Isso é natural e não vejo nada de errado, e isso não é motivo para ser criticada negativamente.
Então Rodrigo, curiosamente e coincidentemente, eu considero as críticas aos jornalistas, aos veículos de comunicaçao, vindas do presidente como implicância...
ResponderExcluirEu não tenho nada contra Luiz Inácio, até porque não o conheço, vejo-o como pessoa pública e o que vale são suas declarações, a forma de se portar, seus aliados, suas ideias, seus projetos...
Eu não apoiaria que Lula apoia. Não diria o que Lula diz, e não penso como pensa o presidente...
O que parece implicância na verdade é indignação.
Vou estudar 4 anos, ouvindo que a funçao do jornalista é investigar, fiscalizar, intermediar e dar acesso as informaçoes, e de repente veio o presidente e dilui tudo que se fala nos meios acadêmicos... coisas assim tiram a credibilidade do diploma, que se Deus quiserem, irei conquistar. Alias, uma credibilidade já comprometida, perante a não obrigatoriedade de tal... Vou escrever um post sobre isso, ai você vai entender um pouco melhor =)
Gostei de ter falado da democracia real, bem como da liberdade... conceito de liberdade é de fato complicado, contraditorio, que sabe até utópico. Como Nação, estamos passíveis a normas sociais, Leis, princípios, cultura, que de certa forma censuram mesmo nossa "liberdade", exemplo são tabus da sociedade, e isso independe de ser pobre ou rico, trabalhar, estudar, usar roupa,comer a arroz e feijão faz parte de nossos costumes.. de fato não somos livres para andar nus por ai... até somos, mas teremos que arcar com as consequências...
Ser livre para falar não significa ser ouvido. Você foi feliz neste ponto. Muitas pessoas não tem voz na sociedade e isso é sim uma ataque a liberdade...
E é ai que entra o papel de INTERMEDIÁRIO do jornalista, a função primordial, paralela ao ato de informar: dar voz aquele que não é ouvido... e isso se dá através da investigaçao e FISCALIZAÇAO...
Lula se intitula o "Pai dos Pobres" (não é implicância, tenho que citar), não seria ele o representante de tais?? deveria ser.. mas o poder corrompe...e vou evitar a "implicância"..rsrs
Gostei muito mesmo deste ponto, tem muita coisa a ser discutida.. espero sua futura postagem (me avise).. poderemos discutir mais.. alias vai ser muito bom aprofundar neste aspecto...
Fiz um trabalho sobre ditadura esse semestre, tem o audio aqui no blog, não sei se já ouviu... Talvez tenha cometido equivoco ao falar de uma relativa liberdade se comparada ao período militar. Não encontramos mais receitas de bolo nos jornais, por exemplo, embora o Estado esteja a mais de cem dias sobre censura... Liberdade acorrentada, liberdade relativa, liberdade inventada, liberdade superficial... Liberdade para que? Liberdade para quem??
Ótimas questões a serem questionadas...
Obrigada pela contribuição. =)